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"Governo perderá um tempo precioso"
A presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Glaci Zancan ambém reagiu à proposta. "Não teve diálogo. Lançaram uma idéia no ventilador e pronto", disse. Glaci chegou a divulgar uma carta, na qual pede que o assunto seja amplamente discutido. "Essa história de em 15 dias pretender impor uma nova estrutura é um absurdo", afirmou. "Não se mexe numa estrutura que está funcionando sem antes ter um plano estratégico muito bem definido", pondera.
Já a reitora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Ana Gazolla, é mais enfática ao definir sua posição. "Sou contra. Não se pode afastar de forma alguma a educação superior da educação básica", afirmou. "Reconheço que uma das grandes prioridades do País é a educação básica, mas nenhum país construirá um projeto de desenvolvimento se a educação não for trata de forma orgânica e sistêmica", completou.
Para Ana Gazolla, há questões mais importantes a serem enfrentadas com relação a C&T. "Acho que o governo perderá um tempo precioso fazendo ajustes para mudar de lugar um sistema tão pesado, enquanto deveríamos usar as energias para enfrentar outras questões mais prioritárias", disse. "Fazer uma mudança dessa magnitude, com os impactos burocráticos e estruturais que ela terá, poderá nos desviar do que é substantivo para o que é mais formal".
O reitor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), Oswaldo Baptista Duarte Filho, também é contra a mudança. "Até agora não vi sentido nessa proposta", afirmou. Mesmo não concordando, Duarte Filho afirmou que gostaria de participar da discussão. O reitor disse que num encontro ocorrido dia 18, o coordenador da equipe de transição do PT, Antonio Palocci Filho, assegurou que o assunto ainda seria melhor debatido. "Ele disse que a comunidade não será surpreendida com alguma decisão".
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