Volta

A linguagem cênica segundo Rousseau

 

Ana Portich

Universidade Federal de São Carlos

  

"As primeiras línguas,
filhas do prazer e não da necessidade"

Ensaio sobre a Origem das Línguas, IX

 

O Ensaio sobre a Origem das Línguas, de Rousseau, não trata especificamente de teatro mas disserta sobre música e pintura, bem como sobre espetáculos cívicos. Estes, por sua vez, constavam de sua Carta a d'Alembert como os únicos lícitos à República de Genebra. Com base em ambos os textos, aqui o escopo é pensar uma linguagem cênica em concordância com a filosofia de Rousseau.

Em diversas passagens da Carta a d'Alembert Rousseau exalta as manifestações espontâneas de seus concidadãos, tais como as folias da caserna que acabavam por atrair genebrinos laicos e aproximar os militares dos civis, tornando-os "todos amigos, todos irmãos; a alegria e a concórdia [reinavam] entre eles"(1) observa Rousseau ao descrever cenas que havia visto na infância.

Sem falar nos festivais agrícolas, nas competições esportivas ou nos bailes que davam aos jovens oportunidade de debutar no namoro (2). Na Carta a d'Alembert, Rousseau pleiteava que esses bailes fossem "publicamente autorizados, [de modo] que se prevenisse todo desregramento particular, transformando-os em bailes solenes e periódicos, abertos indistintamente a toda a juventude casadoura."(3) Isso com a finalidade de "reaproximar famílias divididas e de fortalecer a paz", assim "a primeira escolha dependeria um pouco mais do coração [....]; conceder-se-ia menos às considerações de condição e de riqueza, que criam laços malfeitos, [...] e do seio da alegria e dos prazeres nasceriam a conservação, a concórdia e a prosperidade da República."(4)

Em 1758, quando a Carta a d'Alembert foi publicada, Rousseau trabalhava na redação do Ensaio sobre a Origem das Línguas (escrito entre 1754 e 1761 mas impresso postumamente, em 1781). Na Carta como no Ensaio, são os jovens em idade de casar que respondem pela coesão social e política; com efeito, as primeiras coletividades se originaram de encontros à beira dos poços, onde "as moças vinham buscar água para o trabalho da casa, os jovens vinham dar de beber aos rebanhos. Lá, [...] o coração emocionou-se diante dessas novas pessoas, uma atração desconhecida tornou-o menos selvagem, ele sentiu o prazer de não estar só."(5)

Até esse momento "havia famílias, mas não havia nações; havia línguas domésticas mas absolutamente não havia línguas de todo um povo; havia casamentos mas não havia amor."(6)

Para Rousseau a instituição política não é fruto de um pacto que tenha reprimido a violência generalizada, mas uma força ativa, que impulsiona os indivíduos em direção uns aos outros, e que os leva a se agregarem em função do amor. Mas o consórcio da juventude em torno da fonte não consiste apenas em uma atração erótica, puramente física.

O sentimento prazeroso que experimentam os moços e moças, mais do que resultar de alterações hormonais, brota da convivência. A repetição desses contatos engendra, entre jovens de diferentes famílias, um apego moral. No dizer de Rousseau, "a água insensivelmente se tornou mais necessária, o gado teve sede com maior freqüência: [...] pouco a pouco todos se familiarizaram mutuamente, esforçando-se para fazer-se compreender, aprenderam a manifestar-se. Lá se realizaram as primeiras festas: os pés pulavam de alegria, o gesto pressuroso não bastava mais, com modulações apaixonadas, a voz o acompanhava"(7).

A transição do pequeno núcleo familiar para uma comunidade maior implicou o aparecimento das primeiras línguas, que se caracterizaram pela expressão de paixões agradáveis, as quais haviam sido os vetores dessa mesma união.

Toda linguagem tem, pois, como principal função promover o contato intersubjetivo. Se é a eloqüência que nos atrai a uma assembléia, resta saber em que ela consiste e, frente aos demais usos da linguagem, como preservá-la. Nesse escrutínio, Rousseau discrimina a linguagem gestual da linguagem oral, perscrutando o alcance e a eficácia de cada uma: "Se sempre tivéssemos tido apenas necessidades físicas, teríamos perfeitamente podido não falar nunca, e nos entendermos muito bem apenas com a linguagem do gesto."(8)

O gesto dá conta das necessidades, sendo mais eficaz na esfera da materialidade inanimada e da animalidade. Segundo Rousseau, a expressão corporal teria sido suficiente para estabelecer sociedades - tais como as das abelhas e formigas - voltadas para suprir essas necessidades; a linguagem gestual teria bastado ainda para instituir leis que governassem essa sociedade, e de nela implantar o comércio e as artes (9).

Por outro lado, na acepção rousseauniana do termo, a fala é um meio de comunicação entre o homem e seus semelhantes, e só se efetiva na medida em que "um possa agir e o outro sentir"(10). Essa transmissão de experiências sentimentais e morais caracteriza a fala; assim, mesmo uma linguagem oral que não consiga canalizar emoções está determinada pelo utilitarismo desumano.

Onde imperam necessidades, "a ociosidade que alimenta as paixões [é] substituída pelo trabalho que as reprime"(11), acarretando a adoção de uma prosódia em que proliferam consoantes. As consoantes, obstando a emissão das vogais, "segmentam brutalmente o encadeamento da fala"(12), como diz Starobinski, e engendram uma língua articulada que serve apenas para dizer "ajudai-me" mas não "amai-me"(13). Note-se que os critérios de diferenciação entre consoantes e vogais mostram-se operantes no interior do próprio grupo consonantal - na distinção entre a consoante dental 'd' e a consoante nasal 'm', denotam-se a languidez passional da frase aimez-moi e a aspereza com que se diz aidez-moi.

Rousseau condiciona a genealogia da língua a uma ascendência cordial da sociabilidade - cordial em seu sentido etimológico (do latim cor, cordis - coração), ligado ao funcionamento (desinteressado) do coração e não ao emprego da razão instrumental (voltada para o interesse pessoal).

A própria captação sensorial, que antecede o advento da fala, subordina-se à atitude sentimental de um sujeito com relação a outro; como diz Bento Prado Jr., "já na sensação [...], que jamais é livre de impressões morais, a interpretação está em ação e determina o sentido da experiência do objeto."(14)

Tais impressões são mais fortes quando afetam o sentido da audição, uma vez que a visão está mais apta a lidar com a matéria inanimada e tende a buscar uma clareza ou uma definição maior que a proporcionada pela audição. Mais do que comunicar idéias ao receptor da fala, o locutor lhe transmite emoções.

Daí a predileção de Rousseau pela música em detrimento da pintura, bem como a primazia que concede à mensagem audível sobre o signo visível. Enquanto a pintura se sujeita às determinações da natureza e independe do consórcio social, a música decorre da convivência entre os homens, configurando-se como arte propriamente humana. "Os pássaros silvam, somente o homem canta; e não se pode ouvir nem canto nem sinfonia sem dizer imediatamente: 'um outro ser sensível está aqui'."(15)

Nesse sentido, a música é imitação da fala mas não mera ilustração ou uma representação da matéria inerte; se, para Rousseau, "o campo da música é o tempo [e] o da pintura é o espaço"(16), os elementos visuais podem mensurar-se – por serem duradouros e distintos –, ao passo que os dados sonoros mudam conforme o ambiente e dissipam-se sem deixar rastros - a não ser aqueles que o receptor estabelece por comparação, ou seja, colocando seu julgamento em operação.

Não se pense, todavia, que a emoção de ouvir uma canção ou a música instrumental seja causada tão-somente por vibrações sonoras que atinjam o órgão auditivo, nem, por conseguinte, que a versão musical de simples palavras tenha por si só poderes encantatórios, pois "o ruído, sozinho, nada diz ao espírito; os objetos devem falar para se fazerem compreender; em qualquer imitação é preciso que uma espécie de discurso venha sempre suprir a voz da natureza. O músico que deseja expressar o ruído pelo ruído se engana".(17)

Pensando o teatro como um híbrido de elementos pictóricos e auditivos, podem-se aplicar à cena as seguintes considerações do Ensaio sobre a Origem das Línguas: "[as sensações] não nos afetam apenas como sensações, mas como sinais ou imagens, e seus efeitos morais têm também causas morais. Como os sentimentos que a pintura suscita em nós não procedem das cores, o poder que a música tem sobre nossas almas absolutamente não é obra dos sons."(18)

Para Rousseau, os efeitos do agenciamento artístico de sons, imagens e volumes não se esgotam no prazer proporcionado por esse jogo, mas têm significado, produzindo efeitos morais e provindo de causas morais; estas por sua vez têm como vetor uma situação política que, em casos extremos, pode anular a eficácia da linguagem falada. "Nos tempos antigos, em que a persuasão servia de força pública, a eloqüência era necessária. De que serviria ela hoje, quando a força pública substitui a persuasão? Não se precisa de artifício nem de figuras de estilo para dizer: esta é minha vontade. Que discursos restam a fazer, portanto, ao povo reunido? Sermões. E que importa aos que os fazem se estão persuadindo o povo, visto que não é ele que distribui os benefícios? As línguas populares tornaram-se para nós tão perfeitamente inúteis quanto a eloqüência. As sociedades adquiriram sua última forma: nelas só se transforma algo com artilharia ou escudos; e como nada mais se tem a dizer ao povo, a não ser dai dinheiro, dizemo-lo com cartazes nas esquinas ou com soldados dentro das casas."(19)

O estímulo sensorial se esgota em si mesmo porque, sem expressão política, fomos privados da capacidade de falar e de escutar. Diante dessa situação, não seria o caso de deslocar para o texto escrito a energia da voz, reprimida por meios violentos no processo de centralização do poder? Desse modo, interrompido o evolver no tempo que caracteriza a sonoridade, o repouso da fala preservaria sua força para momentos mais oportunos.

Entretanto, o teatro também é um fenômeno auditivo, que assim cederia duplamente terreno à visibilidade (sancionando a violência política calcada na necessidade material): primeiramente devido aos atrativos de seus elementos espetaculares, em segundo lugar devido à transferência de suportes, ou seja, a transposição da escrita dramatúrgica (enquanto sinais pictóricos) para o registro da fala dos atores.

O Ensaio sobre a Origem das Línguas demonstra que, na música erudita francesa, a suplantação da melodia pela harmonia havia sido uma imposição do regime monárquico ali vigente; nesse sentido, poder-se-ia estabelecer uma relação de homologia entre a subordinação da melodia à harmonia, por um lado, e a preeminência do texto teatral sobre a fala dos atores, por outro.

A escrita se dirige ao olhar do leitor, isolando-o no silêncio íntimo e anulando as qualidades interlocutórias da linguagem. Passando da elocução para os livros, o discurso se enfraquece. Dos livros à elocução novamente, o discurso fica ainda mais fraco; aqui pode-se apenas, como diz Bento Prado Jr. "dominar a harmonia 'espacial', lógica e gramatical do texto e do discurso sem captar o sentido mais essencial – o sentido não é inteiramente dado pela estrutura na qual se manifesta."(20)

O mesmo se aplica à linguagem cênica, quando o dramaturgo reproduz por escrito o ritmo da fala mediante sinais de pontuação e pausas, ou quando o desempenho do ator se limita à declamação da peça escrita. A degenerescência da escrita potencializa-se ao ser levada à cena, não somente por seu parentesco de segundo grau com a língua falada ou pelo fato de ser uma imitação (escrita) da imitação (cênica), mas porque, com a apoteose do espetáculo teatral reforçada pela preponderância da literatura dramática, é o império do olhar que se dissemina no palco, onde todos os esforços só concorrerão para promover, fora dele, o rompimento de quaisquer ligações desinteressadas entre as pessoas.

Tais conseqüências morais poderiam ser revertidas no teatro, se a fala dos atores se impusesse sobre a literatura dramática? Antes disso é preciso pensar se a arte de declamar, tal como a arte da música, pode superar os limites da imitação pictórica, já que, "num sentido, que não é o mais profundo, a música é imitativa da mesma forma que a pintura, quer dizer, no sentido em que pode evocar imagens ausentes no mundo da percepção. Mas se a música tem também, nos 'quadros' que compõe, uma função representativa, esta função é sempre transgredida em direção ao que poderíamos chamar de 'o irrepresentável'."(21)

O ator apto a encenar o irrepresentável se assemelharia ao músico que consegue, segundo Rousseau, "pintar coisas que não se podem ouvir"(22). Caso a aptidão dos comediantes se assemelhasse à desses músicos, desempenhar um papel consistiria em "não representar diretamente essas coisas mas excitar na alma os mesmos sentimentos que experimentamos ao vê-las."(23)

A opção de Rousseau pelo estilo italiano de música, que em 1752 lhe deu ensejo para compor O Adivinho da Aldeia, bem como sua campanha contra a polifonia francesa, nada têm a ver com o que mais tarde se denominou realismo – entendido como retrato privado de camadas médias e baixas de uma sociedade. As personagens principais da opereta de Rousseau são efetivamente de baixa extração (pastores), mas devemos atentar para o fato de que o gênero pastoral se caracterizou - desde seu aparecimento na Itália quinhentista - por glosar a poesia arcádica de tema amoroso, configurando-se como meio mais apropriado para estimular nos espectadores o mesmo afeto.

Se no Ensaio sobre a Origem das Línguas Rousseau faz a apologia de uma arte musical que privilegie a melodia ao invés da harmonia, é possível repensar a desqualificação do teatro e do comediante expressa em sua Carta a d'Alembert: contanto que não fossem codificadas à maneira dos sinais algébricos nem primassem por efeitos espetaculares, as artes cênicas não precisariam ser abolidas da França (conquanto jamais pudessem ser introduzidas em Genebra).

O teatro francês, preservando sua capacidade de estimular paixões agradáveis nos espectadores, exerceria uma função didático-moral positiva, pois afetaria "a alma, a disposição do coração, sem necessariamente representar as coisas, que são apenas a ocasião destas afecções."(24)

O ator, ao invés de se dirigir à platéia, primaria por uma linguagem cênica indireta, que não mobilizasse o intelecto do público, mas, sim, seus sentimentos. Esse ator evita trazer à cena imagens das coisas, dissimulando os efeitos que pretende obter, bem como suas técnicas de atuação.

Quando a palavra se enfraquece sob a espada de regimes políticos autoritários, é um sentimento indescritível que religa os espectadores e os atores; a comunicação entre palco e platéia não se dá por intermédio da reflexão, razão pela qual o ator tem de se afirmar como antípoda do orador - paradoxalmente, o didatismo do teatro está em disfarçar a intenção de dar lições de moral. Assim, o receptor é "surpreendido pelo emissor", e a comunicação acontece "à revelia de um como do outro, pelas costas de um emissor que não quer informar nada e de um receptor que não sabe exatamente que mensagem recebe."(25)

Embora inadvertida, a captação dessa mensagem não ocorre como reflexo ou reação mecânica a uma ação física realizada pelo locutor; como foi dito, mesmo durante a percepção sensorial, a comparação - ou juízo - já se encontra em operação, com base em impressões morais, independentemente da reflexão e de maneira muito mais eficaz.

Porque a fala não tem como prioridade provar mas persuadir, "a poesia, diz Rousseau, foi descoberta antes da prosa; deve ter sido assim, visto que as paixões falaram antes da razão."(26) Do mesmo modo, o estilo prosaico pospõe-se ao poético uma vez que, desde o momento em que ocorre a atribuição de sentido às palavras, o sentido figurado precede o sentido próprio. Como consta do Ensaio sobre a Origem das Línguas, "um homem selvagem, ao encontrar outros, a princípio se terá assustado. Seu terror ter-lhe-á feito ver esses homens maiores e mais fortes do que ele; ter-lhes-á dado o nome de gigantes. Após muitas experiências, terá reconhecido que, não sendo esses pretensos gigantes nem maiores nem mais fortes do que ele, sua estatura não convinha à idéia que ele ligara a princípio à palavra gigante. Inventará, portanto, um outro nome comum a eles e a si mesmo, como, por exemplo, a palavra homem e deixará a palavra gigante para o objeto falso que o impressionara durante sua ilusão. Eis como a palavra figurada nasce antes da palavra própria, quando a paixão nos fascina os olhos e quando a primeira idéia que ela nos oferece não é a verdadeira."(27)

O ator, segundo esta acepção, tem grande conhecimento dos suportes artísticos, mas não os utiliza para mostrar destreza ou para provar certas teses; ele agencia suas habilidades técnicas de modo a privilegiar estilos de interpretação, construções sintáticas e semânticas, gêneros literários e ritmos de elocução que provoquem algo diferente desses conhecimentos: emoções.

De acordo com a filosofia de Rousseau, pode-se pensar um teatro que não se veja exclusivamente como espetáculo e um ator que não suba ao palco para expor raciocínios lógicos ao público (portanto o comediante não se prende à verdade nem pretende ser claro). Nesse sentido, a linguagem cênica por excelência é poética, pois não se entende com a mesma facilidade da prosa. Ao contrário desta, caracteriza-se por ser figurada e musical, mas não evidencia o cálculo, como ocorre na música que privilegia a harmonia em detrimento da melodia. Como a poesia, é a expressão de paixões, mais especificamente das paixões que congregam, e não das que segregam.

  

Notas

 

(1) ROUSSEAU, Jean-Jacques, Carta a d'Alembert, trad. R.L. Ferreira, Campinas, UNICAMP, 1993, nota 64, p. 146
(2) Cf. idem, pp. 128-133

(3) Idem, p. 131

(4)  Idem, p. 132

(5)  ROUSSEAU, J.-J., Ensaio sobre a Origem das Línguas, trad. F.L. Moretto, 2ª ed., Campinas, UNICAMP, 2003, p. 139

(6)  Idem, p. 140

(7)  Idem, p. 139

(8)  Idem, p. 103

(9)  Cf. idem, p. 103

(10) Idem, p. 104

(11) Idem, p. 142

(12) STAROBINSKI, Jean, "Introduction", in Rousseau, J.-J., Oeuvres Complètes, tome V, Pléiade, Paris, Gallimard, 1995, p. CLXXXVII

(13) Cf. ROUSSEAU, J.-J., Ensaio sobre a Origem das Línguas, p. 142

(14) PRADO Jr., Bento, "A força da voz e a violência das coisas", in ROUSSEAU, J.-J., Ensaio sobre a Origem das Línguas, op. cit., p. 65

(15) ROUSSEAU, J.-J., Ensaio sobre a Origem das Línguas, p. 165

(16) Idem, p. 164

(17) Idem, pp. 157-158

(18) Idem, p. 151

(19) Idem, p. 177

(20) PRADO Jr., B., op. cit., p. 73

(21)  Idem, p. 60

(22)  ROUSSEAU, J.-J., Ensaio sobre a Origem das Línguas, p. 166

(23) Idem

(24) PRADO Jr., B., op. cit., p. 64

(25) Idem, p. 71. Cf. ainda ROUSSEAU, J.-J., Ensaio sobre a Origem das Línguas, p. 161: "Algumas seqüências de sons ou de acordes talvez me divirtam por um momento, mas para encantar-me e enternecer-me é preciso que tais seqüências me ofereçam alguma coisa que não seja nem som nem acorde e que venha emocionar-me a meu malgrado."

(26) ROUSSEAU, J.-J., Ensaio sobre a Origem das Línguas, p. 148

(27)  Idem, pp. 107-108

 

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