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Em reunião do Consu, apresentação de relatórios detalham plano de ocupação do HIDS e proposta de cotas PcD

De acordo com o plano, a primeira fase de ocupação do HIDS Unicamp ocorrerá entre 2025 e 2030

Os projetos de instalação do HIDS e a implantação das cotas para pessoas com deficiência serão votadas em uma das sessões do Conselho Universitário a serem realizadas no segundo semestre
Os projetos de instalação do HIDS e de implantação de cotas para pessoas com deficiência serão votadas em uma das sessões do Conselho Universitário a serem realizadas no segundo semestre

A instalação do HIDS Unicamp, área da Unicamp que compõe o HIDS (Hub Internacional de Desenvolvimento Sustentável em área que tem 11,5 milhões de m² no campus de Barão Geraldo da Unicamp|) terá três fases de ocupação, segundo plano apresentado na terça-feira (10) aos membros do Conselho Universitário (Consu) – principal instância de deliberação da Universidade.

De acordo com o plano, a primeira fase de ocupação ocorrerá entre os anos de 2025 e 2030. A ação inaugural se dará com a instalação da Vila de Startups. A segunda fase está prevista para o intervalo entre 2030 e 2040 e, por fim, a última etapa é esperada para o período entre 2040 e 2050.

O HIDS será um distrito inteligente, que pretende compatibilizar a convivência de empresas de tecnologia com áreas residenciais e áreas verdes, a partir de soluções ambientalmente adequadas.

A principal inovação da proposta é a concentração das áreas construídas, condição essencial para estabelecer um modelo mais sustentável de ocupação, com manutenção de grande extensão de áreas verdes e permeáveis.

O plano prevê que apenas 25% do total da área do HIDS poderá ser utilizada para construções. O restante, de 75%, será destinado para áreas verdes, de preservação ambiental e áreas comunitárias.

Está prevista a criação de uma malha viária de diferentes dimensões. As calçadas serão mais largas do que as convencionais e as ruas serão compartilhadas, com vias de acesso local e tráfego de veículos com velocidade controlada.

O assessor docente do Gabinete do Reitor, Roberto Donato: nova perspectiva de campus universitário
O assessor docente do Gabinete do Reitor, Roberto Donato: nova perspectiva de campus universitário

A pavimentação será permeável. O sistema viário prevê caminhos verdes atravessando as quadras e outras áreas de fruição pública. A ideia é estimular a chamada mobilidade ativa, que seria o uso de bicicletas, patinetes elétricos ou caminhadas, em um ambiente não hostil.

“Este HUB tem como objetivo fundamental a ideia de construção de uma nova perspectiva de campus universitário, na qual a orientação fundamental seja a construção de um espaço vivo de interação entre as ideias de inovação e sustentabilidade”, disse o assessor docente do Gabinete do reitor, Roberto Donato, que apresentou o plano aos conselheiros.

“Temos de pensar nisso como o grande projeto para a Unicamp. Este é um dos projetos mais avançados nesta área de inovação”, ressaltou o reitor, Antonio José de Almeida Meirelles. “Temos de ser ambiciosos. Quando o Zeferino [professor Zeferino Vaz, um dos fundadores da Unicamp] veio para cá, ele foi ambicioso, como temos de ser agora”, acrescentou Meirelles.

O plano de ocupação ainda passará por votação no Consu, que deverá ocorrer em uma das sessões previstas para o segundo semestre deste ano.

Seleção para ingresso PcD

A professora Ana Fonseca, por sua vez, apresentou ao Consu o relatório final do Grupo de Trabalho (GT), que avalia a adoção de cotas PcD (Pessoa com Deficiência) nos processos de seleção para ingresso nos cursos técnicos e de graduação da Unicamp.

Segundo Fonseca, as unidades e congregações que enviaram manifestações ao GT foram unânimes na aprovação do mérito da proposta para a reserva de vagas para pessoas com deficiência. Apontaram, porém, a necessidade de estudos e do detalhamento das propostas para a implementação gradativa, considerando todos os desafios dessa medida para a comunidade universitária e, em particular, para garantir inclusão e permanência com qualidade.

De acordo com Fonseca, o GT recomenda a criação de um grupo de trabalho multidisciplinar, “com ampla representatividade”, para estudar a necessidade de adequação da infraestrutura da universidade e propor um plano de ação, com definição de prioridades, responsabilidades e cronograma. Recomenda, ainda, um estudo pormenorizado sobre investimentos orçamentários para um plano de suporte ao processo de adoção das cotas e para garantir a formação continuada de quem atuará diretamente no processo.

O relatório ainda deverá passar por votação no Consu, em sessão ainda a ser marcada, no segundo semestre do ano.

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