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Balanço do Agrener 2002,
que volta à Unicamp em 2004
O Agrener 2002 - 4º Encontro de Energia no Meio Rural, realizado pelo Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético (Nipe) da Unicamp, discutiu alternativas que suportem a universalização no suprimento da energia elétrica no país e abriu espaço para uma reflexão sobre a participação das fontes renováveis na matriz energética brasileira. No que se refere ao atendimento na área rural, estima-se que 60% da energia venham de óleo diesel, o que representa importante peso econômico ao país (30% do petróleo é importado), ainda mais quando o transporte é todo feito por caminhões.
"Mesmo com ambiciosos programas de extensão da rede, como o "Luz da Terra", não será possível garantir o amplo atendimento da demanda no meio rural. Essa constatação abre um importante espaço para a introdução de sistemas isolados. Das tecnologias já com ampla utilização no Brasil, temos os painéis fotovoltaicos, as pequenas centrais hidroelétricas, a geração através da biomassa e a energia eólica", observou o professor Luís Augusto Cortez, coordenador do evento, durante um balanço dos três dias de trabalho.
Cortez afirma que, em tal contexto, é importante que o próximo governo mantenha e dê todo incentivo aos fundos setoriais, hoje gerenciados pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, assim como à política de planejamento energético e regulação conduzida pelo Ministério de Minas e Energia. Outro ponto levantado nas sessões técnicas é a necessidade de continuidade dos programas do álcool combustível e do biodiesel.
Novo tema - Um evento paralelo importante foi o 1º Workshop Internacional sobre Células a Combustível, organizado pelo Centro Nacional de Referência em Energia do Hidrogênio - Ceneh, onde se abordou a geração distribuída de energia, sem o uso de redes de transmissão. Esta discussão levou à ampliação da temática do Agrener 2004, que também será sediado pela Unicamp. O professor Ennio Peres da Silva, que coordena o Ceneh, explica que o conceito de geração distribuída ganhou força a partir do período de risco de apagões, quando grandes empresas adquiriram equipamentos para geração própria e perceberam que seu acionamento significa economia nos horários em que a tarifa das concessionárias se torna elevada.
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