A Diretoria Executiva de Relações Internacionais (Deri) da Unicamp abriu, nesta terça-feira (30), o programa de recepção a estudantes estrangeiros para o segundo semestre de 2024, que inclui pacotes de informações sobre o funcionamento das unidades e dos cursos e orientações sobre permanência, moradia e deslocamentos pelo campus e pela cidade. Além disso, a Unicamp Internacional (Uniin) – uma entidade formada por estudantes voluntários – promoverá diversos eventos culturais, que incluem aulas de forró na Praça da Paz e passagens por alguns dos bares do distrito de Barão Geraldo, onde fica o campus da Unicamp.
Neste semestre, a Unicamp recebe 80 estudantes de intercâmbio – entre alunos de graduação e de pós-graduação – provenientes da América Latina, da Europa e da Ásia. A maior parte dos intercambistas são latinos, como o mexicano Joel Lopes, da área da Computação. Estudante do Instituto Tecnológico de Sonora, Lopes se entusiasmou com a reputação acadêmica da Unicamp.
“Sabemos que a Unicamp é uma das mais importantes universidades da América Latina, e tenho certeza de que poderei crescer muito aqui”, disse. “Além disso, gosto muito do Brasil; gosto muito da língua”, acrescentou.
O também mexicano Diego Sisneros, da Universidade de Guadalajara, por sua vez, disse que decidiu estudar na Unicamp devido a seu grande interesse pela Universidade e pelo Brasil. “Me interessa muito a cultura brasileira”, contou.
Estudante de computação da Universidade de Los Andes, a colombiana Daniela Camacho conta que já conhecia o Brasil, tendo morado por dois meses no Rio de Janeiro, quando conheceu mais detalhes sobre a Universidade. “A Unicamp é uma referência na área da computação”, afirmou.
“Eu vim para a Unicamp por causa das boas referências e porque quero me aprofundar no português. Se tudo der certo, espero voltar à Unicamp no ano que vem”, disse o também colombiano Juan Andrés.
Chineses
Estudantes da Universidade de Pequim, os colegas chineses Xie Yuecong e Zhang Tianyan querem estudar literatura. “Lá em Pequim estudo português, mas é um português europeu. Quero me aprofundar no idioma falado no Brasil”, disse Yuecong. “Além disso, estamos pensando no mercado e em conhecer a história do Brasil. Me interessa muito a história do Brasil”, acrescentou Tianyan.
Os dois chegaram ao Brasil há uma semana e praticamente não saíram do distrito de Barão Geraldo. “Na verdade, fomos ao Shopping Dom Pedro. Foi o mais longe da Unicamp que estivemos até agora”, contaram.
Aumento de estudantes estrangeiros
O professor Elias Basili, da Pró-Reitoria de Pós-Graduação, avalia que tem crescido o interesse de estudantes estrangeiros pela Unicamp. Segundo ele, novos editais já em andamento deverão aumentar de forma significativa o número de alunos de fora na Universidade.
“A expectativa é que receberemos mais estudantes com os novos editais do G-Cub (Grupo de Cooperação Internacional de Universidades Brasileiras) em andamento; do programa Move La América da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), que prevê bolsas para estudantes fazerem mestrado e doutorado-sanduíche no Brasil, na América Lationa e Caribe; e do grupo de Montevidéu, do qual a Unicamp faz parte”, disse Basili. “Estamos confiantes que isso tudo vai aumentar de forma significativa o número de estudantes estrangeiros na nossa Universidade”, finalizou o professor.