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Unicamp bate recorde com 212 contratos ativos de transferências de tecnologias

Só em 2023, 26 novos contratos foram formalizados em diversas áreas do conhecimento, um aumento de 13% em relação ao ano anterior

Pesquisador durante apresenação de experimento no Laboratório de Engenharia Química
Pesquisador durante apresenação de experimento no Laboratório de Engenharia Química

A Unicamp atingiu a marca de 212 contratos de transferências de tecnologias ativos. Além de patentes e programas de computador desenvolvidos por docentes, pesquisadores e alunos da Universidade que foram licenciados com ou sem exclusividade para empresas e instituições, também foram transferidos conhecimentos técnicos nos formatos de fornecimento de know-how e acordos de transferências de material, conhecidos em inglês como Material Transfer Agreement (MTA).

O número de contratos de transferências de tecnologias que estão hoje vigentes é o maior registrado na Universidade desde o início das atividades da Agência de Inovação Inova Unicamp, que é o Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da Universidade. Só em 2023, 26 novos contratos de transferência de tecnologia foram formalizados em diversas áreas do conhecimento, um aumento de 13% em relação ao ano anterior. Os dados foram publicados no Relatório Anual da Inova Unicamp 2023 e estão disponíveis para download na versão e-book.

Segundo o diretor-executivo da Inova Unicamp, Renato Lopes, o marco no número de contratos de licenciamento ativos simultaneamente pode ser creditado, entre outros fatores, à dedicação e à qualidade dos pesquisadores da Universidade, bem como à melhoria dos processos da Agência alinhados a sua missão de estimular a inovação e o empreendedorismo tecnológico.

“A Inova Unicamp é um elo entre a Universidade e a sociedade, promovendo ações estratégicas que conectam os ativos de propriedade intelectual, frutos da pesquisa acadêmica, com instituições e empresas parceiras. Essa conexão permite levar soluções concretas desenvolvidas na Universidade para a sociedade e é uma das formas de a Unicamp transbordar seu conhecimento, transformando-o em inovação que cria impactos socioambientais e econômicos positivos”, explica Lopes.

A Agência de Inovação da Unicamp é responsável pela proteção da propriedade intelectual de resultados de pesquisas desenvolvidas pela comunidade interna e pelas transferências dessas tecnologias protegidas para o setor empresarial e outras instituições, a fim de incentivar o desenvolvimento de soluções inovadoras baseadas em tecnologias da Unicamp que impactem a sociedade.

O diretor-executivo da Inova Unicamp, Renato Lopes (à direita), e Rangel Arthur, diretor-executivo associado: líder no ranking de pedidos de patentes de invenção feitos por universidades no estado de São Paulo em 2023
O diretor-executivo da Inova Unicamp, Renato Lopes (à direita), e Rangel Arthur, diretor-executivo associado: líder no ranking de pedidos de patentes de invenção feitos por universidades no estado de São Paulo em 2023

Os dados atualizados do Relatório Anual da Inova Unicamp também mostram que a Universidade mantém um portfólio de 1.295 patentes vigentes, sendo que, em 2023, foram depositadas 51 patentes no Brasil e protegidas 17 patentes no exterior. Esses ativos podem ser consultados no Portfólio de Tecnologias da Unicamp. O site gerenciado pela Inova foi atualizado neste ano, apresentando novos motores de busca e uma classificação das tecnologias a partir dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Como consequência da atividade estratégica da Inova na proteção da propriedade intelectual, a Unicamp manteve sua posição de destaque liderando o ranking de pedidos de patentes de invenção feitos por universidades no estado de São Paulo em 2023, segundo o levantamento do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). No país, a Unicamp ocupa o terceiro lugar no ranking de depositantes entre as universidades.

A Unicamp também é a líder em inovação no país e a segunda universidade mais empreendedora segundo o Ranking Universidades Empreendedoras (RUE), organizado pela Confederação Brasileira de Empresas Juniores (Brasil Júnior) ligada ao Movimento Empresa Júnior (MEJ). Para além da proteção da propriedade intelectual, a transferência de tecnologias é um dos principais indicadores de inovação dos rankings.

A caminho do mercado

Entre os licenciamentos de tecnologias registrados em 2023, está a transferência de uma tecnologia com aplicação no campo da medicina veterinária para a empresa-filha da Unicamp SDAMED. Trata-se de um estimulador de nervo periférico automatizado para administração de anestesia regional, que oferece mais praticidade e segurança ao médico anestesiologista e reduz o risco de efeitos colaterais.

A empresa SDAMED, atualmente com sede em Paulínia (SP), graduou-se no programa de incubação da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (Incamp) da Unicamp, gerenciada pela Inova Unicamp. O crescimento do negócio, que busca se manter competitivo no mercado, segue em parceria com a Universidade na busca por inovar com tecnologias da Unicamp.

O professor Antonio Quevedo, da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação: praticidade e segurança para anestesia
O professor Antonio Quevedo, da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação: praticidade e segurança para anestesia

Outro caso de transferência de tecnologia, que demonstra uma conexão viva do ecossistema de inovação da Unicamp, é um método para encapsular óleos essenciais e torná-los mais estáveis. A patente foi licenciada pela B.Nano, sediada em São Miguel Arcanjo (SP). A empresa se desenvolveu a partir da competição de empreendedorismo tecnológico Desafio Unicamp organizada pela Inova.

Após vencer a categoria de Impacto Socioambiental na edição de 2022, os participantes da equipe, capacitados em metodologias empreendedoras, aceleraram a empresa e buscaram, junto à Inova, o licenciamento da nanotecnologia para o desenvolvimento de um produto ambientalmente sustentável para conter pragas em plantações.

Tecnologias licenciadas

A multidisciplinariedade das tecnologias licenciadas, que envolve mais de uma unidade, centro ou núcleo de pesquisa da Unicamp, também é demonstrada nos acordos de Pesquisa e Desenvolvimento e Inovação (PD&I) firmados pela Unicamp com empresas e instituições que buscam soluções para desafios tecnológicos a partir de pesquisas científicas.

Somente em 2023, a Unicamp assinou 77 novos acordos de PD&I com empresas e instituições públicas e privadas, o que representa um aumento de 5,5% em relação ao ano anterior.  Em conjunto, osnovos acordos de PD&I alcançaram o montante de mais de R$ 237 milhões em recursos captados no ano.

O setor de energia, que compreende óleo e gás, energia elétrica e biocombustíveis, manteve-se como a principal área dos acordos firmados em 2023, representando 50,6% do total. A grande participação de projetos de energia se deve às exigências da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP) para estimular a pesquisa das empresas com Instituições de Ciência e Tecnologia (ICT), sendo também a principal fonte de recursos. Em seguida, estão os setores de tecnologia da informação (15,6%) e automotivo (9,1%).

“A Unicamp se destaca pelo talento e excelência de seus docentes e pesquisadores, que atraem empresas, instituições públicas e indústrias para parcerias em PD&I, consolidando nossa posição como a universidade mais inovadora do Brasil. A Inova Unicamp apoia essas colaborações, prospectando e conectando os grupos de pesquisa, garantindo segurança jurídica nesse relacionamento e protegendo os interesses da Universidade”, comenta o diretor-executivo associado da Inova, professor Rangel Arthur.

Registro da inauguração, em 2023, da E-RENOVA na Unicamp, nova unidade de pesquisa credenciada pela Embrapii
Registro da inauguração, em 2023, da E-RENOVA na Unicamp, nova unidade de pesquisa credenciada pela Embrapii

Um exemplo dessa colaboração é o estabelecimento da E-RENOVA na Unicamp. Em 2023, a Unicamp inaugurou essa nova unidade de pesquisa credenciada pela Embrapii, com foco específico em energias e combustíveis de fontes renováveis, para fortalecer as parcerias com empresas voltadas à transição energética. Localizada na Faculdade de Engenharia Química (FEQ), a E-RENOVA recebeu um investimento inicial de R$ 4,8 milhões, posicionando a Unicamp como referência na inovação em biocombustíveis e energias renováveis.

A atuação da Inova Unicamp no estabelecimento da E-RENOVA se deu desde o levantamento de grupos de pesquisa que atendessem aos critérios da chamada Embrapii, que credenciou a FEQ Unicamp, e o apoio na elaboração da proposta até a negociação com empresas interessadas em projetos com a nova unidade.

“A E-RENOVA surge em um contexto de descarbonização da economia. Composta por pesquisadores com reconhecida experiência na área de energia e combustíveis renováveis, tem a missão de ser um importante vetor de integração entre a Universidade, os centros de pesquisas e as empresas, para transformar ciência e conhecimento em tecnologia útil para o desenvolvimento sustentável”, comentou o coordenador da E-RENOVA, professor Rubens Maciel.

Relatório completo

Para obter informações sobre os serviços de apoio à propriedade intelectual e à conexão entre pesquisa e mercado oferecidos pelo Núcleo de Inovação Tecnológica da Unicamp, visite o site da Inova Unicamp. Você também encontra detalhes sobre as tecnologias disponíveis para licenciamento consultando o Portfólio de Tecnologias da Universidade.

Se você deseja conhecer e se conectar com pesquisadores interessados em parcerias de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), explore o Portfólio de Competências da Unicamp.

Matéria publicada originalmente no site da Inova Unicamp.

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