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Em festa, Unicamp inicia comemorações dos 60 anos

Programação contou com o lançamento de um selo comemorativo e de um site exclusivo para a data; série de atividades será concluída em cinco de outubro de 2026

Evento de abertura foi realizado no Teatro de Arena do Ciclo Básico com muita música e intervenções artísticas, tendo sido marcado também pela valorização da memória da Universidade
Evento de abertura foi realizado no Teatro de Arena do Ciclo Básico com muita música e intervenções artísticas, tendo sido marcado também pela valorização da memória da Universidade

Numa festa que contou com a participação de sete reitores – três de modo presencial e quatro virtualmente –, teve início, na noite desta quarta-feira (8), a série de comemorações que deverão marcar os 60 anos da Unicamp. O reitor Paulo Cesar Montagner e o coordenador-geral, Fernando Coelho, fizeram o lançamento de um selo comemorativo e de um site exclusivo para a data, onde a comunidade acadêmica e pessoas de fora da Universidade poderão acompanhar a programação de aniversário, que só será concluída em cinco de outubro de 2026. O evento de abertura foi realizado no Teatro de Arena do Ciclo Básico com muita música e intervenções artísticas, tendo sido marcado também pela valorização da memória da Universidade e por reflexões sobre seu futuro.

“Celebrar os 60 anos da Unicamp é reconhecer uma trajetória que ultrapassa a dimensão de uma universidade”, disse Montagner. “É celebrar um patrimônio científico, cultural e social do Brasil, com repercussões que alcançam o mundo”, acrescentou.

O reitor fez uma retrospectiva da história da Universidade. Lembrou a determinação do pioneiro Zeferino Vaz; falou sobre o avanço na criação de cursos; sobre a luta pela autonomia e sobre grandes desafios, como o enfrentamento da pandemia de covid-19. “Celebrar os 60 anos da Unicamp, portanto, é honrar uma trajetória de autonomia, excelência e compromisso social”, resumiu.

Da esquerda para a direita, o secretário municipal de Educação e ex-reitor José Tadeu Jorge, o reitor Paulo Cesar Montagner, o coordenador-geral da Universidade Fernando Coelho e o ex-reitor Antonio José de Almeida Meirelles
Da esquerda para a direita, o secretário municipal de Educação e ex-reitor José Tadeu Jorge, o reitor Paulo Cesar Montagner, o coordenador-geral da Universidade Fernando Coelho e o ex-reitor Antonio José de Almeida Meirelles

Um vídeo de cerca de 10 minutos mostrou desde o início da ocupação da área onde está localizado hoje o campus de Barão Geraldo, em Campinas, até os dias atuais.  “O vídeo é uma amostragem clara do que essa Universidade conseguiu fazer em 60 anos”, disse Coelho. “Saiu de um espaço ocupado por um canavial e, ao longo do tempo, foi se construindo – em edificações, pessoas, conhecimento. Hoje, ostenta uma trajetória brilhante no ensino, pesquisa e extensão; uma universidade reconhecida no Brasil e fora dele e fortemente aberta para a sociedade”, acrescentou. “Portanto, esse projeto coletivo belíssimo chamado Unicamp será comemorado em grande estilo”, justificou.

Para o professor Antônio José de Almeida Meirelles – que dirigiu a Universidade entre 2021 e 2025 –, a Unicamp sempre soube combinar vocações e, por isso, é forte em áreas diversas. Meirelles afirmou que a Universidade brigou pela autonomia, deu voz a movimentos pela inclusão e contribuiu de forma decisiva para a solução de grandes problemas nacionais. “As novas gerações precisam fazer jus à essa herança”, exortou.

Reitor no período de 1990-1994, o professor Carlos Vogt deu um depoimento em vídeo. Contou ter chegado à Unicamp em outubro de 1969. “Cheguei a pé, por uma estrada de terra e muito capim colonião. O campus era um pasto”, relembrou. “Hoje, temos uma Universidade que se distingue entre as brasileiras e as internacionais”, concluiu.

No sentido horário, os ex-reitores Carlos Vogt, Fernando Costa, Marcelo Knobel e Carlos Henrique de Brito Cruz: participação virtual
No sentido horário, os ex-reitores Carlos Vogt, Fernando Costa, Marcelo Knobel e Carlos Henrique de Brito Cruz: participação virtual

José Tadeu Jorge, que foi reitor em duas oportunidades – 2005-2009 e 2013-2017 –, contou ter chegado à Universidade pouco tempo depois de Vogt, em março de 1971. “Aqui [no campus] era rigorosamente nada. E, hoje, vejam só no que se transformou”, espantou-se.

Em depoimento gravado exibido no telão, o professor Marcelo Knobel, que foi reitor entre 2017 e 2021, disse que uma das características essenciais da Unicamp é sua capacidade de dialogar com a sociedade e que isso deve ser preservado. “A Unicamp é fundamental para o desenvolvimento de São Paulo e do Brasil”, disse.

Também por vídeo, o professor Fernando Ferreira Costa – reitor entre 2009 e 2013 – disse ter “enorme orgulho” por ter feito parte da história da Unicamp, enquanto Carlos Henrique de Brito Cruz, reitor entre 2002 e 2005, destacou a capacidade de formação da Unicamp.

Os estudantes de Ciências Sociais Beatriz Prado e Lucas Heitor Lopes Silva acompanharam a cerimônia das arquibancadas. “Estava passando aqui quando o pessoal [da Escola Livre de Música[ começou a ensaiar. Parei e fiquei”, contou Silva. Prado diz que também estava no evento por um acaso, mas acabou ficando. “Sabia que haveria comemorações de aniversário, mas não me lembrei de que era hoje”, confessou. “Mas sei que ao longo do ano estão previstas muitas atividades, né?”, acrescentou ela. 

O selo comemorativo

A festa contou com o lançamento de um selo dos 60 anos. Segundo Coelho, a logomarca remete à ideia de conexão, como o elo de uma corrente, mas também pode lembrar o conceito de continuidade, de infinito. “Faz-nos pensar num processo contínuo de interação”, explicou.

Coelho também anunciou a entrada em operação de um site que vai abrigar todas as informações sobre os eventos ligados ao aniversário. “Acessem, vejam o que acontecerá ao longo do ano, façam sugestões”, pediu. 

O selo comemorativo foi lançado durante as atividades no Teatro de Arena
O selo comemorativo foi lançado durante as atividades no Teatro de Arena

Programação musical     

A classe de Flauta Transversal da Escola Livre de Música (ELM) da Unicamp abriu a programação cultural ao receber o Blue Échos – duo formado pela cantora Laura Kimmel e o guitarrista Leandro Ligocki. O grupo executou obras de Bach e Bizet, entre outros. O cantor e compositor Guga Costa – que se dedica a promover o diálogo entre a música popular e a erudita – cantou o hino nacional brasileiro.

A festa foi encerrada com a exibição do Bloco do Cupinzeiro e com a intervenção circense de quatro artistas de perna de pau – os Pernaltas –, todos eles ex-alunos da Unicamp. Surgido em 2002, o bloco é parte do Núcleo Cupinzeiro, que há 20 anos faz pesquisa e criação sobre a música popular brasileira.

O bloco Cupinzeiro encerrou a programação da noite
O bloco Cupinzeiro encerrou a programação da noite

Assista ao vídeo produzido pela SEC.

Foto de capa:

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