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Atualidades Manchete

Unicamp evoca tradição e promove o 1º Festival Paralímpico

Oficinas em modalidades como rúgbi em cadeira de rodas, parabadminton e lutas, reuniu professores, estudantes e servidores

Thiago Lima de Sousa mostra a dinâmica do goalball, esporte praticado por pessoas com deficiência visual

Conhecida pelo pioneirismo no trabalho de pesquisa e na formação de profissionais voltados para o desenvolvimento do esporte adaptado, a Unicamp promoveu na sexta-feira (16) o primeiro Festival Paralímpico de sua história. Realizado no Ginásio Multidisciplinar da Unicamp (GMU), o evento reuniu professores, estudantes, servidores, atletas e praticantes regulares de esporte – para uma série de oficinas e vivências. 

Em uma iniciativa da Diretoria de Esportes da Pró-Reitoria de Extensão, Esporte e Cultura (Proeec), o festival contou com oficinas de rúgbi em cadeira de rodas, lutas, parabadminton e goalball, modalidades esportivas que as pessoas puderam experimentar ou mesmo praticar. Além de conhecer suas regras.

“O esporte paralímpico tem uma longa história na Unicamp e eu sou testemunha viva dessa tradição”, disse o reitor Paulo Cesar Montagner, que participou da cerimônia de abertura do festival. Montagner contou ter ingressado na Faculdade de Educação Física (FEF) em 1988 e que, já nesse período, o esporte paralímpico fazia parte das discussões. O movimento que resultou na criação de projetos de pesquisa e de extensão nessa área iniciou-se naquele momento, segundo ele.

A professora Maria Luiza Tanure Alves (no alto à esq.), a pró-reitora Sylvia Furegatti; o reitor Paulo Cesar Montagner e o professor Renato Barroso

“A partir de 1989, começamos uma grande discussão em torno do currículo e, no início dos anos 1990, criamos o Departamento de Educação Física Adaptada”, afirmou. “A gente jamais poderia imaginar a grandiosidade que esse movimento iria ganhar, além do interesse científico e dos investimentos que conquistou. É muito gratificante ver tudo isso materializado.” 

A pró-reitora de Extensão, Esporte e Cultura, Sylvia Furegatti, disse que um festival como este “é, antes de tudo, uma celebração”. “Trata-se de uma celebração da diversidade e do reconhecimento da humanidade que está por trás do esporte, que sustenta o esporte como formador de cidadania.”

Integrante da equipe Sankalp, que faz os treinamentos na Unicamp, o jogador de parabadminton Murilo Antonio dos Santos Silva ocupa hoje a liderança do ranking brasileiro na categoria SL3 Sub-23. “A Unicamp teve uma importância muito grande na minha formação”, disse o esportista, que participou de uma das oficinas. “Aqui os jogadores dispõem de equipamentos de alta qualidade, e isso ajuda muito na forma de jogar.” 

Thiago Lima de Sousa mostrou ao público as regras e a dinâmica do goalball, um esporte praticado por pessoas com deficiência visual. Sousa apresentou movimentos de ataque e defesa e ofereceu detalhes sobre a bola, muito semelhante à de basquete, mas com um guizo no interior. O esportista revelou que, depois de dez anos na modalidade, está fazendo a transição para provas rápidas de velocidade – corridas de 100 m, 200 m e 800 m. 

Murilo dos Santos Silva: ranking

Acolhimento

A professora Maria Luiza Tanure Alves, chefe do Departamento de Estudos da Atividade Adaptada da FEF, disse que o festival representa um evento não só para a comunidade de alunos com deficiência da Unicamp, mas também para a comunidade externa, como funcionários, docentes e qualquer pessoa disposta a participar. “A ideia foi apresentar as modalidades paralímpicas para pessoas com deficiência.” 

Segundo a professora, o festival se transformou também em um dos programas de acolhimento aos estudantes com deficiência que ingressaram na Unicamp neste ano, o primeiro sob a vigência do sistema de cotas para deficientes nos cursos de graduação. 

O diretor de Esportes da Proeec, Renato Barroso, afirmou ver um futuro promissor para o festival. “A nossa expectativa é que o evento possa crescer e entrar para o calendário oficial da Universidade e, quem sabe, ser replicado nas universidades públicas estaduais de São Paulo.”

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