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Opus 18, uma composição
feita em pedaços de tempo
ANTÔNIO ROBERTO FAVA
Depois de três meses trabalhando em sua composição mais recente, o músico e compositor Marco Padilha pôde assistir à primeira audição de Concerto Opus 18, executada pela Orquestra Municipal de Campinas, durante o Concerto Oficial da Temporada 2002. A apresentação foi feita no teatro interno do Centro de Convivência, nos dias 23 e 25 de julho, sob a regência do maestro Aylton Escobar.
Opus 18 é uma obra para clarinete, cordas e percussão. Tem quinze minutos de duração. Bacharel em composição e regência pela Unicamp, Padilha também é relações públicas da Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural (CDC), da Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários. Ele toca piano desde os quinze anos e hoje é autor de mais de 30 obras “exclusivamente eruditas”, como faz questão de frisar.
Padilha explica que seu estilo é particular, mas lembra que a maneira de compor uma peça varia de compositor para compositor, de obra para obra. “Cada um tem o seu jeito próprio de escrever uma peça”. Opus 18, segundo diz, é inspiração pelo menos até germinar a idéia; o resto, 98%, é de transpiração, trabalho duro.
O compositor retomava Opus 18 quase que diariamente. “Surgia um som ou uma nota na cabeça quando eu estava dirigindo, assistindo tevê, às vezes vinha uma idéia vir nas mais estranhas e diferentes situações. Era anotar para pegar firme depois”, explica. Professor de música, produtor e apresentador de programas de rádio, Padilha integra várias comissões de cultura de Campinas e ainda encontra tempo para compor. “Mesmo tendo que elaborar uma obra aos poucos, aproveitando pedaços de tempo, principalmente à noite, horário em que prefiro trabalhar”.
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