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LabDrama propõe debate sobre cultura popular e direito à folia nas ruas

Terceira edição do evento apresenta leitura dramática, palestras e exposição de fotos

O Laboratório de Dramaturgia e Escritas Performativas Tradicionais (LabDrama), do departamento de artes cênicas do Instituto de Artes (IA) da Unicamp, tem elaborado conceitos de dramaturgia a partir de manifestações da cultura popular, como o teatro de folia, criado pela professora Larissa Neves, também fundadora do laboratório, em atividade desde 2018. Em parceria com a professora Grácia Navarro, elas criaram e coordenam o evento de pesquisa e extensão LabDrama, que está na terceira edição.

O LabDrama, aberto nesta quarta-feira, 17 de setembro, traz como tema “Das ruas, dos becos e das praças como território de referência e proposição” e apresenta, além dos trabalhos desenvolvidos ao longo do ano, uma exposição de fotos e palestras sobre temas relacionados ao carnaval e ao direito à folia até sexta-feira.

As professoras Larissa Neves e Grácia Navarro: terceira edição do LabDrama
As professoras Larissa Neves (à esquerda) e Grácia Navarro: terceira edição do LabDrama

“As manifestações culturais são ao mesmo tempo referência e materiais de proposição”, explica Navarro. “Passamos a cobrir escritas tradicionais, como, por exemplo, o bumba-meu-boi, e criamos esse projeto, em voga agora, de uma dramaturgia voltada para as ruas.”

“O laboratório é um espaço de pesquisa em dramaturgias diversas, envolve escrita cênica, relação entre texto e cena, conta com um acervo precioso de peças raras, livros, é um local onde as pessoas podem ir para ler e estudar, promove leituras dramáticas, workshop e criação dramatúrgica, em projetos vinculados à disciplinas de graduação, pós-graduação e extensão”, explica Neves. “Nesta edição, o LabDrama trouxe convidados externos para falar sobre elementos que a gente está pesquisando.” Um deles é o dramaturgo Igor Nascimento, autor da peça de teatro Atenas: Mutucas, boy e body junto com Lauande Ayres.

Outro tema abordado é o da segurança, que será tema da palestra de Guilherme Varella, autor de Direito à folia – O direito ao Carnaval e a política pública do Carnaval de rua na cidade de São Paulo. “As manifestações têm a rua como lugar, e queríamos falar sobre como a rua recebe os artistas. Regulação não é impedir, é promover o direito ao espaço público”, destaca Navarro. “O carnaval é o grande ícone do uso da rua hoje, que o Brasil inteiro comunga”, continua a professora, que é fundadora de um dos blocos de rua mais tradicionais do distrito de Barão Geraldo, o Berra Vaca, que começou com 30 pessoas em 1999 e hoje “arrasta” cerca de 10 mil foliões.

Programação

Além da exposição de fotografias Do Bumba-meu-boi e do Boi Falô e Disse!, na Galeria da Casa do Lago, em cartaz até sexta-feira, a programação conta ainda com a leitura dramática da peça Atenas: Mutucas, boi e body, nesta quinta-feira, às 14h, seguida de roda de conversa com o autor. Às 19h, o professor e pesquisador da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Guilherme Varella conduz a mesa “Carnaval de Rua, Direito à Folia e Direito à Cidade”, com a participação dos convidados Alessandra Ribeiro, Tiche Vianna e Hidalgo Romero.

O evento termina na sexta-feira, 19 de setembro, com a conferência “Direito à Cultura no Brasil Hoje”, ministrada por Guilherme Varella, às 10h. Às 14h será realizada a “Sessão LabDrama: Pesquisadores e Projetos”, que reúne Isa Kopelman, Cassiano Sydow, Larissa Neves e Grácia Navarro, que apresentarão suas pesquisas sobre dramaturgia, cultura popular e teatro de rua.

O evento conta com apoio de Faepex, Proeec, Deape, Fapesp, Adunicamp, Instituto de Artes da Unicamp e Secretaria de Cultura e Turismo de Campinas.

Foto de capa:

Além dos trabalhos desenvolvidos ao longo do ano, uma exposição de fotos e palestras compõem a terceira edição do evento
Além dos trabalhos desenvolvidos ao longo do ano, uma exposição de fotos e palestras compõem a terceira edição do evento
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