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UPA celebra 20 anos com música e Unicamp faz planos de crescimento

Evento também convida a comunidade a refletir sobre a importância das ações de mitigação das mudanças climáticas

No ano em que completa duas décadas, o programa Unicamp de Portas Abertas (UPA) atraiu milhares de estudantes neste sábado (23) ao campus de Campinas e o reitor Paulo Cesar Montagner lançou um alerta. Lembrou de todos os campi da Universidade – das unidades de Piracicaba, Limeira, do Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA), em Paulínia, além dos colégios técnicos – e concluiu que  Universidade precisa oferecer mais vagas nos vestibulares. 

“A Unicamp quer se apresentar à sociedade para contribuir com as transformações que se fazem necessárias no país. Formamos gente qualificada; fazemos ciência na fronteira do conhecimento e temos uma área da saúde que é referência para ao menos cinco milhões de pessoas em nosso entorno”, disse Montagner na cerimônia de abertura da UPA 2025, realizada no início da manhã, no Teatro de Arena.

Lembrou que os dados mais recentes do vestibular Unicamp mostram que foram aproximadamente 62 mil estudantes inscritos para pouco mais de 2,5 mil vagas – uma média de 25 candidatos por vaga. E conclui que é preciso crescer. “Trata-se de um número expressivo e a gente precisa, de fato, alcançar mais pessoas. E temos projetos muito sólidos para isso”, antecipou.

Montagner lembrou que a Unicamp tem o maior programa de permanência do Brasil. “Aumentamos de R$ 80 milhões para R$ 160 milhões o investimento em programas de inclusão e permanência. E, agora em agosto, investimos R$ 20 milhões na compra de um terreno que vai abrigar novas unidades de moradia estudantil”, lembrou.

O reitor Paulo Cesar Montagner na abertura da UPA 2025, neste sábado de manhã: A Unicamp quer se apresentar à sociedade para contribuir com as transformações que se fazem necessárias no país
O reitor Paulo Cesar Montagner na abertura da UPA 2025, neste sábado de manhã: A Unicamp quer se apresentar à sociedade para contribuir com as transformações que se fazem necessárias no país

Coordenador-geral da Unicamp e responsável pela organização da UPA, o professor Fernando Coelho reafirmou o tema principal do evento: “UPA 20 anos e COP30 no Brasil: a mudança já começou”. Segundo ele, a Universidade quer convidar a comunidade a refletir sobre a importância das ações de mitigação das mudanças climáticas e mostrar o que tem sido feito a respeito.

A pró-reitora de Graduação, professora Mônica Cotta, convidou os estudantes a explorarem a Universidade. “A gente espera que todos vocês possam perceber, nesta visita, que existe um senso de pertencimento. Nós temos muito orgulho da Unicamp”, disse ela. “A graduação é um ponto extremamente forte da Unicamp. E veja que a Universidade é plena. Não são apenas cursos – temos pesquisa, esporte, cultura e atividades de extensão que inserem a Universidade na sociedade em que vivemos”, afirmou.

Também estiveram presentes na abertura os pró-reitores Fernando Sarti (Desenvolvimento Universitário), Silvia Furegatti (Extensão, Esporte e Cultura), Claudia Morelli (Pós-Graduação) e Caio Oliveira, que representou a pró-reitora de Pesquisa, Ana Fratini.

A UPA 2025 foi aberta com uma maratona de música. O Grupo Combo – conjunto instrumental da Escola Livre de Música, composto por 30 músicos – abriu as celebrações oficialmente, ao som de música popular brasileira, ritmos caribenhos e jazz. Em seguida, vieram a Big Band Unicamp e, depois, o Coral Zíper na Boca – que neste ano completa 40 anos de existência.

Além de centenas de atividades científicas previstas nas unidades, a UPA oferece atrações culturais em outros quatro espaços, além do Teatro Arena – a Praça do Ciclo Básico, o entorno do Restaurante Universitário (RU), a Faculdade de Educação Física e a Faculdade de Ciências Médicas. Estavam previstas apresentações de música, teatro, artes cênicas e atrações circenses.

As amigas Ana Julia Oliveira Silva e Evelyn Barboza Ferreira chegaram no amanhecer. Ainda estava escuro quando as duas entraram no campus. Contaram que saíram de  Cosmópolis – na região metropolitana de Campinas – de madrugada. Tomaram ônibus de linha e chegaram ao campus da Barão Geraldo por volta das 6h30. “Ainda estava escuro”, conta Evelyn.

Desceram perto da Faculdade de Ciências Médicas e foram a pé até o Teatro de Arena. “É longe. Não imaginava que fosse tanto”, disse Ana Julia. As duas pretendem fazer vestibular na área de música e artes e, por conta disso, esperavam ansiosas a apresentação dos grupos instrumentais. “A música é poderosa. Transforma vidas”, acredita Ana Júlia.

O professor e sociólogo Pedro Henrique Cunha da Silva, a mulher Juliana e os filhos Heloisa e Gustavo aproveitaram a UIPA para um programa diferente. “Ninguém aqui vai fazer vestibular (a filha tem 12 anos), mas decidimos vir para desfrutar do ambiente”, explicou Silva. “Queremos conhecer alguns experimentos e curtir as apresentações de música e dança”, acrescentou Juliana.

A haitiana Roseterline Romain, de 17 anos, está no Brasil há pouco tempo. Chegou em dezembro do ano passado, mas fez questão de participar da UPA – como uma atividade proporcionada pela Escola Estadual  Pastor Roberto Rodrigues de Azevedo, de Hortolândia. “Estou querendo fazer Direito”, disse ela, que estava ao lado dos colegas Victor Disselli, Rafael Castro e Cauã Bueno.

Foto de capa:

A UPA atrai milhares de estudantes; dados do último Vestibular Unicamp foram 62 mil candidatos inscritos para pouco mais de 2,5 mil vagas
A UPA atrai milhares de estudantes; dados do último Vestibular Unicamp foram 62 mil candidatos inscritos para pouco mais de 2,5 mil vagas

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