As comemorações pelos 60 anos de fundação da Unicamp – a serem completados no dia 5 de outubro de 2026 – começam nesta quarta-feira, dia 8, a partir das 18 horas, com uma série de atividades culturais e institucionais a serem realizadas no Teatro de Arena, um dos espaços mais emblemáticos da Universidade, localizado na Praça do Ciclo Básico.
Shows musicais, intervenções artísticas e vídeos retrospectivos vão marcar a abertura das celebrações, que contará também com o lançamento de um selo especial de aniversário e a presença de ex-reitores. A Coordenadoria-Geral da Unicamp (CGU) prepara atividades acadêmicas e culturais que serão desenvolvidas ao longo de 2026 e um site será lançado para informar sobre essas atividades.

O coordenador-geral da Unicamp, Fernando Coelho, diz que este é o momento de celebração. “A nossa Universidade é muito importante. Precisamos fazer uma homenagem do tamanho que ela merece”, disse. “Mas, também, é um momento de reflexão”, complementou.
“Considero que este seja um momento muito importante para a nossa Universidade. Está fazendo 60 anos e deve fazer reflexões sobre ela própria. Buscar saber o que pretende para o futuro e definir como pretendemos crescer e evoluir enquanto instituição”, afirma Coelho.
Segundo o dirigente, planejar o futuro passa por algumas ações que precisam ser adotadas desde já. “Uma delas é fazer crescer a Universidade no que se refere à oferta de cursos e de vagas”, afirma. Além disso, para o coordenador, é preciso trabalhar ainda mais pelo aprimoramento de linhas de pesquisa que tenham relação direta com as necessidades urgentes do país. “Esse processo já acontece, mas é saudável que a Universidade se aproxime cada vez mais da sociedade”, recomenda. “Precisamos aproveitar esse momento, para avaliar o nosso passado e nosso presente e, a partir disso, planejar o nosso futuro”, acrescenta.

Celebrações
A festa que vai abrir as celebrações dos 60 anos contará com apresentação da Escola Livre de Música (ELM) – uma escola que recebe integrantes da comunidade interna e externa e que conta com material didático próprio, desenvolvido pelos instrutores e proposta pedagógica integrativa, colaborativa e humanista.
O evento contará, ainda, com apresentações do Grupo Cupinzeiro, um coletivo cultural de Campinas que promove pesquisa e criação em música popular brasileira, e a apresentação do projeto Circus, da Faculdade de Educação Fisica (FEF) da Unicamp.
A pedra fundamental
A pedra fundamental que marcou a fundação da Universidade foi lançada no dia 5 de outubro de 1966, numa gleba de 30 alqueires, doada por João Adhemar de Almeida Prado, a 12 quilômetros do centro de Campinas. O lançamento aconteceu um mês depois de Zeferino Vaz se reunir com empresários da região para definir o perfil dos cursos a serem implantados. O Conselho Estadual de Educação legalizou, então, a instalação dos Institutos de Biologia, Matemática, Física e Química e das Faculdades de Engenharia, Tecnologia de Alimentos, Ciências e Enfermagem, além dos Colégios Técnicos. Em 22 de dezembro Zeferino Vaz é nomeado para o cargo de reitor.
Hoje, a instituição tem campi nos municípios de Campinas, Limeira, Piracicaba e Paulínia, além de duas escolas técnicas, Cotuca e Cotil, localizadas respectivamente em Campinas e Limeira.
A Universidade cresceu muito rapidamente entre as décadas de 1970 e 1990 com a criação de novos institutos e faculdades. Com a morte de Zeferino Vaz, em 1981, o campus recebeu o nome dele.
Na década de 2000, a Unicamp se consolidou como um dos principais centros de pesquisa e ensino na América Latina. Hoje, são aproximadamente 36 mil alunos matriculados em cursos de graduação, programas de pós-graduação e colégios técnicos. No ranking QS World University Ranking: Latin America & The Caribbean 2026, divulgado na semana passada, a Unicamp aparece como a terceira melhor universidade da América Latina e Caribe.
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