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“Encontros da Saúde Unicamp” discute ações e projetos das unidades de atendimento médico

Organizada pela Deas, iniciativa teve como primeiro tema captação de recursos a partir de emendas parlamentares

O diretor executivo da Deas, professor Oswaldo Grassiotto: É preciso abrir possibilidades que vão além do funcionamento dos hospitais
O diretor executivo da Deas, professor Oswaldo Grassiotto: É preciso abrir possibilidades que vão além do funcionamento dos hospitais

A Diretoria Executiva da Área da Saúde (Deas) inaugurou nesta terça-feira (21) a série “Encontros da Saúde Unicamp”, que pretende discutir ações e projetos relacionados às unidades de atendimento médico pertencentes à Universidade ou administradas por ela.

A série – que tem apoio do Gabinete do Reitor (GR) e da Coordenadoria Geral da Universidade (CGU) – foi aberta com uma discussão sobre captação de recursos a partir de emendas parlamentares e reuniu diretores e coordenadores de unidade, especialistas no relacionamento entre instituições e governos, gestores e profissionais que atuam nos setores administrativos da área da saúde.

O diretor executivo da Deas, professor Oswaldo Grassiotto, diz que a série pretende discutir aspectos do financiamento da assistência junto a governos ou agências de fomento, como ocorre tradicionalmente, mas não apenas isso – tenciona, também, prospectar novas fontes.

“Precisamos melhorar nosso relacionamento institucional”, diz Grassiotto. “O MPT [Ministério Público do Trabalho], por exemplo, já é um dos que estão se relacionando conosco, mas existe uma série de outros mecanismos que são utilizados por outras universidades que podemos replicar”, argumenta.

Grassiotto lembrou que o prédio do Instituto de Otorrinolaringologia & Cirurgia Cabeça e Pescoço (IOU), onde acontece o evento, foi construído a partir de uma indenização arbitrada pelo MPT por conta de um crime ambiental.

O diretor disse ainda que é preciso abrir possibilidades que vão além do funcionamento dos hospitais. “Pensamos, por exemplo, em formas de melhorar nossa capacidade de pesquisa. Hoje nossa pesquisa é basicamente financiada pela Fapesp, mas temos outras possibilidades, particularmente junto à iniciativa privada. Existem muitas grandes empresas que estão aqui no entorno de Campinas e que poderiam fazer parcerias para investimentos no desenvolvimento de tecnologias, da pesquisa ou na introdução de tecnologias para ampliar a nossa capacidade de produção”, afirma.

O primeiro encontro da série reuniu diretores e coordenadores de unidade, especialistas no relacionamento entre instituições e governos, gestores e profissionais que atuam nos setores administrativos da área da saúde
O primeiro encontro da série reuniu diretores e coordenadores de unidade, especialistas no relacionamento entre instituições e governos, gestores e profissionais que atuam nos setores administrativos da área da saúde

Financiamento do sistema

O reitor da Unicamp, professor Antonio José de Almeida Meirelles, esteve na abertura do evento e afirmou que uma indústria forte no entorno da saúde pode ajudar na capacidade de financiamento do sistema.

“Temos um problema associado à entrada de recursos e ao financiamento geral do SUS, mas temos de pensar também na sustentabilidade do sistema pelo lado da oferta de produtos”, disse o reitor.

“Nesta área da saúde, o Brasil, infelizmente, depende muito da importação. Somos um país que, ao longo do tempo, foi perdendo um potencial imenso na produção de insumos e equipamentos”, acrescentou. “Podemos produzir inovação em torno da assistência à saúde”, aposta.

“Espero que esse encontro traga uma nova visão, um novo plano de ação para uso dos recursos, para que os equipamentos de saúde se tornem cada vez mais modernos e mais próximos de uma medicina cada vez mais tecnológica”, disse a coordenadora-geral da Unicamp, professora Maria Luiza Moretti.

O primeiro encontro da série termina nesta quarta-feira (22), com palestras e mesas redondas.

Acesse a programação completa.

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