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Aprovada
a criação de 920 cargos
autárquicos docentes para a Unicamp
A
Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo
(Alesp) aprovou na
noite do último dia 3 de abril, em regime de urgência
e por unanimidade, projeto de lei de autoria do Governo do Estado
que cria 920 novos cargos autárquicos docentes para a
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), sendo 690 destinados
a professores doutores e 230 a professores titulares. A aprovação
da matéria, que agora segue para a sanção
do governador Geraldo Alckmin, é resultado de um longo
processo de negociação mantido pela Reitoria junto
à Alesp. No total, a Unicamp passará a contar
com 1.467 cargos de professor doutor e 505 de professor titular,
quantidade suficiente para atender às necessidades da
Universidade pelos próximos anos.
A
Unicamp possuía até então 1.052 cargos
autárquicos, dos quais 777 ocupados por professores doutores
e 243 de professores titulares. Destes, 1.020 cargos foram criados
por iniciativa do então governador Franco Montoro, em
1984, na gestão do professor José Aristodemo Pinotti,
período em que se estabeleceram as bases da institucionalização
da Universidade. Os 32 cargos restantes são provenientes
dos institutos isolados (FCM e FOP) que vieram a compor a Unicamp
quando de sua criação. Estes cargos levaram 15
anos para serem preenchidos.
O
reitor Hermano Tavares encarregou-se pessoalmente de manter
conversações com grupos de deputados estaduais
sobre a criação destes cargos, tendo se reunido
com integrantes do Colégio de Líderes, da Comissão
de Ciência e Tecnologia, da Comissão de Representação
e com deputados da região de Campinas. Como resultado,
foi assinada pelas lideranças partidárias uma
proposta de tramitação do projeto em regime de
urgência, que acabou por ser aprovado na forma como foi
apresentado.
O
esforço para a criação de novos cargos
autárquicos para a Unicamp remonta ao ano de 1999, quando
o então governador Mário Covas enviou à
Alesp projeto de lei criando e regulamentando o Fundo de Aposentadoria
para os servidores públicos paulistas. O projeto não
estendia automaticamente os benefícios desse Fundo aos
professores contratados a título precário. Havia
a dependência de uma negociação cujos resultados
eram imprevisíveis.
Consu
Por esse motivo, o Conselho Uni-versitário
aprovou na ocasião a proposta da Reitoria de realização
de concurso público para pre-enchimento de cargos docentes,
propiciando aos integrantes da Parte Especial do Quadro Docente
da Unicamp (PE-QD/Unicamp - professores precários) a
possibilidade de concorrer. A partir de julho de 1999 a Universidade
abriu 343 concursos de professor doutor, tendo sido providos
385 cargos; há ainda 18 concursos abertos para 18 cargos.
No mesmo período foram abertos 87 concursos de professor
titular e providos 40 cargos.
A iniciativa
contribuiu para consolidar a carreira docente na Unicamp. Este
mesmo processo levou ao esgotamento dos cargos ainda disponíveis
de professor doutor. Fazem parte atualmente da PE-II e PE-III
9 e 50 professores, respectivamente, que, pelas normas vigentes,
deverão se submeter a concursos públicos nos próximos
anos.
Face ao
esgotamento de cargos livres na Unicamp, a Reitoria propôs
ao Consu, no início de 2000, a criação
de novos cargos, tanto para professor doutor como para professor
titular. A ampliação do quadro é fundamental,
uma vez que os professores, para serem contratados em caráter
definitivo na Unicamp, devem se submeter a concursos públicos,
e para que esses ocorram pressupõe-se a existência
de cargos. A proposta foi aprovada pelo Conselho e enviada ao
Governo do Estado. O projeto foi analisado por várias
secretarias estaduais. Após a posse de Geraldo Alckmin,
os entendimentos ganharam um novo ritmo.
Contatos
A Reitoria manteve diversos contatos no período
2000-2001 com as secre-tarias de Ciência e Tecnologia
e da Fazenda, com o objetivo de mostrar ao Executivo que não
haveria despesa adicional para o Estado com a criação
dos referidos cargos. Isto ocorre porque o orçamento
da Unicamp é de 2,1958% sobre o Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços (ICMS) e a abertura de concursos
pela Universidade só é possível se houver
provisionamento de verba para este fim, dentro dos limites de
seu orçamento.
Estiveram
acompanhando a sessão da Alesp, além do reitor
Hermano Tavares, os seguintes professores: Gláucia Pastores
(diretora da FEA), Wilson Sallun (diretor da FOP), Mário
Saad (diretor da FCM), Carlos Henrique de Brito Cruz (diretor
do IFGW), Helena Jank (diretora da IA), Roberto Peres (vice-diretor
do IG), Águeda Bittencourt (diretora da FE), Rubem Murilo
Leão (diretor do IFCH), Paulo Baltar (diretor do IE),
Léo Pini (diretor FEEC), Edson Corrêa da Silva
(chefe de gabinete adjunto), Paulo Solero (secretário
geral), Álvaro Crosta (pró-reitor de Desenvolvimento
Universitário), Ângelo Cortelazzo (pró-reitor
de Graduação), e Raul Vinhas Ribeiro (assessor
do reitor).
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