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O sonho de muitos jovens de ingressar na Unicamp e viver aqui a vida universitária teve início na UPA. Em 20 anos de história, o evento tradicional no calendário de escolas de todo o Brasil permitiu que milhares conhecessem as opções de cursos, laboratórios, bibliotecas e espaços de convivência e pudessem conversar e tirar dúvidas com estudantes de graduação e professores da Unicamp. A experiência na UPA foi importante para que muitos escolhessem a Unicamp no início de sua jornada acadêmica.

Conheça algumas histórias de quem teve o primeiro contato com a Unicamp por meio de uma UPA, escolheu a Universidade e, neste ano, estará presente na celebração de 20 anos atuando como monitor(a), profissional de apoio a alunos e professores ou trazendo novas gerações para também se encantarem.

Larissa Marangoni na UPA: experiência esclarecedora
Larissa Marangoni na UPA: experiência esclarecedora

“Façam perguntas, nós adoramos responder”

Uma das coisas que os visitantes mais gostam na UPA é a oportunidade de conhecer a vida universitária pelos olhos de quem a vive todos os dias. Conversando com estudantes dos cursos de graduação, que participam como monitores, é possível tirar dúvidas sobre a rotina de aulas, obter dicas de como aproveitar a Universidade e outras informações que fazem a diferença na hora de escolher o curso.

Foi o que aconteceu com Larissa Marangoni, aluna do segundo semestre de Ciências Biológicas. A jovem conta que frequenta a UPA desde 2022 e visitar as diferentes unidades a fez se encantar com as possibilidades duas vezes: em 2024, ingressou no curso de Geologia após ter conhecido o Instituto de Geociências (IG) na UPA do ano anterior. Atuando como monitora da unidade, pôde visitar o Instituto de Biologia (IB), o que a fez trocar de carreira.

“A experiência da UPA foi muito esclarecedora em vários aspectos. Consegui saber bastante sobre a grade dos cursos, tirar minhas dúvidas até sobre mercado de trabalho e conhecer várias áreas de atuação da Unicamp”, afirma. “O fato de serem alunos que apresentam tudo isso faz muita diferença na experiência porque eles estão realmente vivenciado tudo aquilo”. Neste ano, a estudante estará presente como expositora no Laboratório de Ecologia e Comportamento de Mamíferos (Lama) e deixa sua dica aos que conhecerão a Unicamp pela primeira vez: “Façam perguntas, nós adoramos responder. Conversem com os alunos, dividam suas preocupações e andem bastante, visitem tudo o que quiserem. O cansaço passa, mas a experiência é inesquecível!”.

Gabriel Polettin (segundo em pé da esq. p/ dir.): conciliar as atividades
Gabriel Polettin (segundo em pé da esq. p/ dir.): conciliar as atividades

Gabriel Polettini também veio à UPA pela primeira vez em 2022. Hoje estudante do segundo semestre de Matemática, ele lembra que se esforçou para percorrer o máximo de unidades possíveis. “Por uma estimativa, andei cerca de 12 km na minha primeira UPA. Acho que estava um pouco animado (risos)”. Para o jovem, o evento foi uma grande oportunidade de entender como funciona a realidade de cada curso.

Nesta edição, Polettini deve conciliar as atividades do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (Imecc) com as da empresa júnior da qual é integrante. Para os visitantes de primeira viagem, recomenda sua estratégia: estudantes que ainda estão distantes do vestibular devem conhecer o máximo de espaços para que, em edições futuras, possam dedicar mais tempo para conhecer a fundo as áreas com as quais mais se identificam. “Não há coisa melhor do que chegar na UPA, tanto no segundo quanto no terceiro ano do Ensino Médio, com a área de interesse já estabelecida e ficar o máximo de tempo vivendo o momento naquele instituto”, recomenda. 

Lucas Marçola (segurando a placa): diferencial das modalidades de ingresso
Lucas Marçola (segurando a placa): diferencial das modalidades de ingresso

Trazendo novas gerações

A UPA também é um espaço para que antigos visitantes retornem à universidade com novas gerações. É o que acontece com Lucas Marçola, professor de Matemática em Registro (SP). Ele participou da segunda edição da UPA, em 2006. “A experiência foi incrível, naquele ano a UPA ocorreu dentro do ginásio [Ginásio Multidisciplinar da Unicamp] onde havia estandes com alunos e professores voluntários para explicarem sobre os cursos”, lembra o professor, que escolheu cursar Engenharia Química por conta da experiência no evento. Na época, ele não conseguiu ter sucesso no vestibular. “A vontade era tanta que, no dia da prova, fiquei muito nervoso e não me dei bem na redação, não conseguindo ir para a segunda fase”. Mas o sonho de estudar na Unicamp se realizou em 2016, quando ingressou na pós-graduação da Faculdade de Engenharia Química (FEQ), obtendo o título de mestre.

Marçola observa o quanto a UPA cresceu desde as primeiras edições. “Hoje os alunos podem entrar em contato com a faculdade onde desejam estudar e visualizar de perto os laboratórios, salas de aula, biblioteca, centros acadêmicos, empresas júniores, enfim, toda a estrutura que compõe o curso”, todos fatores que fazem com que seus alunos se encantem e queiram prestar o Vestibular Unicamp. Ele também acredita que as diversas modalidades de ingresso são um diferencial que beneficia os estudantes. “Após a mudança do SARESP para Provão Paulista, no Ensino Médio, em que os alunos fazem a prova nos três anos e a soma das notas compõe o resultado final para que possam concorrer a uma vaga nas universidades estaduais de São Paulo, a Unicamp se tornou mais próxima dos alunos”, comenta o professor, que trará cerca de 100 alunos para a UPA deste ano.

Letícia Sales (em primeiro plano): segunda graduação
Letícia Sales (em primeiro plano): segunda graduação

A professora de Geografia Letícia Sales, de Indaiatuba, teve uma experiência semelhante. Sua primeira UPA foi em 2015. “Eu já era formada em Gestão Ambiental, mas queria realizar uma segunda graduação e estava em dúvida entre Engenharia Ambiental, Química Tecnológica, ou Geografia, que era uma opção desde a adolescência”. Os planos da juventude deram certo e, naquele ano, ela foi aprovada em Geografia. O retorno ao evento ocorreu em 2023 e Sales percebeu que, hoje, a UPA é bem maior. “Na época, meus alunos gostaram bastante, principalmente os da 3ª série, cuja maioria tinha como foco a Unicamp. Dessa turma, duas delas passaram em 2024, em Dança e Filosofia”. Neste ano, ela trará novamente seus alunos e deve aproveitar a oportunidade para trabalhar temas discutidos na disciplina “Projeto de Vida”, da qual é responsável. “Minha expectativa é muito grande de que a visita desperte neles a vontade de fazer uma graduação após o Ensino Médio e eles estão ansiosos para conhecer a Universidade”.

Outro professor que volta à Unicamp com seus alunos é Lucas Trentin, que leciona Química. Foi na UPA de 2012 que ele se interessou pelo curso da Universidade. “Fiquei impressionado com a dimensão da Unicamp e o quão plural é o ambiente de uma universidade pública”, lembra. “Antes também me interessava pelas engenharias. Foi só vivenciando a experiência da UPA e conversando com os estudantes que consegui ter um foco para minha escolha”.

Lucas Trentim (sexto da esq. p/ dir.): ansiedade diante de uma escolha
Lucas Trentim (sexto da esq. p/ dir.): ansiedade diante de uma escolha

As oportunidades encontradas na Unicamp levaram Trentim longe: aqui, ele cursou mestrado e doutorado na área de Físico-Química. Além disso, foram as experiências como monitor na Graduação e na Pós-Graduação que o levaram a optar pela docência. Este ano ainda terei uma nova perspectiva da UPA, agora como professor, acompanhando meus alunos do Ensino Médio”, comemora. Aos jovens que vêm à Unicamp pela primeira vez neste ano, ele recomenda que apostem na interação e troca de experiências com os universitários. “Em um momento de tanta ansiedade diante de uma escolha tão importante, apenas ler sobre seus cursos de interesse pode limitar suas escolhas e perspectivas. Por isso acho tão importante essa vivência no ambiente universitário que a UPA proporciona”, aconselha.

Uma vez na UPA, sempre na UPA

Há casos em que o encanto de uma UPA permanece para a vida toda. Priscila Beckedorff é uma dessas pessoas. Seu primeiro contato com a Unicamp veio em 2003, em um dos eventos anteriores à UPA. O encanto foi imediato e por um lugar especial: o Imecc. “Visitei as atividades e ainda antes do almoço tive uma palestra com o professor João Frederico da Costa Azevedo Meyer, também conhecido carinhosamente de Joni. A partir desta palestra, disse para a minha mãe que me acompanhava: ‘É aqui que quero estudar’ e me apaixonei. Até hoje tenho contato próximo com este professor e digo para ele que foi por culpa dele que me apaixonei por este lugar”.

Priscila Beckedorff (de óculos): evento em dois dias
Priscila Beckedorff (de óculos): evento em dois dias

O ingresso no curso de Matemática ocorreu em 2005 e, em todos os anos, Beckedorff sempre participou como monitora da unidade. Ela lembra que, na época, o evento era realizado em dois dias. “Cansávamos na sexta, mas tínhamos que nos recuperar para o sábado”. Após a conclusão do curso, lecionou na rede estadual de ensino, mas as saudades de casa falaram mais alto. Aprovada em um concurso público, atuou no Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp entre 2010 e 2012 e, em 2013, retornou ao Imecc como servidora. Desde então, participa todos os anos da UPA, desde a organização interna até a realização do evento.

Ela reflete que a UPA vem se aperfeiçoando a cada ano, na busca por apresentar aos jovens tudo o que as unidades — e a Unicamp — têm a oferecer. Depois de tantos anos de experiência acumulada, e na expectativa pelas próximas UPAs que certamente virão, Beckedorff deixa seu recado, ansiosa para a edição de 2025: “Converse com os alunos e professores, tire suas dúvidas e não desista! Continue na busca para entrar na melhor universidade deste país”.

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