A Unicamp e a empresa estatal norueguesa Equinor se reuniram nesta quinta-feira (21) para discutir o futuro dos investimentos em PD&I (pesquisa, desenvolvimento e inovação). Sediado na Universidade, o Centro de Inovação em Produção de Energia (EPIC, em inglês) é um dos maiores projetos de PD&I da empresa no Brasil, criado em dezembro de 2018. A iniciativa é financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pela própria Equinor, com um investimento total de R$ 100 milhões.
Na ocasião, os presentes apresentaram ao reitor, Paulo Cesar Montagner, os projetos da Equinor no Brasil em produção e exploração de petróleo e em outras energias, bem como as demandas futuras da empresa. “A Equinor mantém uma parceria sólida com a Unicamp há mais de 12 anos. Nossa colaboração em projetos de pesquisa começou em 2013 e, desde então, investimos aproximadamente R$ 145 milhões. Muitas das soluções desenvolvidas ao longo desse tempo já estão sendo aplicadas nos nossos ativos”, informou Andrea Achôa, gerente de PD&I da empresa no Brasil.
Montagner considerou a reunião muito produtiva, focada na “preservação de uma relação muito profícua e, sobretudo, em ampliar a capacidade de desenvolvermos projetos juntos”. “A Equinor é um dos nossos maiores parceiros nessa área e está conosco há muito tempo, já temos projetos bastante consagrados”, acrescentou. O reitor pontuou ainda que, na mesma data, houve a oportunidade de apresentar às representantes da Equinor o projeto do Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (HIDS Unicamp), com auxílio do assistente técnico do hub, professor Rosley Anholon.

Um dos pontos abordados no encontro foi o planejamento dos próximos passos do trabalho desenvolvido no EPIC. “A parceria com a Unicamp é muito importante e pretendemos mantê-la no longo prazo. Esse é o plano dessa visita: discutir essa continuidade, desenvolvendo pesquisas não somente na área de otimização da produção e descarbonização do setor de óleo e gás, mas também em outras áreas de interesse, como energia de baixo carbono”, afirmou Achôa.
“Conversamos sobre inovação: como transformar as pesquisas em produto, esta é a próxima etapa do EPIC”, disse o diretor do Centro de Estudos de Energia e Petróleo (Cepetro), professor Marcelo Castro. De acordo com o pesquisador, essa missão será debatida internamente pelos docentes, pela Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) e pela Inova Unicamp a fim de apresentar propostas à empresa norueguesa.
A primeira fase do EPIC contou com três linhas de pesquisa: conhecimento do reservatório e suas características geológicas e geofísicas, desenvolvimento de modelos para simulação de fluxo e formas mais eficientes de trazer o óleo para a superfície. “Da fase 1, já conseguimos implementar pelo menos um resultado de cada uma das linhas dentro da empresa”, informou a líder de pesquisa da área de subsuperfície da Equinor Brasil, Juliana Bueno.
A segunda fase visa a continuidade das atividades da fase anterior, além de novos temas de pesquisa e uma linha específica para integração dos resultados das outras três linhas de pesquisa, com foco nos ativos da Equinor no Brasil. Também participaram da reunião o chefe de gabinete Osvaldir Taranto, o chefe de gabinete adjunto Zigomar de Souza e a pró-reitora de pesquisa Ana Frattini.
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