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A Unicamp acaba de divulgar amplo relatório, de 116 páginas, com dados, informações, indicadores e avaliações da gestão do período 2021 – 2025, liderada pelo reitor Antonio José de Almeida Meirelles. Segundo ele, a gestão foi marcada por grandes desafios – como o período de um ano de pandemia e o difícil processo de retomada – mas também por significativos avanços, em muitas áreas.

Antonio Meirelles durante o Campinas Inovation Week apresentando o projeto do HIDS
Antonio Meirelles durante o Campinas Inovation Week apresentando o projeto do HIDS

Meirelles avalia que a gestão aprimorou políticas de acesso; trabalhou na consolidação de medidas de inclusão e permanência de estudantes; intensificou a interação da Universidade com a sociedade e com instituições de ensino e pesquisa do Brasil e fora dele; e adotou medidas de valorização do servidor e docentes.  “Se tivesse que definir uma marca, diria que essa gestão teve, como característica principal, a ideia de uma universidade para todos”, disse.

De acordo com Meirelles, o relatório demonstra que, ao longo dos quatro anos, a gestão adotou medidas para atendimento de demandas internas – de servidores, docentes e estudantes. Revela que, ao longo da gestão, foram efetivadas 5.075 progressões em um universo de 6.772 servidores, o que representa um alcance de 75% da categoria. O aumento médio mensal das remunerações foi da ordem de R$ 1.357,00, diz o relatório.

Visita de delegação da Unicamp ao Fermilab, laboratório de física de partículas e de alta energia do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE, na sigla em inglês)
Visita de delegação da Unicamp ao Fermilab, laboratório de física de partículas e de alta energia do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE, na sigla em inglês)

 “Houve melhora na renda de funcionários, professores e pesquisadores, tivemos o fortalecimento da política de valorização da carreira e expressiva melhoria nos benefícios – como aumento no valor do Vale Alimentação, a criação do Vale Refeição e implementação do programa de Auxílio-Saúde”, salienta. “Os nossos restaurantes universitários passaram a operar também aos finais de semana”, lembrou.

Meirelles observa que o aprimoramento dos mecanismos de acesso – com o estabelecimento do sistema de cotas étnico-raciais iniciado para os cursos de graduação ainda em 2017– tem transformado o perfil do estudante da Universidade. “Hoje temos uma Unicamp diversa, com a cara do Brasil”, afirma ele.

O relatório mostra que, em 2023, as cotas étnico-raciais foram adotadas também na pós-graduação. Ainda no esforço para tornar a Universidade inclusiva e diversa, o Conselho Universitário aprovou em novembro de 2024 duas propostas que reservam vagas na carreira do magistério superior para professores pretos e pardos e para pessoas com deficiência com o título de doutorado. Neste ano de 2025 foi aprovada, por unanimidade, a reserva de vagas nos cursos de graduação para pessoas autodeclaradas trans, travestis ou não binárias.

Visita ao experimento AmazonFace na floresta amazônica
Visita ao experimento AmazonFace na floresta amazônica

O relatório revela que a Unicamp também manteve forte interação com instituições internacionais de pesquisa, em diversas áreas – como as relacionadas à transição energética, sustentabilidade, entre outras. A Universidade participa, por exemplo, de projetos inovadores em âmbito internacional, como o AmazonFace, que pretende medir a reação da floresta amazônica quando submetida a aumento da concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera. 

Participa também do projeto Dune, considerado o experimento mais ambicioso da história das pesquisas sobre neutrinos – que são partículas subatômicas, consideradas elemento-chave para a compreensão do processo de criação, constituição e evolução do universo. O projeto – que tem como sede o Fermilab, nos EUA – envolve 200 instituições de 37 países e aproximadamente 1.400 cientistas de todo o mundo.  A Unicamp coordena a equipe brasileira e é a principal representante nacional no projeto.

O relatório lembra ainda a consolidação do projeto HIDS (Hub Internacional de Desenvolvimento Sustentável) – uma área de 11,3 milhões de m² que engloba o campus da Unicamp, em Campinas, o Polo 2 de Alta Tecnologia (Ciatec 2) e o campus 1 da PUC. O espaço deverá compatibilizar empresas de tecnologia, residências, áreas de convívio, lazer e preservação ambiental. O processo de ocupação começa em 2025 e só deverá ser concluído em 2050.

Meirelles lembrou também que a Universidade se manteve como destaque no Brasil e na América Latina em diversos rankings internacionais. O relatório também traz dados sobre governança, políticas estratégicas e detalha ações nas áreas de ensino, pesquisa e extensão executadas no período de quatro anos.  

“Ao final, no balanço da gestão, posso dizer que foram anos muito intensos, nos quais eu aprendi muito”, disse Meirelles. “Mas eu gostei muito da experiência. Gostei muito de interagir com as pessoas de dentro e de fora da Unicamp”, acrescentou. “Mas, no final das contas, posso dizer que tenho enorme orgulho por ter ocupado esse cargo”, finalizou. 

Acesse o relatório:

Foto de capa:

O reitor da Unicamp no período de 2021 a 2025, Antonio José de Almeida Meirelles: gestão marcada por grandes desafios
O reitor da Unicamp no período de 2021 a 2025, Antonio José de Almeida Meirelles: gestão marcada por grandes desafios
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