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..............Campinas, 12 a 18 de Novembro 2001

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...Bioterrorismo - pág. 2   ...Oportunidades - pág. 7
...Breves - pág. 2 ...Eventos Futuros- pág. 8
...Simpósio - pág. 3 ...Teses - pág. 8
...Campanha - pág. 3 ...Arte e Serviço - pág. 9
...Saúde - pág. 4 ...Imagem - pág. 10
...Educação e Cire - pág. 4 ...Lançamento - pág. 10
...Painel da semana- pág. 5 ...Língua - pág. 11

...Em dia- pág. 6

...Cotil - pág. 11
...Inscrições - pág. 7 ...Pessoas - pág. 12
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....PESQUISA
Unicamp
Um recordista de patentes

Ao receber um pedido da repórter Patrícia Cançado, da Revista Forbes Brasil, para conceder uma entrevista sobre propriedade industrial, o professor Nelson Durán afirma que desconhecia a informação de que era o recordista em registro de patentes entre os pesquisadores de universidades brasileiras. “Quando a repórter explicou o motivo da entrevista, fiquei surpreso”, revela. Chileno naturalizado brasileiro, aos 58 anos, Durán detém 25 dos 240 registros feitos por universidades do País. O número, segundo o pesquisador, corresponde ao decênio 1991-2001. Sua primeira patente foi registrada nos Estados Unidos no início da década de 1990, enquanto desenvolvia sua tese de doutorado em Porto Rico.

As informações pesquisadas pela Forbes Brasil constam do Science Citation Index, o maior banco de dados científico do mundo. As outras patentes registradas correspondem a projetos desenvolvidos com os grupos de pesquisa que coordenou e que ainda orienta como professor aposentado convidado e voluntário do Laboratório Químico Biológico do Instituto de Química. A aposentadoria saiu em 1998, mas a necessidade de acompanhar os projetos e a satisfação profissional fizeram com que Durán aceitasse continuar na universidade como voluntário. O professor reconhece o mérito de seus alunos no recorde de registros de patentes. As idéias registradas envolvem desde alunos de iniciação científica até doutorandos graduados em biologia, bioquímica, química e engenharia química. Ao todo, ele já formou em torno de 35 doutores e 25 mestres. “Tenho sorte, meus alunos são muito bons”, reconhece. Para requerer uma patente, o pesquisador precisa certificar-se de que sua idéia pode ser qualificada como uma invenção com possibilidade de aplicação.

“São os requisitos básicos para solicitar o registro. As pesquisas registradas no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) por Durán estão igualmente divididas entre as duas linhas de pesquisa do laboratório: a de novos fármacos e a de biotecnologia ambiental. Ele declara que os registros correspondem tanto a procedimentos quanto a produtos. O produto não precisa ser necessariamente novo. Existem casos em que o pesquisador modifica a fórmula de um medicamento e este apresenta maior eficácia no tratamento de uma determinada doença. “Aqui no instituto já foram desenvolvidas drogas para chagas, tuberculose e câncer”, declara Durán. Um convite da Universidade de São Paulo (USP) trouxe Nelson Durán ao Brasil logo após a graduação realizada nos Estados Unidos em 1975. Após o trabalho de três anos como professor convidado na USP, o pesquisador decidiu fixar residência no Brasil e foi contratado pela Unicamp, em 1978.

A infra-estrutura do Laboratório Químico Biológico deve muito à sua contribuição e dedicação à pesquisa. “Contribuí para montar o laboratório”. Além de ser recordista em pedidos de patentes, Durán é autor de 476 papers publicados, na maioria, em veículos internacionais, muitos dos quais ele é consultor. Poliglota (domina bem os idiomas espanhol, inglês, italiano e português), ele é coordenador latino-americano do Latin American Coordinator International Unesco Experet Council on Chemistry of Vegetal Resources (Cocver), um conselho internacional de biomassa da Unesco. Durán espera que o recorde descoberto em agosto deste ano inspire outros pesquisadores brasileiros. A publicação da pesquisa inibe a possibilidade de pedir registro da idéia. O professor acredita que, na Unicamp, particularmente, o trâmite não é tão complicado e, muitas vezes, o pesquisador perde a oportunidade de proteger sua idéia, precipitando-se na publicação. “É preciso conscientizar as pessoas a defender suas idéias. A universidade tem papel importante para mostrar isso”, declara.

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Unicamp faz a sua parte

Dados apresentados pelo professor Douglas Zampieri, coordenador do Escritório de Difusão e Serviços Tecnológicos (Edistec), armazenados no Cience Citation Index, comprovam que em procedimentos acadêmicos o Brasil se iguala à Coréia. Quanto ao domínio de patentes, o número ainda é pequeno, as universidades detêm apenas 0,2% do total de pedidos depositados no Inpi. Mas as discussões sobre propriedade intelectual e industrial estimulam a procura de pesquisadores pelo serviço do setor de marcas e patentes do Edistec, garante Zampieri. Mas dentro do cenário que se apresenta, a Unicamp tem feito sua parte e é apresentada como a universidade brasileira que mais depositou pedidos de patentes, um total de 187, das quais 42 já foram concedidas. Segundo Zampieri, se for contabilizado o número de patentes antigas que caíram em domínio público, pode-se dizer que a universidade, em toda a sua história, depositou mais de 200 pedidos. A concessão de uma patente, informa Zampieri, pode demorar até cinco anos, até que seja realizado e aprovado um exame técnico do produto ou do procedimento apresentado como invenção. Entre a concessão e o deferimento da patente, o pesquisador espera mais dois anos. Mas em um mês a idéia está protegida, prazo em que o Edistec tem conseguido registrar o pedido. “A partir do momento em que é registrada, a idéia está protegida”, afirma Zampieri.

 

 
 
 

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