Interesse é crescente
CLAYTON LEVY
Dados da Fapesp e Unicamp mostram que a cada ano têm aumentado o interesse dos estudantes por projetos de iniciação científica. O número de bolsas concedidas pela Fapesp, no Estado de São Paulo, subiu de 1.780 em 2000 para 1.853 em 2001, enquanto o Serviço de Apoio ao Estudante, da Unicamp, que no ano passado havia concedido 200 bolsas, este ano elevou para 220 o número de projetos aprovados. A exceção fica por conta do CNPq, cujo número de bolsas concedidas caiu de 14.397 no ano passado para 12.984 esse ano.
"A queda é resultado do contingenciamento de verbas ocorrido esse ano no CNPq", disse ao Jornal da Unicamp o coordenador do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), Sergio Missiaggia. Segundo ele, as bolsas concedidas para o período entre agosto de 2001 e julho de 2002, totalizaram R$ 42 milhões. Para o período de agosto de 2002 a julho de 2003, a liberação de verba deverá cair para cerca de R$ 39 milhões, em razão do contingenciamento.
Criada em 1990, o Pibic segundo Missiaggia, continua representando um dos programas mais importantes. "Quem faz iniciação científica geralmente apresenta desempenho melhor na pós-graduação", disse. A expectativa, segundo ele, é que para o próximo período, haja uma recuperação no volume de projetos aprovados, já que o orçamento federal para 2003 prevê mais recursos ao Ministério de Ciência e Tecnologia. "Tudo vai depender do próximo governo", diz.
As 220 bolsas que a Unicamp concedeu em 2002 representam um total de R$ 637, 5 mil, enquanto os 1.853 aprovados pela Fapesp em 2001, totalizam R$ 8,6 milhões. Na distribuição de bolsas feita pela Fapesp no ano passado, a Unicamp ocupa o terceiro lugar, com 1,3 mil projetos. Em primeiro lugar está a USP, com 3,1 mil trabalhos, seguida pela Unesp, com 2,4 mil. Na lista do CNPq para o período 2002/2003, a Unicamp ocupa a décima-quarta colocação, com 280 projetos aprovados. A primeira colocada é a USP, com 1072, seguida pela UFRJ, com 714, e pela UFRGS, com 588.Entre as bolsas Pibic para esse ano, 56% são para mulheres.