Tomaram posse, na última terça-feira (24), os docentes que atuarão como membros titulares e suplentes no Conselho Universitário da Unicamp (Consu) para o mandato de 20/06/2025 a 19/06/2027. Há 23 novos representantes de um total de 44, o que significa uma renovação de 52% em relação ao último biênio – considerando todos os membros da Carreira do Magistério Superior (Bancada Geral, MS-6, MS-5, MS-3 e Demais Carreiras Docentes). O grupo eleito se reunirá para a primeira reunião em agosto.
O reitor da Universidade, Paulo Cesar Montagner, afirmou que os empossados iniciam uma nova história na Unicamp, a exemplo dos demais membros do Consu até este momento. “Com isso, a Universidade vai sendo construída no seu projeto democrático, sobretudo com apoio muito intenso dos nossos docentes e representantes aqui nessa Casa.” Montagner agradeceu aos presentes pela postura de se candidatarem e “desempenharem esse importante papel”.
O coordenador-geral da Unicamp, Fernando Coelho, destacou que o Consu é um importante espaço deliberativo e político. “É um momento de troca de ideias, de opiniões e de, efetivamente, exercer o processo democrático dentro de uma universidade pública como a nossa”, afirmou, ao dar as boas-vindas aos membros eleitos.
André Cavalheiro, Angela Lucas, Clarisse da Silva e Mariana Costa assumem seu primeiro mandato no Consu. Cavalheiro é docente na Faculdade de Tecnologia (FT) da Unicamp, em Limeira. Como servidor recente na Universidade, ele pretende aproveitar a experiência em outras instituições de ensino e na indústria para contribuir. “É importante os docentes participarem do direcionamento da Universidade. Acho que temos que pensar a Unicamp como um todo, vou fazer o melhor para que a Universidade cresça e estou disponível para sugestões.”
Também atuante no campus de Limeira, Angela Lucas é docente na Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA). Tanto Cavalheiro quanto Lucas pontuam a necessidade de um olhar para as demandas desse campus. “Uma das questões para trazer ao Consu e para as outras câmaras é sobre quem não está sendo beneficiado por essas políticas, práticas e ações que fazem parte da estrutura do campus de Barão Geraldo”, afirma. A servidora também destaca a necessidade de se discutir sobre a saúde mental, frente ao aumento da pressão no trabalho.
Silva, que é docente no Instituto de Biologia (IB), diz que pretende, em primeiro lugar, aprender sobre o funcionamento administrativo da Unicamp. “Uma das pautas mais importantes para mim é a questão da diversidade, da inclusão, da equidade de gênero. Vamos trabalhar para colocar a Universidade no topo mundial de diversidade e inclusão.” Já Costa, docente na Faculdade de Engenharia Química (FEQ), ressalta a importância da valorização da carreira. “Os funcionários não docentes e os alunos são importantes, mas os professores também são, e vejo um descontentamento muito grande dos colegas em relação à carreira”, argumenta.
Membra reeleita para o Consu, Josely Rimoli é docente na área da saúde na FCA e fala da importância do atendimento à macrorregião de Campinas. “As expectativas são de muita responsabilidade, nesse momento em que a universidade pública precisa garantir o seu financiamento”, acrescenta.
Para a professora, o papel dessa gestão é garantir a implantação dos vários projetos aprovados no último mandato – a exemplo das cotas para pessoas com deficiência –, mas também pensar uma Universidade “cada vez mais humanista, mais inclusiva, com muita responsabilidade na pesquisa”. Rimoli destaca, ainda, pautas como a curricularização da extensão e as emergências climáticas: “Precisamos dar exemplo de como tornar o campus sustentável.”
