O Conselho Universitário (Consu) aprovou, na manhã desta terça-feira (27), 5,51% de reajuste para os salários dos servidores da Unicamp. O índice – que passa a valer a partir de maio – foi proposto pelo Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) e contempla as categorias de docentes e servidores técnico-administrativos da Unicamp, da USP e da Unesp.
O colegiado aprovou, no entanto, a adoção de um dispositivo segundo o qual as negociações podem continuar ao longo do ano. “A aprovação (do índice de reajuste) não é impeditivo de eventual ampliação do índice e/ou benefícios ainda no corrente ano”, diz o adendo.
O pró-reitor de Desenvolvimento Universitário (PRDU), Fernando Sarti, lembrou que o índice proposto pelo Cruesp é superior à inflação anual registrada no país – de 5,01% – e, com isso, o percentual oferecido pelas universidades mantém o poder de compra do salário.
Sarti salientou ainda que nos últimos quatro anos, o histórico de reposições foi favorável ao servidor. “Nos últimos quatro anos, o índice de inflação foi de 26,65% e, neste período, as universidades repassaram reajustes que somaram 47,74%”, argumentou. “Houve um ganho real de 16%”, acrescentou.
O pró-reitor lembrou que no período 2017-2021, por conta da situação financeira da Universidade – e limitações impostas pela Lei Complementar 173, que restringiu aumento de despesa – o reajuste foi inferior a 4% ante inflação superior a 16%.
O reitor da Unicamp, Paulo Cesar Montagner, diz que o Cruesp buscou um índice de reajuste que pudesse recompor o poder de compra do salário. “Buscamos preservar o poder do salário”, afirmou o reitor.
Montagner lembrou ainda que a aprovação não significa o fim de negociações. “Nossos técnicos seguirão em contato [com as entidades sindicais]. Disso não há a menor dúvida”, garantiu.
Vale-refeição
Além do índice de reajuste salarial, o Consu aprovou também o aumento no valor do vale-refeição (VR), que subiu de R$ 40,00 para R$ 43,00. De acordo com Sarti, o índice de 7,5% de reajuste foi adotado com base no índice de inflação apurado pelo IPCA.
Sarti garantiu, ainda, que o reajuste do valor do VR nada tem a ver com a campanha salarial. “Temos contrato de 12 meses com a empresa fornecedora, que prevê reajuste depois deste período. E o término desse contrato se dá justamente em maio. Portanto, a alteração no valor nada tem a ver com a data-base”, garantiu.
