A
Unicamp comemorou 35 anos de fundação no último dia 5 de
outubro. A data foi marcada por eventos que contaram com a participação
da comunidade acadêmica e convidados. A programação incluiu,
além de apresentações musicais, o lançamento do livro
Unicamp 35 anos Ciência e Tecnologia na imprensa, a abertura
de uma exposição documental e a entrega, pela Empresa Brasileira
de Correios e Telégrafos, do carimbo Unicamp 35 anos. Na oportunidade,
o secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento. Econômico
do Estado de São Paulo, Ruy Altenfelder, que representava o governador
Geraldo Alckmin, ressaltou a importância da Universidade no desenvolvimento
da ciência e tecnologia no Brasil, bem como na formação de
profissionais altamente qualificados. O reitor Hermano Tavares afirmou que o grau
de excelência alcançado pela Universidade nas suas mais diversas
atividades deve ser creditado ao esforço conjunto de docentes, funcionários
e alunos e ao apoio da sociedade. Também participaram das solenidades a
prefeita de Campinas, Izalene Tiene, e o reitor da PUC- Campinas, padre José
Benedito de Almeida David, entre outros. A
maior parte das atividades ficou concentrada no Espaço Cultural Casa do
Lago (ex-Lake House). No local, foi aberta uma exposição documental
organizada pelo Arquivo Central do Sistema de Arquivos (Siarq). A mostra, que
pode ser visitada na Biblioteca Central até o dia 26 de outubro, conta
com fotos e documentos que revelam aspectos ligados ao início das atividades
da Unicamp, como a ata onde foi registrado o lançamento da pedra fundamental
do campus de Barão Geraldo. Ainda no Espaço Cultural, foi lançado
o livro Unicamp 35 anos Ciência e Tecnologia na imprensa.
Constituída por verbetes e fotos, a obra é divida em duas partes.
A primeira é dedicada ao histórico cronológico institucional.
Na segunda, estão assinaladas as produções da Universidade
nas áreas de ciência e tecnologia que foram relatadas pela mídia
impressa. Em
seguida, houve a entrega do carimbo confeccionado pelos Correios em homenagem
ao aniversário da Unicamp. As festividades foram encerradas com um concerto
da Orquestra Sinfônica da Universidade, regida pelo maestro Eduardo Ostergren.
Paralelamente aos eventos realizados no Espaço Cultural, ocorreram apresentações
da banda Abacaxi com Leite, no Restaurante Universitário, e do cantor lírico
Vicente Montero, no Restaurante Alternativo. ------------------------------ Tenor
anima almoço do Restaurante Alternativo Os
usuários do Restaurante Alternativo da Unicamp (antigo CABs) almoçaram
ao som do concerto sempre presente do tenor e advogado Vicente Montero, em homenagem
ao aniversário da Unicamp. O cantor está entre os artistas mais
convidados a participar de realizações culturais na universidade.
Quando falamos que se trata de uma apresentação na Unicamp,
ele está sempre pronto, observa Carlos Alberto Silva, um dos organizadores
do evento. Cantar
na Unicamp na data em que se comemora 35 anos de fundação é
motivo de orgulho, segundo Montero. E ele explica por que: Conheci Zeferino
Vaz. Tivemos muito contato, recorda. Para exprimir o sentimento em relação
à universidade, apesar de nunca ter realizado algo além de se apresentar
aqui, Montero confessa uma relação de amor . Unicamp é
cultura, eu faço cultura, vivo cultura., explica. Montero,
aos 65 anos, ainda não tinha se dado conta da contribuição
dada à universidade, mas, em suas reminiscências, recorda que, à
época da fundação da universidade, ele era coordenador-geral
da Associação de Educação do Homem de Amanhã,
a Guardinha. Pelas mãos dele, muitos guardinhas foram encaminhados
para trabalhar e contribuir para o crescimento da Unicamp. Com carinho, o cantor
relembra suas visitas à universidade para proferir palestras junto aos
menores. Imagine quantos ainda não estão por aqui...
Hoje, um deles faz parte de uma orquestra da Unicamp, outro, da Banda Carlos Gomes,
e dez fazem parte da banda da Escola de Cadetes de Campinas. O trabalho
na projeção do menor é importantíssimo, avalia.
Comecei a trabalhar cedo, aos 10 anos, como office-boy também,
lembra. A
Unicamp é exemplo de um trabalho sério voltado à pesquisa,
avalia. O advogado e músico reconhece a contribuição da universidade
para o desenvolvimento do ser humano em todas os campos da ciência. A
ligação de Montero com a música é tão antiga
quanto sua relação com a Unicamp. Há 35 anos, o artista participa
do Coral Pio XI, um dos mais conhecidos do Estado de São Paulo, onde conheceu
seu primeiro professor, o saudoso cantor Sylvio Bueno Teixeira. Atualmente, o
tenor une suas atividades como advogado e representante da OAB no Conselho Municipal
de Cultura aos compromissos assumidos na Associação Brasileira de
Artistas Líricos, que se reúne todas as sextas-feiras no Centro
Cultural Evolução. A
gravação de seu primeiro CD, Raízes da Minha Terra, não
inibiu os exercícios de técnica vocal realizados com Gledyz Pierri,
mestre de tantos grandes cantores de Campinas e região. É ela que,
há três acompanha o aprimoramento vocal do tenor. Raízes de
Minha Terra traça um amplo panorama musical, reunindo obras de Carlos Gomes,
Adoniran Barbosa e Vicente Celestino, entre outros compositores brasileiros e
clássicos da música italiana como Al Dia La e Champagne. O CD foi
gravado no Estúdio da Banda do Brejo, em Valinhos, cidade onde o campineiro
reside desde a adolescência. Entre
as canções preferidas de Montero estão Quem Sabe, de Antonio
Carlos Gomes, Apelo, de Baden Powel e Gente Humilde, de Chico Buarque de Holanda,
entre os clássicos de Antonio Carlos Jobim.
|