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16 O Jornal da Unicamp publica nesta edição entrevistas com as pessoas da Universidade que fizeram acontecer o sequenciamento da bactéria que mudou a história genômica no Brasil Ao final da cerimônia oficial organizada no dia 21 de fevereiro, em São Paulo, pelo governo estadual para homenagear os 190 pesquisadores envolvidos no projeto Genoma - Xylella, provavelmente poucas lembranças restavam aos cientistas das noites insones, dos muitos e muitos finais de semana trancafiados nos laboratórios ou ainda do tedioso e desanimador cotidiano dos últimos meses de trabalho, quando os gaps no seqüenciamento pareciam insolúveis. "Acho que, durante a cerimônia, tivemos a mesma sensação de um atleta quando sobe ao pódio para receber a medalha de ouro olímpica", compara o professor do Instituto de Biologia da Unicamp, Gonçalo Guimarães Pereira, coordenador de um dos laboratórios de seqüenciamento da rede Onsa (Organização para Seqüênciamento e Análise de Nucleotídeos). "Foi uma mostra de reconhecimento por um trabalho científico extremamente importante, que começa a mudar a história da genômica no Brasil". Apenas quatro dias depois da cerimônia em que todos os integrantes da rede receberam o Mérito Científico e Tecnológico - honraria máxima instituída pelo Estado para condecorar pesquisadores e instituições que contribuem de forma decisiva para o desenvolvimento da ciência e tecnologia 15 pesquisadores foram convidados para compor a comitiva que seria recebida no Palácio da Alvorada pelo presidente da República. Os professores da Unicamp Paulo Arruda, João Setúbal e João Meidanis integraram essa comitiva, recebendo do presidente não apenas elogios pela conclusão do trabalho, mas sua certeza de que a finalização do projeto só havia sido possível graças a uma competência em ciência previamente estabelecida entre os pesquisadores paulistas. "É tão inusitada uma homenagem a algo de caráter científico no Brasil que nós realmente nos sentimos muito bem ao recebê-las. Não tanto pelas honrarias, mas pelo que elas representam, ou seja, um reconhecimento da sociedade e do governo a um trabalho científico", afirma o médico hematologista, Fernando Ferreira Costa, coordenador do Hemocentro da Unicamp e também coordenador de um dos laboratórios de seqüenciamento da rede Onsa. Antes de colher os louros da vitória, entretanto, os coordenadores de laboratórios da Unicamp, Paulo Arruda, João Meidanis, João Setúbal, Gonçalo Pereira e Fernando Costa tiveram muito, muito trabalho. Desde o início da grande aventura Xylella, em outubro de 98, até a homenagem prestada pelo governo do Estado, em fevereiro deste ano, contabilizaram-se muitos acertos, alguns erros, grandes conquistas e pequenos percalços. Nada, porém, marcou tanto o grupo quanto o sucesso do trabalho cooperativo da rede Onsa. Sucesso que se deve em grande parte à determinação, ao empenho e à competência dos coordenadores de cada um dos laboratórios. Na Unicamp, especialmente, mais do que conhecimentos técnicos, os cinco cientistas que coordenaram os trabalhos mostraram-se capazes, acima de tudo, de valorizar o espírito de equipe, de despertar o lado criativo de cada envolvido e de incentivar o grupo quando a rotina ameaçava tornar-se tediosa. Nas entrevistas a seguir, os coordenadores falam um pouco da magnitude do projeto Genoma-Xylella. Pelas declarações, é possível notar que, apesar das dificuldades inerentes a qualquer trabalho científico, em nenhum momento houve dúvidas em relação ao sucesso do projeto... uma certeza que só podem ter aqueles que realmente sabem o que estão fazendo e onde pretendem chegar. |
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