- CPP/INFO dados do Censo Agropecuário

Durante o processo de industrialização no Brasil, houve uma perda significante de terras agrí colas para áreas urbanas, isso causou uma redução de trabalhadores rurais. Esse processo causou também a modernização da agricultura e um aumento de produção, como exemplo, o milho, que teve um aumento de rendimento de 1,476 kg/ha (em 1985) para 2,406 kg/ha (em 1996).

Um dos fatores marcantes para esse crescimento da produção foi o uso de fertilizantes, uma importante tecnologia que acompanhou o crescimento da produção agrícola. O total de estabelecimentos produtores de lavoura que utilizavam fertilizantes em 1985 era de 34,6%, esse número sofreu um crescimento de 10% passando para 44,6% dos estabelecimentos em 1996.

O fertilizante se tornou fator essencial na agricultura atual e a produção total do ano de 98 foi de 7293743 toneladas volumétricas e foram importados mais 7118581 toneladas volumétricas no mesmo ano.

A grande utilidade de fertilizantes é devido a variedade e desgaste do solo. Há solos oriundos de rochas basálticas, esses são ricos em nutrientes enquanto outros, que são oriundos de arenitos, possuem menores quantidades de nutrientes (a origem caracteriza a fertilidade natural do solo). Porém, essas quantidades de nutrientes presentes no solos se alteram por vários fatores como o desgaste pela erosão, lixiviação, entre outros.

Com a produção agrícola, a perda de nutrientes é inevitável, pois a planta retira nutrientes para seu crescimento. Entre os principais nutrientes necessários ao crescimento da planta estão o N, P, K, Ca, Mg e S. Uma grande parte desses nutrientes sairão com o produto colhido sendo que o restante permanece nos restos vegetais podendo ser aproveitados nas próximas colheitas. O milho, por exemplo, para cada 5t colhidos em cada alqueire , há uma perda de 170 kg de N, 35 kg de P, 175 kg de K, 27 kg de Ca, 39 kg de Mg e 19 kg de S.

Para que a produção seja rentável é preciso fertilizar o solo e repor os nutrientes escassos, pois a produção se torna limitada pelo nutriente menos disponível. Além disso, somente 6% da área terrestre é utilizada para a agricultura, necessitando um grande aproveitamento da mesma para atender a necessidade alimentícia da população.

A fertilização supri a necessidade de N, P, K, com fertilizantes a base de NPK; já o Ca, Mg e S são supridos através da calagem. Para que esses nutrientes alcancem a planta é necessária a olubilidade, geralmente em água dos fertilizantes.

Os diferentes tipos de fertilizantes contêm diferentes quantidades e variedades de nutrientes, a uréia por exemplo, contém 45% de N, já o superfosfato-simples contém 18% de P, 20% de Ca e 12% de S, o cloreto de potássio tem 60% de K, e assim por diante. À partir dessas composições é possível uma utilização específica para cada solo. Para saber esse diagnóstico do solo são feitos análises que determinam suas características físicas e químicas, podendo assim identificar o que o solo contém e o que falta à ele para que ele tenha uma boa qualidade.

A quantidade de fertilizantes consumidos por cada produto agrícola são bem variados. No ano de 1998 a quantidade de produtos produzidos para cada tonelada de fertilizantes foram as seguintes:

• 14,5 sacas de 60kg de arroz;
• 1,4 sacas de 60kg de café;
• 14,6t de cana-de-açúcar;
• 2,8 sacas de 60kg de feijão;
• 27,2 sacas de 60kg de milho;
• 17,2 sacas de 60kg de soja;

Esses são alguns exemplos dentre as muitas culturas produzidas no Brasil. Essa variação se dá devido às diferentes composições de cada produtos e à maneira com que cada um é cultivado.

No Brasil, a utilização de fertilizantes é essencial sendo este um país cuja economia é baseada na produção agrícola e portanto, dados que mostrem a relação entre a utilização de fertilizantes e a produção agrícola são muito importantes. Os sites apresentados mostram sob vários aspectos essas relações.

Um detalhe importante e atual na produção e consumo de fertilizantes é a preocupação com o meio ambientes. Aumenta, portanto o utilização de fertilizantes orgânicos, entre outras tecnologias que não causem danos ao ambiente. É relevante também, diante da busca de uma sociedade sustentável, a preocupação em estar utilizando o solo com a máxima produtividade e o mínimo de desgaste, proporcionando uma preservação do solo para gerações futuras.