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Empresas sadias,
produtos inovadores
As incubadoras de empresas foram criadas para apoiar o desenvolvimento de jovens empreendimentos e oferecer toda a infra-estrutura necessária para o crescimento de projetos inovadores. Tais instituições, que funcionam como se fossem condomínios, oferecem serviços especializados, orientação, espaço físico e até equipamentos aos incubados, que pagam uma taxa que varia conforme a sua área de atuação. Mas qual a principal vantagem de participar desse modelo? Segundo pesquisa da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas (Anprotec), o índice de mortalidade em empresas graduadas em incubadoras é de apenas 20%. Já o nível de insucesso das empresas brasileiras, conforme levantamento do Sebrae, chega a 75% nos primeiros cinco anos.
É graças a essa performance, somada ao cenário favorável criado pelo advento dos Fundos Setoriais e dos programas de apoio privados, que as incubadoras têm registrado um crescimento exponencial nos últimos anos, conforme os números mencionados anteriormente. "Os resultados são concretos e positivos: nós ajudamos a criar empresas sadias, que faturam e que vão para o mercado com produtos inovadores e de qualidade", assegura o presidente da Anprotec, Luís Afonso Bermúdez. De acordo com ele, o custo médio de manutenção de uma pequena incubadora gira em torno de R$ 100 mil anualmente.
O investimento relativamente pequeno é possível graças ao compartilhamento da infra-estrutura. Ou seja, os incubados dividem telefone, máquina fotocopiadora e até laboratórios, para citar apenas três exemplos. O tempo médio de permanência é de três anos, mas pode ser maior ou menor de acordo com o segmento. Uma empresa de informática, por exemplo, fica incubada de oito a 18 meses. Já um empreendimento na área de biotecnologia, que requer cuidados mais complexos, exige um período maior, de até sete anos. Para Bermúdez, um ator essencial dentro de todo esse processo é a universidade.
O presidente da Anprotec ressalta que uma das grandes missões das incubadoras é facilitar a transferência de tecnologia da universidade para as empresas, que a transformarão em bens para a sociedade. "Não adianta para uma empresa dizer que tem base tecnológica, por exemplo, se ela não mantém vínculo formal com uma universidade. A postura dos Fundos Setoriais tem sido a de incentivar projetos que tenham sido concebidos por empresas incubadas dentro dessas instituições".
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