DESTAQUES DO PORTAL DA UNICAMP NA ÚLTIMA SEMANA
Exposições de artes plásticas movimentam o campus
[18/10/2007] Os espaços destinados à exposição de artes plásticas da Unicamp estão bastante disputados. Desde quarta-feira (17) duas exposições de gêneros distintos, em particular, prometem chamar o público para visitação na Galeria de Arte Unicamp e no Espaço das Artes do Centro de Convenções. Para quem não tem tempo de percorrer calmamente as ruas de Barão Geraldo, a exposição Aquarelando Barão, que vai até 31 de outubro no Espaço das Artes, das 9 às 17 horas, é uma viagem no tempo, apesar de se revestir de grande atualidade. Do artista plástico Arvid Duduch, de origem búlgara, a exposição mostra 25 telas, todas revelando cenários tradicionais de Barão, a terra dos barões do café.
No Espaço das Artes, o público poderá admirar e até comprar telas do Condomínio Rio das Pedras, Avenidas Santa Izabel e Albino J. B. Oliveira, Estrada da Rhodia - Casa de Fazenda, Vila São João, Arredores de Barão I e II, Capela Bom Pastor, Empório do Nono, Tilli Center, Pirâmide, In Touch, Fazenda Santa Genebra, Aulus, entre outras. A Unicamp, um símbolo jovem do Distrito, também é reproduzida nos traçados. Lá aparecem em primeiro plano a Lagoa e o Ginásio Multidisciplinar.
Duduch conta que fez as telas em aquarela especialmente para a ocasião, em um tempo recorde de três meses. Influenciado pelo seu professor, Luís Zeminian, da Faculdade de Belas Artes de SP, Duduch deixou o artista que existia dentro dele nascer, depois de longos anos de trabalho na Siemens. “Ao me aposentar, pensei: o que vou fazer”, perguntou. Acertou. Escolheu se dedicar ao desenho e à pintura. Hoje tem seu próprio ateliê e diz que pouco guarda do que já fez. “A cada exposição, faço nova leva de trabalhos. Não faço rapa porão. Levo o que compuser para o momento”, relata.
Arte em silicone - Em sua mostra, Marta Strambi além de ter como predominante a arte dos silicones, agrega novos meios, vidros derretidos, nylon, chumbo e a arte das aguadas, com mãos e dedos agindo como uma segunda pele, com aparência pálida, de cor retirada há pouco. O seu trabalho estará na Galeria de Arte Unicamp até o dia 9 de novembro. São 20 instalações.
Não obstante sua longa trajetória artística, Marta costuma situar a arte que faz atualmente fruto de uma produção de 17 anos, quando escolheu como poética a transformação da matéria (polietileno, argila, cerâmica). A partir da década de 90 começou com o silicone em matrizes criadas por ela e com novas experimentações. “Nesta fase, falo de vida em desalinho, pois a agonia do cotidiano nos remete à ela”, comenta. Marta fez diversas exposições individuais e coletivas. Atualmente, mantém um ateliê na Galeria Sete de Coimbra, Portugal, e outro na Valu Oria, Galeria de Arte de São Paulo.
Recentemente professora da graduação em Midialogia do Instituto de Artes (IA) e do curso de especialização em Artes Visuais, a artista plástica procura dividir bem sua relação com a arte e com a vida acadêmica. “Minha arte pode ser um recado, uma aclamação ou mesmo uma reflexão sobre o cotidiano”, conta. De sua intimidade com o silicone, Marta moldou tijolos, escrevendo dentro deles a palavra “sem”. Este “sem”, explica, pode se referir à falta do tijolo, da moradia. “Tem múltiplas interpretações. Sempre associo um elemento figural com uma pista, no caso a palavra escrita”, conclui. A sua exposição, aberta hoje, vai até o dia 9 de novembro, de segunda a sexta-feira, das 9 às 17 horas. Entrada franca.