
A Unicamp será a primeira universidade da América Latina a receber um escritório de representação da Universidade de São Petersburgo (da sigla em inglês SPbU), a mais tradicional universidade da Rússia. O acordo para a instalação do escritório foi firmado esta semana em encontro que reuniu o reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, e o vice-reitor para assuntos internacionais da SPbU, Sergey Andryushin.
O escritório será instalado na Diretoria Executiva de Relações Internacionais (Deri) e servirá como plataforma para facilitar as colaborações e interações entre as instituições em áreas de ensino, pesquisa e extensão. Além de ser o primeiro no continente, este é o primeiro do tipo na Unicamp. Os russos também convidaram a Unicamp a abrir um escritório de representação na SPbU.
O reitor da SPbU, Nikolai Kropachev, escreveu um discurso, que foi lido por Andryushin. “Gostaria de destacar que, em 2019, a Universidade de São Petersburgo foi a primeira e única universidade russa a abrir um escritório de representação na América do Norte. Hoje já temos 13 escritórios de representação em 12 países do mundo, incluindo seu vasto e incrivelmente lindo país – o Brasil”, escreveu Kropachev.
“A abertura do escritório de representação na Unicamp não é por acaso. Nossas universidades têm muito em comum. A SPbU e a Unicamp são duas universidades multidisciplinares, clássicas e de pesquisa, com uma forte base de pesquisa, focadas na criação de projetos inovadores e revolucionários. Campinas, assim como São Petersburgo, é uma cidade universitária e acadêmica”, acrescentou.


O reitor da SPbU também sugeriu a instituição de uma competição russo-brasileira de trabalhos científicos e projetos de crianças em idade escolar, sob a orientação científica de cientistas das duas universidades e de professores. “Estou confiante de que este projeto se tornará um exemplo brilhante de unificação e amizade dos jovens de nossos países”, disse Kropachev.
Meirelles e Andryushin assinaram também um acordo de que prevê a ampliação dos programas de mobilidade. A ideia é aumentar o intercâmbio de pesquisadores e estudantes entre as duas instituições. Os russos disseram estar interessados em colaborações em diversas áreas do conhecimento, em especial história, ciência política, literatura, química, física e biologia, engenharia e esportes.
Além de Andryushin, a delegação russa contou com as presenças do diretor do Centro de Testes de Idiomas, professor Andrei Lesin; do vice-representante da Cassa Russa em São Paulo, Ilya Zaharov; e da assessora Mariia Slastunova. O grupo também participou de palestras na “Biblioteca de Obras Raras (Bora) Fausto Castilho”.
