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Ferramenta digital inédita pretende melhorar a comunicação simples e inclusiva na Universidade

O site foi desenvolvido por grupo de trabalho instituído pela Coordenadoria Geral da Unicamp

Cerimônia de lançamento do projeto interativo Linguagem Simples e Inclusiva aconteceu nesta quarta-feira, dia 11, no auditório FCM
Cerimônia de lançamento do projeto interativo Linguagem Simples e Inclusiva aconteceu nesta quarta-feira, dia 11, no auditório FCM

Com o objetivo de simplificar e contribuir para a melhoria da comunicação da Unicamp, tendo em vista tanto o ambiente interno quanto o externo, foi lançada nesta quarta-feira (11), no auditório da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), uma ferramenta digital inédita desenvolvida por um grupo de trabalho (GT) formado por funcionários da Universidade.

O site do Projeto Linguagem Simples e Inclusiva oferece quatro apostilas didáticas para serem baixadas e impressas – Guia de Linguagem Simples, Guia de Atributos e Elementos da Redação Oficial, Manual de Padronização de Atos Administrativos da Unicamp e Guia Simplificado de Recomendações para a Produção de Atos Administrativos –, além do histórico das atividades do grupo de trabalho, de seus conceitos, de alguns exemplos e um canal de contato direto com o GT.

Presidido por Thiago Pinheiro Rosa, assistente técnico de pesquisa da Faculdade de Tecnologia (FT) e instrutor da Escola de Educação Corporativa da Unicamp (Educorp), o GT deu início às atividades em janeiro de 2023. Na finalização do trabalho, uma equipe técnica desenvolveu uma identidade visual própria, também apresentada na plataforma.

“Ao longo de 17 meses, nosso grupo fez um trabalho muito amplo: primeiro, o de identificar na Universidade espécies documentais da nossa cultura. E depois de desenvolver o material”, disse o presidente do GT. “Trata-se de um trabalho inédito que nasceu de um diagnóstico feito nos cursos da Educorp: a expectativa da comunidade de padronização da comunicação na Unicamp, tanto em relação a atos administrativos quanto na comunicação do dia a dia, como email, relatório, ata e outros. Por conta dessa demanda, a CGU [Coordenadoria Geral da Universidade] instituiu o grupo.”

O lançamento contou com a presença do reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, e da coordenadora-geral, Maria Luiza Moretti, que compuseram a mesa de abertura ao lado de Edison Cardoso Lins, coordenador da Educorp, e do convidado Alex Villas Boas, coordenador executivo do Centro de Investigação em Teologia e Estudos de Religião da Universidade Católica Portuguesa.

Lins elogiou o resultado do trabalho desenvolvido pelo GT e destacou a presença de quatro gerações de profissionais entre os envolvidos. “O GT foi muito bem representado e incorporou as novas gerações.”

Villas Boas citou o filósofo e filólogo Friedrich Nietzsche para falar da importância da linguagem, lembrando o quanto as pessoas são famintas por linguagem e como a poesia, por exemplo, tem a capacidade de dilatar nossa linguagem e nosso pensamento. O professor também mencionou George Orwell, outro autor que escreveu a respeito da conexão entre liberdade e linguagem.

Para a coordenadora-geral, o projeto reforça o compromisso da Unicamp com a inclusão e com o acesso igualitário à informação. “A linguagem clara e acessível é um direito. Esse trabalho será um exemplo a ser seguido por outras universidades. O GT está de parabéns”, disse Moretti.

O reitor reforçou os elogios e disse estar impressionado com o fato de o auditório estar lotado para o evento de lançamento. “O projeto promove uma integração forte entre diferentes áreas da Universidade”, afirmou Meirelles. “Essa é uma grande ação com impacto institucional.”

A jornalista Melissa Diniz Medrone: grande mobilização em torno do assunto
A jornalista Melissa Diniz Medrone: mobilização em torno do assunto

A jornalista Melissa Diniz Medrone também manifestou sua admiração diante do auditório cheio, um sinal da grande mobilização em torno do assunto.

Em sua palestra, intitulada “Linguagem Simples – Pelo direito à compreensão dos atos da administração pública”, ela destacou a questão legal pertinente ao tema, já presente na Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, que tratou do direito à língua. “Nós ampliamos essa ideia e interpretação para o direito à compreensão.” Nos Estados Unidos, disse Medrone, foi criado o Dia da Linguagem Simples, comemorado em 13 de outubro.

Em sua apresentação, a jornalista falou sobre os pontos que devem ser considerados ao se elaborar uma linguagem simples: a hierarquia (qual a informação mais importante?), o vocabulário, a clareza (colocar o interlocutor dentro do enunciado), a objetividade (frases curtas), o design (uso de marcadores e numeração) e a empatia, acrescentando ainda a questão da inclusão de grupos minorizados, como, por exemplo, a forma de se dirigir a cidadãos trans.

O evento terminou com o lançamento da ferramenta Linguagem Simples e Inclusiva, com apresentação do domínio linguagemsimples.unicamp.br. Da mesa, participaram membros do GT responsável por desenvolver o projeto: o já citado Rosa, a coordenadora do Sistema de Arquivos da Unicamp (Siarq), Janaína Andiara dos Santos, a coordenadora do Centro de Serviços de Compras da Diretoria Geral da Administração, Patrícia Ferrari Schedenffeldt, e o coordenador de Comunicação Institucional da Diretoria Geral de Recursos Humanos (DGRH), Carlos Renato Paraízo.

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