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Comunidade
debate planejamento estratégico
Esforço
de reflexão sobre o futuro da Unicamp mobiliza todos os setores
da Universidade
MANUEL
ALVES FILHO
O
Planejamento Estratégico (Planes) da Unicamp, ferramenta que permite
programar as ações da Universidade no médio e longo
prazo, em função da sua missão e de seus compromissos
sociais, acaba de ingressar na segunda fase de implantação.
A atual etapa envolve um trabalho de sensibilização da comunidade
interna, cuja participação espontânea nas discussões
é fundamental para o sucesso do processo. Unidades de Ensino e Pesquisa,
órgãos da área de saúde, centros e núcleos
interdisciplinares de pesquisas e todo o setor administrativo/operacional
estão sendo visitados pelo vice-reitor e coordenador geral da Universidade,
professor José Tadeu Jorge, que tem explicado aos membros das congregações
os principais aspectos que envolvem a elaboração do Planes
bem como sua importância.
A
primeira etapa do Planejamento Estratégico da Unicamp teve início
em 2000 e se estendeu até o ano seguinte. Na oportunidade, foram
estabelecidas diversas ações de caráter administrativo.
O trabalho culminou com a aprovação, pelo Conselho Universitário
(Consu), da distribuição dos recursos disponíveis
e na constituição da Comissão de Planejamento Estratégico
Institucional (Copei). O valor aprovado, de cerca de R$ 30 milhões,
está em fase de execução, sendo que a maior parte
foi destinada a projetos de infra-estrutura, obras e ações
emergenciais, de modo a atender as prioridades elencadas pelas unidades
e órgãos da Universidade.
De
acordo com o vice-reitor, a fase inicial do Planes foi formatada para atender
à necessidade específica de definir como o dinheiro disponível
naquele momento seria aplicado. “O Planejamento Estratégico não
é, porém, uma ferramenta que deva estar vinculada apenas
à questão orçamentária, embora esta também
seja uma das suas aplicações. É, sobretudo, um mecanismo
que possibilita pensar a Universidade de um modo mais amplo, vislumbrando
ações e projetos de médio e longo prazos”, explica
o professor Tadeu. O estágio atual, segundo ele, tem por objetivo
justamente retomar os princípios de que o planejamento é
um instrumento de maior abrangência, que deve orientar todas as providências
administrativas e operacionais visando à qualificação
e crescimento da Unicamp, envolvendo ou não a utilização
de recursos. “Há questões administrativas, como medidas de
desburocratização, que são importantes dentro do planejamento
e envolvem economia e não gasto de dinheiro”, exemplifica.
Obviamente,
a definição dos objetivos maiores de uma instituição
da envergadura da Unicamp não pode ser feita somente pela Administração
Superior. A missão e a definição dos compromissos
sociais requerem a participação de toda a comunidade interna.
No processo anterior, em que esteve em foco predominantemente a questão
financeira, foram envolvidas nos debates apenas as Unidades de Ensino e
Pesquisa e a Reitoria. Agora, o compromisso é o de mobilizar todos
os segmentos da Universidade, num esforço de reflexão sobre
o futuro da Instituição. O professor Tadeu já se reuniu
com dirigentes e gerentes de diversas áreas. Outras unidades e órgãos
serão visitados nas próximas semanas. A receptividade às
propostas do Planes, segundo o vice-reitor, tem sido muito significativa.
Ainda
como parte do trabalho de sensibilização da comunidade interna,
a Coordenadoria Geral da Universidade (CGU) estará promovendo uma
série de conferências (confira programação)
para debater os variados aspectos ligados à elaboração
do Planejamento Estratégico. Estão sendo convidados representantes
de instituições públicas e empresas privadas que têm
ou tiveram alguma experiência na condução desse tipo
de processo. A idéia é aprender um pouco mais sobre o assunto.
Três dessas palestras, que ocorrerão no auditório da
Biblioteca Central (BC), já estão definidas.
Elas
serão proferidas por dirigentes da Universidade Federal de São
Carlos (UFSCar), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). As conferências
estarão abertas à participação de toda a comunidade
interna, especialmente aos diretores, coordenadores e gerentes. A CGU promoverá
outros encontros semelhantes, sendo que um deles deverá contar,
provavelmente, com um consultor de gestão de planejamento que tenha
experiência no trato tanto com empresas privadas quanto com órgãos
públicos.
De
acordo com o vice-reitor e coordenador geral da Universidade, a atual Administração
teve uma preocupação adicional, que é a de não
manter os debates em torno do Planes restritos ao âmbito administrativo.
A dimensão política, nesse caso, também deve ter papel
de destaque no conjunto das reflexões. Por isso, estão sendo
convidadas a participar do processo a Associação dos Docentes
da Unicamp (Adunicamp), o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU),
o Diretório Central dos Estudantes (DCE) e a Associação
dos Pós-Graduandos (APG).
Outra
providência para estimular o engajamento da comunidade ao processo,
conforme o professor Tadeu, foi encaminhar às unidades e órgãos
o documento “Visão de Futuro da Universidade”, gerado ainda na primeira
fase do Planes pela Reitoria e diretores de Unidades de Ensino e Pesquisa.
O documento, que estabelece a missão e os objetivos da Unicamp,
não foi validado pelo conjunto da Universidade. A intenção
é que novas contribuições sejam agregadas ao documento
original, para que ele possa ser submetido à apreciação
do Consu. “Assim, ele servirá como guia na seqüência
das discussões, que contará também com as metas traçadas
pelas unidades e órgãos a partir dos objetivos maiores da
Universidade”, afirma o vice-reitor.
A
proposta é que esse trabalho esteja concluído até
março de 2003. A partir disso, os documentos provenientes das unidades
e órgãos serão organizados e sistematizados, de modo
que haja uma classificação por tipo de ação
a ser executada. Encerrada essa tarefa, os documentos, já refletindo
o pensamento de toda a Universidade, serão devolvidos, até
meados do ano que vem, às fontes de origem. A perspectiva é
que até o final de 2003 as ações prioritárias
sejam aprovadas e, até onde seja possível, vinculadas à
execução do orçamento do período posterior.
Como o Planes aponta para um horizonte de médio e longo prazo, mas
ao mesmo tempo é um instrumento dinâmico, a expectativa é
que ocorram atualizações anuais.
Todo
esse processo, como lembra o professor Tadeu, requer a criação
de um sistema de avaliação institucional, que já vem
sendo tratado na esfera da Copei, vinculada ao Consu. “O Planes só
poderá funcionar se houver um mecanismo que permita aferir os seus
resultados”, esclarece o vice-reitor. Uma outra Comissão dentro
da Copei está dimensionando e regulamentando os procedimentos de
avaliação, o que inclui a definição de metodologia
e de indicadores. Informações mais detalhadas sobre o Planes
e seu cronograma de implantação podem ser obtidas na página
da CGU (http://www.cgu.unicamp.br)
ou diretamente nas unidades e órgãos.
Dia: 19/09
Local:
Auditório da BC
Horário: 10h Palestrante:
Marcos Zabotto
Instituição: UFSCar
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Dia: 30/10
Local:
Auditório da BC
Horário: a definir
Palestrante:
Marisa Barbosa
Instituição: Embrapa
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Dia: 19/11
Local:
Auditório da BC
Horário: 14h
Palestrante:
Fernando Cabral
Instituição: UFSC |
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