Conteúdo principal Menu principal Rodapé
Notícias

Moçambique busca parcerias em áreas da saúde

Em visita à Unicamp, o ministro da Saúde, Armindo Tiago destacou que o governo moçambicano pretende formar pelo menos mil médicos especialistas

Moçambique pretende desenvolver um programa de intercâmbio e abrir espaço para a formação de engenheiros biomédicos
Moçambique pretende desenvolver um programa de intercâmbio e abrir espaço para a formação de engenheiros biomédicos

O reitor da Unicamp, professor Antonio José de Almeida Meirelles, e o ministro da Saúde de Moçambique, Armindo Tiago, iniciaram nesta sexta-feira (10) tratativas para a renovação de parcerias entre a Universidade e o país africano. Na audiência com o reitor, Tiago disse ser de interesse do país africano a efetivação de ações colaborativas na área de saúde – em especial na de engenharia biomédica e na de formação de médicos especialistas.

“O que nós pretendemos é reatar uma parceria que existe desde 2015, mas que ainda não foi implementada na íntegra”, explicou o ministro. “O que queremos fazer agora é recuperar essa versão inicial e, quem sabe, ampliar isso para outras áreas”, continuou. Segundo Tiago, o convênio de oito anos atrás visava essencialmente permitir a disponibilização de bolsas pela Unicamp para a formação de médicos especialistas. Naquele programa, o governo moçambicano contribuía com parte dos custos.

Além disso, o convênio previa a vinda de médicos moçambicanos para participar de cursos de especialização na Unicamp e a ida de médicos da Universidade para Moçambique a fim de realizar módulos de formação. A ideia agora, diz o ministro, é ampliar o escopo.

Além de um programa mais aprofundado de intercâmbio entre médicos e estudantes, Moçambique pretende abrir espaço para a formação de engenheiros biomédicos. “O governo moçambicano decidiu fortalecer os esforços para a formação de uma indústria farmacêutica e isso só pode prosperar se for acompanhado de um movimento de biotecnologia capaz de responder tanto à indústria farmacêutica como também às necessidades das áreas de pesquisa”, disse o ministro.

Segundo ele, a pretensão do governo moçambicano é formar pelo menos mil médicos especialistas. Para isso, conta com a ajuda da Unicamp e de outras instituições de ensino superior. Na visita, Tiago conheceu o médico moçambicano Charles M´Poca, que está fazendo doutorado na Universidade. “Quando terminar, você vai voltar para Moçambique, né?”, pressionou o ministro. O estudante disse que sim.

O reitor Antonio Meirelles (à esquerda) afirmou ao ministro Armindo Tiago estar otimista quanto à ampliação do acordo
O reitor Antonio Meirelles (à esquerda) afirmou ao ministro Armindo Tiago estar otimista quanto à ampliação do acordo

Ampliação do acordo

O reitor da Unicamp afirmou estar otimista quanto à ampliação do acordo. “Gostaria de agradecer a visita da delegação moçambicana à Universidade e tenho plena confiança de que podemos fazer muita coisa junto”, disse Meirelles. “O encontro de hoje pode ser o primeiro passo nessa direção”, acrescentou.

Participaram da reunião com a delegação moçambicana o diretor da área da saúde da Unicamp, professor Oswaldo Grassiotto, o coordenador da comissão de extensão da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), Rubens Bedrikow, e o professor do Departamento de Tocoginecologia (DTG) da FCM Rodolfo de Carvalho Pacagnella.

Da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (Feec), participaram os professores José Magalhães Bassani e Mateus Giesbrecht – ambos do Centro de Engenharia Biomédica.

Ir para o topo