Elaborado pelo Instituto Jô Clemente e pela Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, um guia que pretende se transformar numa ferramenta de combate à violência contra Pessoas com Deficiência acaba de ser lançado.
A cartilha de 71 páginas, que deverá ser disseminada pelas redes sociais, traz informações sobre como evitar, identificar e denunciar casos de violência.
“A violência pode ocorrer tanto ao impedir o acesso dessas pessoas a determinado lugar ou serviço, como por meio de agressões físicas ou psicológicas”, explica o doutor em Ciências Sociais e professor da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Unicamp Carlos Etulain, que integra o Fórum Paulista para Inclusão da Pessoa Com Deficiência, organismo que reúne entidades que trabalham pela inclusão dessa população.
A cartilha trata de todos os tipos de violência a que pessoas com deficiência podem estar expostas – desde a física ou sexual até a psicológica, moral ou patrimonial.
O material oferece informações sobre como identificar cada uma das modalidades de violência, quais órgãos ou entidades se pode procurar e onde é possível denunciar os casos de agressão e abusos.
O guia fala, ainda, sobre as barreiras enfrentadas cotidianamente pelas pessoas com deficiência – como as urbanísticas, arquitetônicas e aquelas que aparecem nos sistemas e meios de transporte –, além das barreiras existentes nas comunicações, no acesso à informação e nas chamadas barreiras atitudinais – relativas a como a sociedade reage na interação com as pessoas com deficiência.
A cartilha reproduz trechos de preceitos consolidados na Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a definição de violência e aponta fatores que podem aumentar as chances de uma pessoa com deficiência vivenciar situações de violência. Entre os fatores de risco, estão questões de gênero, idade, tipo de deficiência, dependência financeira ou déficit em habilidades sociais.
O guia traz ainda informações sobre onde denunciar – desde delegacias especializadas, Polícia Militar, Guardas Municipais e até conselhos tutelares – e alerta sobre formas de garantir a procedência das denúncias. O material traz, por fim, recomendações para familiares, comunidades e para a sociedade em geral.
Acesse a cartilha:
