Cumprindo o cronograma estabelecido em julho, o reitor Paulo Cesar Montagner participou, na tarde desta terça-feira (19), de nova reunião com representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU). Realizado no auditório da Comvest, o encontro teve como objetivo discutir pautas econômicas e sociais dos servidores, a exemplo da reestruturação do SAVS (Serviço de Atenção à Violência Sexual), da insalubridade do pessoal da área da saúde, do benefício do auxílio-saúde e do aperfeiçoamento do sistema de progressão de carreira.
“Foi uma reunião muito respeitosa, em que as pautas foram apresentadas e debatidas. Algumas delas não é possível atender neste momento, em outras, estamos trabalhando, como na questão do auxílio-saúde. Mas o fato mais importante é que temos um canal aberto de discussões com nossa comunidade e queremos preservar isso”, disse o reitor ao final do encontro.
A próxima reunião está prevista para o mês de setembro. “Será uma reunião técnica. Setembro é um mês importante (do ponto de vista orçamentário), porque é necessário que os servidores conheçam os números que temos, para que possamos trabalhar com dados de realidade”, acrescentou Montagner. “Não se promete o que não se pode fazer”, ponderou.
O coordenador-geral da Unicamp, professor Fernando Coelho, disse aos servidores que já está em operação o Grupo de Trabalho (GT) que vai atuar no programa de enfrentamento aos casos de violência na Universidade. “A posição desta gestão é não tolerar nenhum tipo de violência, em suas várias faces – assédio sexual, moral, racismo, capacitismo”, disse Coelho.
O coordenador conta que o GT vai trabalhar em várias frentes e o ponto de partida será a deflagração de uma campanha de conscientização e de informação sobre as modalidades de violência. “Queremos evoluir e criar mecanismos de enfrentamento que ainda não existem na Universidade”, avisou Coelho. O sindicato foi chamado a compor o grupo de trabalho.
A coordenadora do SAVS, Elisdete Maria dos Santos Jesus, por sua vez, disse que a reestruturação do órgão passará pela contratação de mais profissionais, definição de instalações adequadas e estabelecimento de fluxos de acolhimento e tratamento de denúncias.
O coordenador do Grupo Gestor de Benefícios Sociais (GGBS), Luis Carlos Fernandes Jr., revelou que, dos 8.830 servidores da Unicamp, 8.242 já contam com o benefício do auxílio-saúde. Segundo ele, 588 funcionários ainda não fizeram a adesão e, destes, 101 não têm condições de aderir. “Queremos fazer do auxílio-saúde um benefício universal”, disse o reitor.
Insalubridade
Os trabalhadores pediram à reitoria a ampliação das compensações oferecidas aos trabalhadores que atuam em áreas de risco do hospital. Segundo eles, determinado grupo de servidores recebe 40% por conta da insalubridade, mas outro grupo – que também atua na área – recebe até 20%. Os servidores pediram que o benefício de 40% seja estendido a todos os trabalhadores que atuam no setor. A reitoria lembrou esse benefício está diretamente ligado à atividade, mas prometeu estudar os casos.
Os servidores reivindicaram alterações nos sistemas de referências para fins de progressão de carreira, mas o reitor afirmou que, neste momento, não é possível atender este pedido, uma vez que, em 2025, a Administração destinou R$ 25 milhões para pagamento de progressões.
A reitoria lembrou também a proposta de deliberação encaminhada pela DGRH (Diretoria Geral de Recursos Humanos) que altera a regulamentação sobre a concessão do horário especial de trabalho ao servidor com deficiência ou que tenha cônjuge, companheiro, filho ou dependente com deficiência. A regra que permite a flexibilização já passou pela CAD (Comissão de Administração) e vai agora para o Consu (Conselho Universitário).
Na reunião, discutiu-se, ainda, a instituição de uma linha de transporte fretado para Itapira/Mogi Mirim e Mogi Guaçu. O reitor disse que a Universidade está com dificuldade em contratar o serviço devido ao baixo número de servidores, mas que poderia avaliar a possibilidade de oferecer vale-transporte aos trabalhadores.
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