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Pibic premia os 20 melhores do XXXI Congresso de Iniciação Científica

O programa recebeu a inscrição de 1.339 trabalhos na edição 2023; 55 de estudantes do ensino médio, envolvendo um total de  1.470 estudantes

Em cerimônia realizada na sala do Conselho Universitário (Consu), a Unicamp entregou, nesta quarta-feira (13), o diploma de mérito científico a 20 estudantes – e seus orientadores – ganhadores do XXXI Congresso de Iniciação Científica, realizado no final de outubro. O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) 2023 recebeu a inscrição de 1.339 trabalhos – 55 deles de estudantes do ensino médio –, envolvendo 1.470 estudantes.

O congresso reúne, anualmente,  alunos e voluntários do Pibic e tem como objetivo divulgar os resultados de projetos de iniciação científica e tecnológica realizados por alunos de graduação da Unicamp e de outras instituições. Uma outra meta do Congresso é promover a interação entre pesquisadores de todos os níveis e áreas. “Esse congresso de iniciação científica tem um significado muito importante para a Unicamp”, disse a coordenadora-geral da Universidade, professora Maria Luiza Moretti, na abertura da cerimônia.

A coordenadora-geral cumprimentou todos os alunos que apresentaram trabalhos no congresso e fez uma saudação especial aos premiados. Ela agradeceu ainda aos professores que orientaram os trabalhos. “Oferecer uma formação de qualidade ao aluno é uma missão-fim da Universidade e espero que vocês [os premiados] carreguem para sua vida profissional o nome da Unicamp”, acrescentou.

O congresso tem como objetivo divulgar os resultados de projetos de iniciação científica e tecnológica realizados por alunos de graduação da Unicamp e de outras instituições
O congresso tem como objetivo divulgar os resultados de projetos de iniciação científica e tecnológica realizados por alunos de graduação da Unicamp e de outras instituições

O processo de avaliação dos trabalhos aconteceu em duas etapas. A primeira delas envolveu um comitê interno, composto por 61 docentes da Unicamp. Esse grupo analisou todos os concorrentes e pré-selecionou aproximadamente 10% dos mais de 1.400 trabalhos inscritos.

No início de novembro, ocorreu a segunda etapa, quando cem alunos foram pré-selecionados em avaliação realizada por 30 docentes externos, de diversas universidades do Brasil. Com as avaliações do comitê externo, então, identificaram-se os autores dos 20 melhores trabalhos, como a estudante do curso de Nutrição Melissa Santos de Aguiar, que desenvolveu uma pesquisa sobre o processo de ingestão de alimentos por um indivíduo até o ponto da saciedade.

Aguiar estudou um neurônio que atua na indução da saciedade. Nesse trabalho, a estudante contou com a orientação do professor Márcio Alberto Torsini, da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA).

Outro pesquisador que recebeu o diploma de mérito foi o estudante de física Mateus Zeferino Rennó, que, sob a orientação da professora Carola Dobrigkeit, do Instituto de Física “Gleb Wataghin” (IFGW), estudou a origem dos raios cósmicos e sua chegada à Terra.

Ele conta que trabalha em uma ação colaborativa internacional, valendo-se de um observatório situado na Argentina. “A minha pesquisa significou descobrir se existia, nesses dados, uma direção privilegiada de onde vinham mais partículas. E foi descoberto que realmente existia uma direção e que os raios viriam de regiões extra-galácticas”, conta.

Nos estudos sobre os raios cósmicos, explica Rennó, os cientistas analisam partículas elementares com as quais se consegue criar tecnologias diversas, como avanços usados hoje no combate ao câncer. Os estudos de raios cósmicos, continua ele, permitiram, por exemplo, o surgimento da ressonância magnética nuclear.

A estudante do curso de Nutrição Melissa Santos de Aguiar e o aluno de física Mateus Zeferino Rennó: melhores trabalhos
A estudante do curso de Nutrição Melissa Santos de Aguiar e o aluno de física Mateus Zeferino Rennó: melhores trabalhos

Festa de premiação

O pré-reitor de Pesquisa da Unicamp, professor João Romano, disse que “a academia vive do reconhecimento do mérito” e que, por conta disso, considera necessária uma festa de premiação como essa. “Muitas vezes uma premiação pode levar a uma competição exacerbada, mas não foi isso o que ocorreu, já que o trabalho de pesquisa nunca é individual. Há sempre um contexto de equipe”, disse Romano.  “Ao contrário da individualidade, o que temos aqui é a diversidade de talentos”, acrescentou.

O professor Marco Aurélio Cremasco, assessor da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec), afirmou que o trabalho de pesquisa “é, sobretudo, uma ação transformadora”.

Para o professor, a inquietude do pesquisador o leva a pensar sobre a capacidade que determinada pesquisa tem de transformar o mundo para além da Universidade.

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