
O ano de 2025 representou a entrada de 3.467 alunos nos cursos de graduação da Unicamp, oriundos de diferentes modalidades de entrada como Vestibular, ENEM, Provão Paulista, Vestibular Indígena e Vagas Olímpicas. No entanto, o destaque entre os dados divulgados pela Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest) da Unicamp foi o aumento na participação de pessoas com deficiência entre os matriculados na comparação com os anos anteriores. De 3.274 novos estudantes — excetuados ingressantes por meio do Provão Paulista e egressos do Programa de Formação Interdisciplinar Superior (Profis) —, 6,05% são pessoas com deficiência (198) ante 4,77% em 2024 e 3,82% em 2023.
O resultado do balanço a respeito do perfil dos novos alunos explica-se por conta da decisão do Conselho Universitário (Consu) da Unicamp, proferida em setembro de 2024, de adotar um sistema de cotas destinado especificamente a estudantes com deficiência para ingresso nos cursos de graduação. A Universidade tornou-se a primeira das universidades estaduais públicas de São Paulo a adotar o sistema de cotas para pessoas com deficiência. Por conta dessa iniciativa, 22 matriculados pelas cotas foram beneficiados. “Há a perspectiva de, no próximo ano, termos um número de vagas ainda mais robusto”, afirma José Alves de Freitas Neto, o diretor da Comvest. “É uma sinalização das políticas de inclusão e a da consolidação de outras medidas que a Unicamp vem adotando nos últimos anos.”
A consolidação da presença expressiva de alunos provenientes da rede pública de ensino, já observada nos anos anteriores, seguiu como tendência em 2025: o percentual foi de 45,95%, o que representa 1.593 estudantes. O patamar aproxima-se do apurado nos anos de 2022 (45,7%) e 2020 (45,4%). “Os dados sinalizam uma constância das políticas adotadas desde 2018, o que inclui índices de inclusão próximos a 50% para alunos da rede pública e acima de 30% para pretos, pardos e indígenas”, explica.
Em 2025, os cotistas representaram 24% dos discentes ingressantes, com um montante de 31,87% do total se autodeclarando preto, pardo ou indígena. Destaque-se ainda que, entre os matriculados, 13,73% usufruíram da isenção da taxa de inscrição, opção oferecida pela Unicamp para atender a estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica – nas modalidades Vagas Olímpicas e Vestibular Indígena, as inscrições são gratuitas.
O Vestibular da Unicamp continua como a principal porta de entrada para a Universidade, respondendo por 75,51% dos matriculados em 2025. O edital referente ao ingresso via Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) viabilizou o acesso à Unicamp para 11,71%; o Provão Paulista, por sua vez, a 5,57% do total. Houve ainda 2,08% de alunos aprovados pelo Vestibular Indígena e 1,5%, pelas Vagas Olímpicas.
Ainda quanto às modalidades de acesso à Unicamp, 71,24% dos alunos vieram do ensino médio comum e 22,79%, de cursos técnicos.
A maior parte dos novos graduandos saiu da Região Metropolitana de Campinas (RMC): 1.297 alunos, ou 37,57% do total. Outros 693 (20,08%) declararam residir na Região Metropolitana de São Paulo e 990 (28,68%), em outras regiões do Estado.
Vestibular 2026
As inscrições para o Vestibular Unicamp 2026 deverão ser realizadas entre 1º de agosto a 1º de setembro, pela internet. A primeira fase ocorrerá no dia 26 de outubro de 2025 e a segunda fase, nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro do mesmo ano.
Solicitações de isenção da taxa de inscrição – válida tanto para o Vestibular Unicamp 2026 como para o Enem-Unicamp 2026 – poderão ser feitas a partir de 12 de maio, exclusivamente pela internet. O prazo vai até 6 de junho.
