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Unicamp e Delft lançam programa de liderança acadêmica

A primeira turma, de 12 jovens professores das duas universidades, começa a ter aulas em novembro

O evento comemorativo se estendeu pelo dia todo, com palestras e um encontro de confraternização
O evento comemorativo se estendeu pelo dia todo, com palestras e um encontro de confraternização

Para celebrar os 25 anos de uma parceria de sucesso, a Unicamp e a Delft University of Tchenology (Holanda) lançaram nesta sexta-feira (25) o Programa de Liderança e Colaboração Acadêmica, que se inicia com um curso de formação de líderes acadêmicos. A primeira turma, de 12 jovens professores das duas universidades, começa a ter aulas em novembro.

O evento comemorativo, realizado no Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético (Nipe), iniciou-se com declarações do professor Gustavo Paim Valença, da Faculdade de Engenharia Química (FEQ) da Unicamp, da professora da Delft Patricia Osseweijer, proponente do novo programa, do reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, e, pela internet, da professora da universidade holandesa Ena Voute. A programação se estendeu pelo dia todo, com palestras e um encontro de confraternização.

Desde 1999, a Delft e a Unicamp realizam pesquisas conjuntas nas áreas de engenharia química, mecânica, agrícola, civil e de alimentos. Há 12 anos, as instituições deram início à dupla diplomação e abriram um escritório nas instalações do Nipe, para facilitar as atividades nas áreas de bioenergia e de tratamento de água e esgoto.

“Essa é uma parceria vencedora, a mais importante da Unicamp e da Delft”, afirmou Paim. “Em 12 anos, já tivemos 15 alunos com dupla diplomação. Temos importantes projetos de pesquisa em diversas áreas, além de cursos oferecidos nas duas universidades. Mais de 20 milhões de euros foram captados para as pesquisas ao longo dos anos. Começamos na área de bioeconomia, depois estendemos para a pesquisa sobre água, infraestrutura e energia. Trata-se de um programa que tem aumentado e se fortalecido nesses 25 anos”, comemorou o professor.

Segundo Paim, a primeira turma do curso lançado nesta sexta-feira contará com 12 jovens professores – seis da Unicamp e seis da Delft. As aulas começam no dia 4 de novembro deste ano, por videoconferência, e terminam em 5 de maio de 2025, presencialmente, na Unicamp. “Todos estão animados com o curso e esperamos repetir a experiência nos próximos dois ou três anos.”

Na abertura do primeiro de uma série de eventos em comemoração aos 25 anos da parceria, o reitor da Universidade falou sobre a importância de celebrar o sucesso do programa e destacou a grande diferença de idade entre a Delft, com 182 anos, e a Unicamp, com 58 anos. “Somos uma universidade jovem e temos desafios específicos”, disse Meirelles, que agradeceu a todos os envolvidos nos projetos, responsáveis por fazer com “que tudo isso fosse possível.”

Por videoconferência, Voute lamentou não estar presente e recordou as realizações conjuntas e as visitas mútuas ocorridas desde 1999. “Para nós é uma honra. Somos gratos por estes 25 anos e desejamos outros 25.”

“Procuramos fazer um programa flexível e interativo”, disse Osseweijer durante a abertura do evento, antes de fazer uma palestra apresentando o Programa de Liderança e Colaboração. Ainda pela manhã, a professora Gabriela Bennatti, do Instituto de Economia (IE) da Unicamp, contou histórias de sucesso do programa de dupla diplomação, mostrando depoimentos em vídeo de ex-alunos.

Também foram apresentados com destaque projetos financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) sobre o monitoramento de sistemas integrados da lavoura e pecuária por sensoriamento remoto e sobre a agricultura de precisão para uma produção mais sustentável rumo a uma agricultura de baixo carbono.

Proferiram e moderaram palestras, no período da tarde, Jacqueline Vaessen, Robert Thijssen, Luis Cortez, Telma Franco, José Maria da Silveira, John Posada, Luuk van der Wielen e os já citados Paim e Osseweijer.

A programação incluiu entre os temas debatidos os caminhos para a colaboração entre o Brasil e a Holanda, seus desafios e suas oportunidades. Entraram na pauta, ainda, a sustentabilidade, as inovações em bioenergia, os resultados de pesquisas conjuntas sobre o desenvolvimento sustentável e as energias renováveis, os sistemas de água e saneamento, os avanços na gestão da água, a colaboração universidade-empresa e o papel da pesquisa conjunta na promoção da inovação da indústria.

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