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Atualidades

Na Unicamp, secretário da Saúde diz querer ampliar cooperação com universidades

Eleuses Paiva garantiu que trabalhará no sentido de aumentar a oferta de leitos, em especial na área de oncologia

O secretário estadual da Saúde de São Paulo, Eleuses Paiva, disse nesta sexta-feira (14), na Unicamp, que pretende ampliar as ações colaborativas envolvendo as universidades. Em conversa com o reitor Antonio José de Almeida Meirelles e com representantes de órgãos do setor da saúde da Universidade, Paiva garantiu que trabalhará no sentido de aumentar a oferta de leitos, em especial na área de oncologia.

“Queremos ampliar o diálogo. Vejo as universidades públicas como importantíssimas no sistema de saúde do Estado. Em uma escala de zero a dez, queremos trabalhar 100% com a Unicamp”, disse o secretário a médicos e dirigentes de órgãos internos da Universidade, como a Diretoria Executiva da Área da Saúde (Deas), o Hemocentro, o Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti (Caism) e o Hospital de Clínicas (HC). Também participaram do encontro representantes do Departamento Regional de Saúde VII (DRS VII), o órgão do governo estadual responsável por 42 municípios onde vivem cerca de 5 milhões de pessoas.  

“Eu considero que essa foi uma conversa muito boa. Temos desafios bastante significativos na área da saúde, e a Unicamp desempenha um papel muito importante na área da saúde para a região – tanto com as estruturas próprias como com aquelas que gerencia. E, para tudo isso ter um bom desenvolvimento, é preciso uma integração intensa com a Secretaria da Saúde”, explicou o reitor.

Da esquerda para a direita, o secretário Eleuses Paiva, a coordenadora-geral da Unicamp Maria Luiza Moretti e o reitor Antonio Meirelles: desafios
Da esquerda para a direita, o secretário Eleuses Paiva, a coordenadora-geral da Unicamp Maria Luiza Moretti e o reitor Antonio Meirelles

Meirelles contou ter falado com o secretário sobre os desafios do setor e garantiu que a Universidade quer participar dos esforços conjuntos. O reitor revelou, por exemplo, ter manifestado ao secretário a disposição da Unicamp em continuar gerindo o Hospital Estadual de Sumaré. E também garantiu que a Universidade tem condições de colaborar mais para enfrentar as demandas regionais, como no esforço para a redução de filas no atendimento de pacientes.

“Além disso, queremos manter o financiamento extra [que vem do governo do Estado], que nos permitiu retomar praticamente 100% de produção”, disse. Meirelles conversou ainda sobre a possibilidade de ampliar a área da saúde da Unicamp.

A coordenadora-geral da Universidade, Maria Luiza Moretti, propôs a construção de um prédio ao lado do HC para abrigar os serviços de atendimento ambulatorial. Com isso, afirmou a coordenadora, o hospital conseguiria direcionar o primeiro e segundo pisos do prédio atual para o atendimento de pacientes com câncer. “Como isso não vai exigir uma estrutura pesada, a construção do novo prédio poderia ser feita de forma rápida e barata e, assim, conseguiríamos abrir espaços para um outro tipo de atendimento”, explicou Moretti.

Participaram do encontro médicos e dirigentes de órgãos internos da Universidade, como a Deas, o Hemocentro, o Caism e o HC, além de representantes do DRS VII
Participaram do encontro na FCM médicos e dirigentes de órgãos internos da Universidade, como a Deas, o Hemocentro, o Caism e o HC, além de representantes do DRS VII

Pacientes oncológicos

O diretor técnico do DRS VII,  Jorge Cury, disse que o encontro com o secretário visou, como objetivo principal,  discutir a assistência ampla – e no tempo adequado – a pacientes oncológicos. Segundo Cury, trata-se de um tema preocupante para a área da saúde da Unicamp e também para a população em geral. “A oncologia não é uma doença que dá para ficar esperando”, disse. “A cada dia, infelizmente, o quadro vai ficando pior para o paciente.”

O diretor técnico lembrou haver até mesmo uma legislação sobre esse tipo de atendimento. “Se o paciente estiver com alguma indicação de doença oncológica, ele tem de entrar no sistema em no máximo dois meses. Se possível, antes disso.”

“Não se pode pensar em nenhum sistema de saúde para a região sem a participação da Unicamp e, por conta disso, é bom que os órgãos estaduais e a Universidade estejam sintonizados”, acrescentou.

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