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A Unicamp abriu sua programação de atividades na COP30, nesta segunda-feira (10), às 18 horas, na Estação do Desenvolvimento com uma apresentação sobre o Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável, o HIDS, pelo coordenador da comitiva da Universidade na COP, professor Roberto Donato. “A transição energética é um dos eixos por meio dos quais esperamos alavancar a ocupação do HIDS Unicamp. Já no próximo ano vamos iniciar a construção do Centro de Mobilidade Elétrica, o CEMOBE, projeto liderado pelo professor Tárcio Barros, da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC), que recebeu R$ 14 milhões de recursos da Finep.”

A COP, sigla para Conferência das Partes, é o evento anual da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), reúne os países signatários da Convenção a fim de discutir e negociar medidas para combater as mudanças climáticas e seus impactos. Para a Conferência de Belém, são esperadas cerca de 50 mil participantes entre delegados e observadores. Parte deles compareceu ontem, domingo, ao Parque da Cidade, em Belém, para receber as credenciais de acesso ao espaço oficial e diplomático da conferência.

AnoConferênciaLocalParticipantes
2021COP26Glasgow, Reino Unido40 mil
2022COP27Sharm el sheikh, Egito45 mil
2023COP28Dubai, Emirados Árabes85 mil
2024COP29Baku, Azerbaijão66 mil
2025COP30Belém, Brasil50 mil
Número aproximado de participantes nas últimas COPs entre delegados e observadores, segundo dados da UNFCCC e do governo brasileiro

“A importância de a Unicamp estar na COP30 reside no fato de que o mundo está lá. É uma oportunidade de apresentar ao mundo a Unicamp e seu trabalho robusto na área de sustentabilidade, com suas pesquisas e grupos de trabalho”, disse o reitor da Unicamp, Paulo Cesar Montagner. “Além disso, estando lá, será possível articular de forma mais direta a participação da Universidade em redes internacionais, com outras universidades e instituições de pesquisa do mundo todo”, acrescentou. “A Unicamp tem o compromisso fundamental de contribuir para o desenvolvimento dessa área, com pesquisas e com ações práticas, não apenas nos nossos campi, mas na formação adequada dos nossos futuros pesquisadores e profissionais”, afirmou.

A coordenadora de sustentabilidade da Unicamp, Thalita Dalbelo: várias parcerias e apoio
A coordenadora de sustentabilidade da Unicamp, Thalita Dalbelo: várias parcerias e apoio (Foto Antonio Scarpinetti)

Zona Azul e Zona Verde

A COP é dividida em duas zonas, a Zona Azul (Blue Zone) e a Zona Verde (Green Zone). A primeira é o espaço oficial e diplomático da conferência, onde acontecem as negociações oficiais entre os países signatários (ou partes). O acesso é restrito e controlado, destinado prioritariamente aos chefes de estado, às delegações oficiais dos países e aos representantes de organismos internacionais, como agências ligadas à Organização das Nações Unidas (ONU), ONGs e organizações da sociedade civil, como associações, centros de pesquisa e universidades.

Há dois tipos de credenciamento para a Zona Azul, dependendo do papel institucional do participante: o party badge para delegados e representantes oficiais dos países da Convenção, que participam das negociações formais e reuniões fechadas (plenárias e grupos de trabalho); e o observer badge para observadores, que não têm poder de decisão, mas monitoram as negociações, fornecem informações para as delegações e agem como influenciadores. Os observadores podem acompanhar parte das negociações, de painéis, dos chamados side events e de pavilhões temáticos. Além disso, há um credenciamento específico para imprensa e, claro, para os funcionários da UNFCCC, para o pessoal técnico do país-sede e para os prestadores de serviço.

É na Zona Azul que está localizado o Pavilhão das Universidades para a ação climática (Higher Education for Climate Action Pavillion), espaço que concentra a maior parte da programação da Unicamp na Conferência em Belém.

A delegação da Unicamp foi credenciada como observadora. “Nossa participação nesta COP com um pavilhão na Zona Azul só foi possível por meio da parceria da Unicamp com o Tecnológico de Monterrey, do México (TEC Monterrey), credenciada junto à UNFCCC como uma ‘instituição observadora’, ou seja, com acesso à Zona Azul das conferências”, explicou Thalita Dalbelo, coordenadora de sustentabilidade da Unicamp.

A doutoranda Martha Doudorado Fellows que integra a comitiva acadêrmica da Unicamp participa das COPs desde 2014; ela participará de eventos nas zonas Azul e Verde, além de outros espaços
A doutoranda Martha Doudorado Fellows que integra a comitiva acadêmica da Unicamp participa das COPs desde 2014; ela participará de eventos nas zonas Azul e Verde, além de outros espaços (Foto: Divulgação)

Ainda segundo Dalbelo, também foi fundamental o apoio das redes de universidades sustentáveis International Sustainable Campus Network (ISCN), Race to Zero Universities e Network of Networks e da Rede de Organizações Não-Governamentais e Independentes de Pesquisa (RINGO, na sigla em inglês). “Buscando ampliar a participação da Unicamp nas próximas COPs, fizemos uma solicitação formal de credenciamento como instituição observadora e estamos aguardando a análise do pedido pela UNFCCC”, complementou Dalbelo.

A Zona Verde concentra os eventos e atividades abertos à participação pública e da sociedade civil, como exposições, oficinas, debates, apresentações artísticas e shows. Neste ano, não será necessário credenciamento para acessar o espaço, nem para o público, nem para a imprensa. A Zona contará ainda com hubs temáticos dedicados à discussão de temas relevantes da agenda climática. Um deles é a Estação do Desenvolvimento, organizada pela Confederação dos Transportes (CNT), que sediará mais de 20 painéis sobre descarbonização, inovação e transição energética no setor dos transportes.

Logo do Pavilhão das Universidades
Logo do Pavilhão das Universidades

Saiba mais sobre a participação da Unicamp na COP30 neste link.

Conheça a programação de atividades da Unicamp na COP 30 aqui.

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Foto de capa:

Unicamp abre sua programação na COP30
Unicamp abre sua programação na COP30 (Foto: Tânia Rêgo/ Agência Brasil)

Confira trechos da apresentação sobre o HIDS feita pelo coordenador Roberto Donato:

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