‘Ma vie antérieure’
Leitora assídua do Jornal da Unicamp, foi com muito interesse e uma curiosidade crescente que eu segui, a cada uma das suas edições, os capítulos sucessivos da saga unicampiana traçada por Eustáquio Gomes. Sou uma ex-aluna, tendo freqüentado os bancos da Unicamp de 1972 a 1976. Durante aqueles cinco anos, eu tenho que admitir que obter informações sobre a então curta história da universidade nunca despertou o meu interesse: pecado venial de negligência juvenil, com certeza. 

Em julho de 1977, seis meses depois da minha graduação, eu parti para o exterior onde moro até hoje. A distância não facilitou o acompanhamento, pelas mídias tradicionais, da evolução da universidade durante estas quase três últimas décadas. Mas em 2002, nas anfractuosidades da rede internet, eu dei com a edição eletrônica do JU, acontecimento que me permitiu retomar um contacto virtual com a componente acadêmica do que eu qualifico ma vie antérieure. A casualidade quis que naquele mesmo ano eu decidisse viajar ao Brasil depois de, digamos assim, uns quantos anos de ausência. Estranha e contundente experiência de observação diacrônica...

Mas permanecendo no presente, se o objetivo desta mensagem não é muito original, ele é sincero: aplaudir a iniciativa do JU e agradecer o autor pelo excelente trabalho de documentação e de redação. A instrutiva leitura da história da Unicamp me permite finalmente colocar os meus anos em Campinas no seu contexto universitário, a um nível intermediário entre o contexto sociopolítico nacional e o âmbito da minha história pessoal. Encore merci et bravo.
Ivana Zamboni

História da educação
Parabéns pela excelente entrevista com o professor José Claudinei Lombardi (“O velho discurso que rege a história da educação”, edição 334). Perguntas bem elaboradas, respostas claras e realmente informativas e formativas. Queremos mais matérias com esta qualidade.
Amélia Kimiko Noma, professora da Universidade Estadual de Maringá (PR)

Geociências
A atuação do Prof. Rogério Cézar de Cerqueira Leite, então coordenador geral das Faculdades, tanto na organização e realização do seminário [que resultou] no “convencimento” e obtenção de apoio do então reitor Zeferino Vaz para o convite ao saudoso Prof. Amílcar Herrera para organizar o Instituto de Geociências da Unicamp, foi central e decisiva. A reunião do reitor com o Prof. Herrera foi mediada pelo Prof. Rogério. A própria Codetec foi criada também por iniciativa dele e foi nela que foi abrigado o Prof. Herrera, bem como todos os demais contratados no início da formação do IG. A idéia do seminário latino-americano de 1978, sua realização e o jantar em noite algo tempestuosa na linda sede da fazenda do então ministro Severo Gomes, à qual não faltaram certos cuidados, certos (bons) ares conspiratórios/nacionalistas e algum temor político, também são frutos de uma relação estreita à época entre o ministro Severo e o professor Cerqueira Leite, desenvolvidos a partir da proximidade e colaboração deste último com o então secretário de Tecnologia Industrial J.W. Bautista Vidal, [pois era] amigo de ambos. O saudoso professor Jorge Sábato, também já relacionado com Bautista e Severo, teve também muito a ver com a indicação do nome do professor Herrera. Não sei a quem atribuir a aparente tentativa de apagar por omissão a atuação fundamental do professor Rogério, nesta como em outras muitas iniciativas dos primórdios da Unicamp e desse período coberto pelo artigo em particular.
Eduardo Machado, assessor da Diretoria Executiva da Agência de Inovação - Inova Unicamp