Alunos do ensino médio de 45 escolas públicas de Campinas e de mais cinco cidades da região participaram, nesta quarta-feira (8), da abertura da 21ª edição do Ciência & Arte nas Férias (CAF), um programa organizado anualmente pela Unicamp para estimular o interesse dos alunos pela pesquisa científica e pelas artes.
Até o dia 29 de janeiro, 122 jovens participam de oficinas – sob a supervisão de pesquisadores e professores –, em atividades que envolvem todas as áreas do conhecimento, por meio de pequenos cursos sobre temas que vão do processamento de alimentos de origem vegetal e da química dos perfumes até a resistência poética da juventude. Além das oficinas, os estudantes terão contato com 31 projetos de pesquisa.
No CAF deste ano, aos estudantes de Campinas somaram-se alunos de escolas públicas de Piracicaba, Limeira, Jaguariúna, Valinhos e Vinhedo.
“É uma honra para a Unicamp receber vocês. É bom para nós sabermos que vocês têm interesse em participar desse projeto. Espero que, com as atividades previstas no CAF, vocês consigam identificar áreas de interesse e possam começar a definir o rumo de suas vidas”, disse a pró-reitora de Pesquisa, Ana Fratini.
O pró-reitor de Graduação, Ivan Toro, lembrou aos estudantes que a Unicamp é uma universidade pública e ressaltou o fato de cerca de 50% dos seus matriculados virem da rede pública. “Não é impossível estudar na Unicamp. Acreditem nisso”, disse Toro.
“A condição financeira não representa um impeditivo para se estudar aqui”, reforçou o pró-reitor, lembrando que a Universidade oferece formas especiais de acesso e vários mecanismos para garantir a permanência do estudante. “A Unicamp reforça seu compromisso com a democracia e com a inclusão.”
Para a organizadora Mirian Marconçola, o CAF já é um programa consolidado que tem produzido resultados animadores. “Os estudantes passam por uma transformação grande. Eles se mostram entusiasmados com o programa”, garante.
Expectativa dos estudantes
Estudante da Escola Estadual Antonio Vilela Jr, da Vila Industrial, em Campinas, Stefany Souza Castro, de 17 anos, participa neste ano de sua segunda edição do CAF. A aluna afirmou alimentar uma grande expectativa para esta edição do evento. O contato com a Universidade – e com os projetos de pesquisa –, segundo disse, poderá ser útil em sua futura vida acadêmica.
Matheus Henrique Muniz Nunes, de 16 anos, conta ainda não saber o que pretende fazer no ensino superior. “A única certeza é que quero algo na área de humanas”, afirmou. “Provavelmente na área de artes.” Para o estudante, o CAF pode ajudar em uma eventual adaptação à Universidade. “A ideia do projeto é muito interessante. É importante para a gente visitar a Universidade, viver esse ambiente”, explicou.
Alunas de um colégio público de Piracicaba, as colegas Nayely Savian e Sophia Gomes da Silva disseram estar animadas com o mês de vivência que terão pela frente. “Minha expectativa é a de aprender coisas muito diferentes”, afirmou a primeira delas. “E aprender com experiências novas”, completou a segunda.
O evento de abertura do CAF contou ainda com a participação do professor Marco Aurélio Cremasco, representando o pró-reitor de Extensão, Esporte e Cultura, Fernando Coelho, e da supervisora de ensino da região Campinas-Leste, Paula Adriana Sierignolli.
