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Campanha de apoio a funcionários terceirizados entra na 2ª fase

O Projeto Integração prevê cursos de capacitação e treinamento, campanhas de conscientização e de combate ao assédio moral e sexual

Instituído em meados do ano passado, o Projeto Integração – que tem como objetivo inserir o trabalhador terceirizado na comunidade acadêmica da Unicamp – acaba de lançar uma campanha de valorização que prevê desde a distribuição de cartazes de conscientização até a inclusão de propostas para melhorar os requisitos de contratação de empregados terceirizados no Plano de Logística Sustentável (PLS) da Universidade.

Elaborado por representantes da Diretoria Executiva de Planejamento Integrado (Depi), da Diretoria Geral de Administração (DGA), da Comissão Assessora de Mudança Ecológica e Justiça Ambiental (Cameja) e do Cesit (Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho), o PLS, trata de um instrumento de governança que estabelece a estratégia das contratações e da logística, a partir de critérios que levam em conta fatores econômicos, sociais, ambientais e culturais.

Executado pela Secretaria de Vivência nos Campi (SVC), o Projeto Integração, considerado inovador por reunir docentes, estudantes e funcionários, tem como objetivo abrir novas perspectivas nas relações institucionais entre a Unicamp e os trabalhadores terceirizados. De acordo com a coordenadora da SVC, Susana Durão, a Universidade conta hoje com cerca de três mil trabalhadores contratados sob esse regime.

Segundo ela, o projeto prevê cursos de capacitação e treinamento, campanhas de conscientização e de combate ao assédio moral e sexual, esforços para estimular o respeito pela diversidade e a implantação de políticas de equidade. Mas vai além disso. Pretende-se com esse esforço, segundo Durão, avançar nas discussões em torno da legislação que disciplina essa modalidade de contratação.

A doutoranda Lara Campoli, uma das coordenadoras do projeto, lembrou que o Cesit encaminhou às reitorias das três universidades públicas paulistas  – Unicamp, Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual Paulista (Unesp) – uma carta pedindo melhorias nas relações de trabalho existentes no interior dessas instituições.

Cartaz de conscientização que estão espalhados pela Unicamp
Cartaz de conscientização que estão espalhados pela Unicamp

Cartazes em pontos estratégicos

Durão diz que a campanha de conscientização liga o trabalhador terceirizado à ideia de pulmão. “Afinal, eles é que ajudam a Unicamp a respirar. Trata-se de uma parcela essencial na vida da Universidade”, explicou.

A servidora Iara Della Coleta, do Conselho de Vivência Universitário (CVU), conta que a campanha prevê a distribuição de 250 cartazes, por pontos estratégicos do campus. Os cartazes abordarão diferentes temas. O primeiro deles – que deve permanecer em exibição por cerca de 45 dias – discorrerá sobre a ideia geral do projeto.  

Outros temas devem ganhar visibilidade na sequência, por igual período de tempo. Haverá cartazes com informações sobre como e onde buscar informações a respeito de direitos; sobre ações de combate ao assédio moral e sexual,  à discriminação e ao preconceito; e sobre formas de aperfeiçoamento profissional. Além disso, acrescentou Coleta, haverá postagens nas redes sociais dos órgãos envolvidos.

40 anos da vigilância

Campoli contou ainda que, até o final do ano, o projeto deverá lançar um livro marcando o aniversário de 40 anos do serviço de vigilância na Unicamp. “Queremos resgatar a memória do órgão e mostrar as transformações pelas quais passou ao longo do tempo”, conta ela.

A publicação, segundo a doutoranda, vai trazer depoimentos de duas pessoas que estavam na vigilância desde o seu surgimento. “Como há poucos registros de imagens ou mesmo de documentos, tivemos de recorrer a depoimentos de pessoas que estiveram no órgão no início.”

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