A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou recentemente um ranking avaliando a implementação, em vários locais, do Programa de Formação de Recursos Humanos para o Setor de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (PRH-ANP). O Instituto de Geociências (IG) conduz o PRH 19.1, voltado à exploração petrolífera e à geologia de reservatórios, sob a liderança do docente Carlos Roberto de Souza Filho, do Departamento de Geologia e Recursos Naturais (DGRN). Após cinco anos de atividade (2019-2024), o PRH 19.1 alcançou o segundo lugar na classificação geral e o primeiro na área de geologia, além de ter obtido a melhor nota técnica entre os 55 braços do PRH-ANP. O programa do IG subiu 18 posições, ficando atrás apenas do PRH 48.1, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), por poucos décimos de diferença.
Em 2023, todos os 55 PRHs da ANP passaram por uma avaliação. No IG, foram verificados a infraestrutura, o atendimento aos bolsistas e o desempenho acadêmico do programa. Thiago da Silva Pires, coordenador-geral de projetos da agência federal, Eduardo da Silva Torres, assessor de projetos, Andrei Ramos, analista administrativo, e Diego Gabriel da Costa, auxiliar administrativo, foram recebidos no instituto por Souza Filho, pelo diretor associado Emilson Pereira Leite e pelo pesquisador visitante Áquila Mesquita. O objetivo foi analisar o programa PRH 19.1, que na ocasião destacou-se como um dos melhores do país. Já em 2024, durante o Encontro Nacional dos PRHs, que ocorreu entre 21 e 23 de maio na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte, os vários programas passaram por uma avaliação técnica, por meio da análise dos trabalhos em desenvolvimento.
“Esse resultado é fruto de um trabalho conjunto e intenso envolvendo a coordenação do programa – composta por mim, pelo pesquisador visitante Áquila Mesquita e pelo apoio técnico de Bárbara Manzano —, o corpo docente do DGRN e os bolsistas do programa”, afirma Souza Filho. “Essa cooperação mostrou-se fundamental durante o período da pandemia [de covid-19], em que o PRH 19.1 conseguiu manter um alto desempenho acadêmico, mesmo com o distanciamento social”, afirmou o docente.
O Programa de Formação de Recursos Humanos, criado pela agência federal em 1999, busca estimular a pesquisa e a adoção de novas tecnologias nas indústrias do petróleo, do gás natural e dos biocombustíveis. Na sua primeira fase, entre os anos de 1999 e 2018, o PRH-ANP obteve resultados importantes: a formação de mão de obra especializada para a inserção no mercado de trabalho e o desenvolvimento de novas pesquisas para o setor.
Já a segunda fase iniciou-se em 2019, com a seleção de 55 programas. Para escolher as instituições de ensino de nível superior, a agência realizou uma única chamada pública que resultou na classificação dos programas de nível superior, distribuídos por 26 instituições de ensino de 13 Estados. Além do PRH 19.1, a Unicamp também conta com outros dois programas do tipo, o 05.1 e o 29.1, sediados respectivamente no Centro de Estudos de Energia e Petróleo (Cepetro), ligado à Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM), e na Faculdade de Engenharia Química (FEQ).