Dois editais inéditos da Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP), em momentos distintos, reforçam as ações afirmativas da Unicamp, ambos por meio do Fundo de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (FAEPEX). No edital “Mais Mulheres na Pesquisa”, já encerrado, a proposta foi estimular a carreira acadêmica de docentes e pesquisadoras no exterior. Já o edital “Pesquisadores Indígenas: Primeiros Projetos”, cujo prazo de inscrição foi prorrogado para 12 de setembro, tem como objetivo incentivar a iniciação científica dos estudantes que ingressaram na Universidade pelo vestibular indígena.

O edital “Mais Mulheres na Pesquisa” recebeu 114 projetos de diversas áreas e selecionou 13. “A proposta é reforçar a carreira acadêmica e o currículo das mulheres e oferecer um mecanismo para diminuir as desigualdades, além de ajudar a estabelecer conexão com grupos de pesquisa fora do país. São degraus a mais para projeção na carreira”, destaca a pró-reitora de pesquisa Ana Frattini.
“No edital para os alunos indígenas, o objetivo é ajudá-los a entrar no sistema, pois quem faz iniciação científica melhora o desempenho. Sabemos que, no início, as dificuldades são muitas, e queremos o bem-estar dessas pessoas que se aventuraram em vir para cá”, afirma Frattini. A Unicamp, que recebeu os primeiros alunos aprovados no vestibular indígena em 2019, tem hoje em torno de 500 alunos de etnias diversas.

“Os dois editais refletem e fomentam as ações afirmativas da Universidade e o objetivo da PRP, que é criar incentivo e apoio”, completa Frattini, que não descarta novas edições dos editais. “O projeto das mulheres deve ter andamento, o dos indígenas ainda estamos avaliando, mas acredito que merece ser continuado.”
O assessor docente do PRP Eduardo Marandola enfatiza que, no “Mais Mulheres”, a alta demanda de trabalhos apresentados comprovou que as docentes e pesquisadoras estão comprometidas com a ideia de continuidade da carreira acadêmica. “Além de reforçar o currículo, a participante, ao final do trabalho, poderá submeter um projeto de maior vulto às agências de fomento.”

A maioria das aprovadas, 60%, estão em início de carreira, destaca o assessor docente do PRP Caio Oliveira. “Recebemos projetos de todas as áreas, e o público-alvo foi atingido. Como a proposta é a realização de projetos de pesquisa em conjunto, a ideia é a construção de equipes a partir de novas redes de cooperação internacional”, completa.
No edital para os indígenas, a proposta é estimular os primeiros projetos dos estudantes de graduação, especialmente a partir de estudos que serão feitos em suas comunidades de origem. “Mesmo aqueles que foram aprovados no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) podem participar”, ressalta Oliveira.
Confira os editais no site da Pró-Reitoria de Pesquisa.
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