O reitor da Unicamp, Paulo Cesar Montagner, inaugurou, nesta terça-feira (13), o novo prédio anexo do Colégio Técnico de Campinas (Cotuca). Instalado ao lado do edifício histórico construído em 1918, o novo prédio é uma construção de 2,5 mil m². Conta com quatro pavimentos e abriga 16 salas de aula, além de um refeitório e duas quadras de esportes.
Montagner lembrou os momentos difíceis pelos quais o Cotuca passou na última década. Rememorou a interdição ocorrida em 2014; a mudança de endereço que se deu em seguida e o retorno, em 2022, depois de uma grande reforma. Mas fez questão de listar as principais características do colégio, como a alta qualidade do ensino oferecido, a competência dos professores e o ambiente acadêmico adequado para o crescimento pessoal e intelectual do estudante.
“O Cotuca é um colégio reconhecido pela excelência no ensino e pelo impacto que provoca na vida dos seus alunos, abrindo oportunidades de futuro para cada estudante”, disse Montagner.
Antonio José de Almeida Meirelles, que foi reitor da Unicamp no período de abril de 2021 a abril de 2025, também compareceu à inauguração e falou sobre a importância do ensino técnico e das escolas públicas. “Numa escola pública, aprende-se a convivência com a diversidade”, disse.
“Trata-se de uma demanda antiga e que hoje se torna realidade. Agora, precisamos iniciar o plano de ocupação deste espaço”, disse o diretor geral do Cotuca, Luiz Seabra Junior. “Antes de mais nada, porém, esse prédio deve ser encarado como um símbolo do poder transformador da educação”, acrescentou.
Diretora da DEEDUC (Diretoria Executiva de Educação Básica e Técnica), a professora Cristiane Megid disse que o novo prédio permitirá a ampliação dos serviços. “Agora temos melhores condições de nos abrir para novos projetos. Um colégio renovado certamente nascerá desse novo prédio”, afirmou.
Preservação de patrimônio
A assessora da Diretoria Executiva de Planejamento Integrado (Depi) da Unicamp, Talita Mendes, revelou que a obra teve de ser submetida aos órgãos de preservação de patrimônio e foi executada sob supervisão da Fundação para Desenvolvimento da Educação (FDE) – o órgão estadual responsável por viabilizar a execução das políticas educacionais definidas pela Secretaria Estadual de Educação.
Projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo, o prédio do Cotuca foi construído em 1918 e acabou tombado pelo Condepacc (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Etnográfico) e pelo Condephaat (Conselho Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural).
Segundo o coordenador de Gestão Territorial e Obras da Depi, Lucas Oriolo, a obra levou cerca de dois anos para ser concluída. “Salvo o barulho gerado para a vizinhança, não tivemos nenhum problema no transcorrer da obra”, garantiu.
