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Atualidades

Faculdade de Educação Física inaugura espaço dedicado ao acolhimento de servidores e estudantes

Programa da Câmara de Mediação já conta com locais exclusivos instalados em 21 unidades de ensino e órgãos da administração

A Faculdade de Educação Física (FEF) inaugurou, nessa quinta-feira (9), o “Acolhe FEF”, um espaço de acolhimento para estudantes, docentes e servidores. O local faz parte de um programa da Câmara de Mediação e Ações Colaborativas da Unicamp que já conta com espaços instalados em 21 unidades de ensino e órgãos da administração, incluindo o Centro de Ensino de Línguas (CEL) e o Programa de Formação Interdisciplinar Superior (Profis).

Na cerimônia de inauguração, que contou com o descerramento de uma placa no local, o reitor da Unicamp, Paulo Cesar Montagner afirmou que o espaço “Acolhe FEF” será um refúgio seguro, um ponto de referência e de orientação para toda a comunidade da Faculdade, composta por cerca de 800 alunos de graduação e pós-graduação, além de em torno de 100 professores e servidores.

“O projeto é muito maior do que o seu espaço físico — significa dizer às pessoas que estamos preparados para ajudá-las, independente do seu problema, preservando o sigilo profissional. Essas pessoas [os acolhedores] estão treinadas para saber encaminhar as pessoas para o lugar certo. Então, é um projeto maravilhoso que será motivo de muitas coisas positivas”, disse Montagner.

Cerimônia de inauguração do espaço “Acolhe FEF”contou com a presença do reitor Paulo Cesar Montagner: refúgio seguro e ponto de referência
Cerimônia de inauguração do espaço “Acolhe FEF”contou com a presença do reitor Paulo Cesar Montagner: refúgio seguro e ponto de referência

Os acolhedores, explicou a coordenadora da Câmara de Mediação Maria Augusta Pretti Ramalho, atendem situações diversas, desde auxílio para encontrar informações e ansiedade nos períodos de provas até casos mais sérios. Para agendar atendimento, basta entrar em contato pelo e-mail acolhefef@unicamp.br.

“Deixamos claro que é um espaço de escuta, não é um tratamento terapêutico. Nós prestamos um suporte para tentar resolver o problema antes que escalone para uma situação mais grave”, informou Tielly Martins Lopes, que será acolhedora da FEF, juntamente com Tânia Gomes Felipe.

Se necessário, os acolhedores encaminham o acolhido para um dos órgãos que compõem a rede de apoio da Universidade — a exemplo da Ouvidora, do Centro de Saúde da Comunidade Unicamp (Cecom), do Serviço de Atendimento e Encaminhamento Institucional das Denúncias de Racismo (Saer), entre outros.

“Esse encaminhamento assertivo diminui o custo para a saúde mental, o custo com tudo. É uma das coisas principais que o projeto oferece. Os acolhedores identificam e acompanham até o final cada demanda”, ressaltou Ramalho.

O diretor da FEF, Odilon Roble: espaços receptivos
O diretor da FEF, Odilon Roble: espaços receptivos

Espaço acolhedor

O diretor da FEF, Odilon Roble, agradeceu a todos os envolvidos na construção do Acolhe FEF — localizado próximo ao portão 3 da Faculdade. “Ficou muito simpático, bonito e acolhedor. A FEF se esmera para fazer dos seus espaços sempre receptivos”, afirmou. Roble lembrou que se trata de um local independente e autônomo em relação à administração da unidade e convidou todos a participarem dele.

Para o discente André Martinhão, presidente do Centro Acadêmico de Educação Física da FEF, locais para escuta dos estudantes são muito importantes para auxiliar nos percalços durante a jornada universitária. “Muita gente sai de longe para vir para cá, sai de perto da família para viver esse sonho de estudar numa universidade como a Unicamp”. Martinhão defendeu que o Acolhe FEF pode servir como um marco, um símbolo para fomentar ainda mais o acolhimento também nas salas de aula, ambientes de estudo e de pesquisa.

Apesar dos espaços físicos disponíveis, o atendimento se adequa às necessidades da pessoa e pode ser realizado em qualquer espaço, inclusive nos espaços de acolhimento e com acolhedores de outras unidades ou de forma online. “A procura é espontânea e os acolhedores respeitam o que o acolhido quer, nenhuma atitude é tomada sem que o acolhido esteja de acordo”, reiterou Ramalho.

A coordenadora da Câmara de Mediação, Maria Augusta Pretti Ramalho: situações diversas
A coordenadora da Câmara de Mediação, Maria Augusta Pretti Ramalho: situações diversas

Atendimento integrado

Iniciado em 2021, Ramalho ressaltou que os espaços de acolhimento foram importantes no retorno presencial após a pandemia de covid-19, quando a saúde mental se tornou uma questão crítica. A coordenadora destacou que a Unicamp está avançando nas propostas de cuidar do ser humano. “A Unicamp está sendo pioneira com esse serviço. É um projeto muito bacana que a gente não vê em outras universidades”.

No primeiro semestre de 2025, cerca de 40 atendimentos foram registrados. No entanto, Ramalho pontuou que esse número é subnotificado. Além das unidades existentes, outros locais já manifestaram interesse em instalar espaços de acolhimento, como o Hospital das Clínicas (HC), o Colégio Técnico de Campinas (Cotuca) e o Colégio Técnico de Limeira (Cotil).

Os acolhedores atuam de forma voluntária e são capacitados por meio da Educorp — atualmente, 132 pessoas já foram treinadas. Uma nova turma de capacitação está prevista para novembro e ainda aceita inscrições.

A comunicação é feita de forma constante entre a equipe da Câmara de Mediação e os voluntários. Também são realizados encontros bimestrais para discutir temas de interesses, como o acolhimento a estudantes indígenas, a estudantes trans e outros. Existe a proposta, ainda, de formalizar uma trilha de capacitação continuada para aprendizado e suporte aos voluntários.

Foto de capa:

O Acolhe FEF vai atender cerca de 800 alunos de graduação e pós-graduação, além de em torno de 100 professores e servidores
O Acolhe FEF vai atender cerca de 800 alunos de graduação e pós-graduação, além de em torno de 100 professores e servidores
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