O reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, assinou na manhã desta segunda-feira (17) um memorando de entendimento com a Universidade de Turim (Itália). Pelo acordo, em um primeiro momento, as universidades deverão estabelecer parcerias de pesquisa nas áreas de ciências agrícolas, alimentos, biologia, ciências da vida e ciências veterinárias. O memorando, assinado também pelo reitor da universidade italiana, Stefano Geuna, deve ser o primeiro de outros acordo do tipo.
Em junho do ano passado, uma delegação da Unicamp esteve na Itália para uma série de encontros institucionais. O grupo visitou universidades em Roma, Milão e Turim e conversou com os italianos sobre a possibilidade de realizar ações colaborativas.
“Para nós, é muito importante manter vínculos fortes com instituições como a Universidade de Turim”, disse Meirelles, na abertura do encontro, organizado pela Diretoria Executiva de Relações Internacionais (Deri) da Unicamp e realizado na Escola de Educação Corporativa (Educorp). Segundo o reitor, que espera selar novos acordos em outras áreas do conhecimento, a aproximação com a Universidade de Turim é estratégica para a Unicamp.
Meirelles lembrou aos italianos que a Unicamp responde hoje por cerca de 8% do volume da pesquisa nacional e a região de Campinas, por até 16% desse total. O reitor também apresentou à delegação italiana o projeto do HUB Internacional de Desenvolvimento Sustentável (HIDS).
O HIDS, contou, está sendo instalado em uma área de 11,3 milhões de m², no campus de Barão Geraldo (Campinas). Trata-se de um distrito de inovação de quarta geração, dedicado à geração de soluções para os desafios do desenvolvimento sustentável. O local deve reunir centros de pesquisa, empresas, o poder público e moradores comuns, todos interagindo em um território de uso misto, com laboratórios, escritórios, comércio, indústria e residências.
Geuna disse que a Universidade de Turim interessa-se muito pelos acordos com a Unicamp, que para ele, trata-se de uma das melhores instituições de ensino e pesquisa da América Latina. “O mais importante agora é colocar todos os nossos pesquisadores em contato para que possam fazer a diferença”, afirmou o reitor da instituição italiana.
Programas de mobilidade para professores
O acordo entre as duas universidades prevê a realização de pesquisas conjuntas e a implantação de programas de mobilidade para professores, pesquisadores, doutorandos e o pessoal técnico e administrativo. O documento prevê, ainda, o uso de laboratórios e de infraestrutura como bibliotecas e outros itens, além do compartilhamento de resultados científicos alcançados por meio da cooperação.
“Nós tivemos a oportunidade de nos encontrarmos com eles duas vezes na Itália, no ano passado, e eles estão verdadeiramente interessados em aumentar o nível de colaboração com a Unicamp”, disse o diretor da Deri, Osvaldir Taranto. “A ideia é que tenhamos agora o embrião de um projeto grande, que envolva não apenas a Unicamp, mas também a Fapesp [Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo], para que possamos ter a participação de mais docentes.”
Segundo Taranto, a delegação italiana, formada por nove pessoas, visitaria, na Universidade, a área de engenharia de alimentos, a de engenharia agrícola, a de biologia e a Faculdade de Ciências Médicas (FCM). “Eles estão interessados em um escopo amplo sobre tudo o que a Unicamp faz”, acrescentou.
Além do reitor, a delegação italiana contou com a presença da vice-reitora de pesquisa em ciências naturais, Cristina Prandi, do consultor da universidade para o Projeto Brasil, Frederico Carli, dos representantes do consulado-geral da Itália em São Paulo, Francesco Picciallo e Mônica Faggionato, e de diretores de faculdades.
Também participaram do encontro a pró-reitora de Pesquisa da Unicamp, Ana Frattini, e os professores Rafael Dias e Fabrício Oliveira Camargo Herreros, ambos da Deri, além de vários pesquisadores.
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