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Reitor participa da celebração do jubileu de ouro da oitava turma de medicina da Unicamp

Evento contou com homenagens e lembrou a trajetória do grupo, que deixa seu legado para a Universidade

Encontro celebrou 50 anos de formatura da oitava turma de medicina da Unicamp
Encontro celebrou 50 anos de formatura da oitava turma de medicina da Unicamp

Os 50 anos da formatura da oitava turma de medicina da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp foram comemorados nesta sexta-feira (17 de outubro) com uma solenidade que contou com a presença do reitor da Unicamp, Paulo Cesar Montagner, do coordenador-geral, Fernando Coelho, do diretor da FCM, Cláudio Coy, e do coordenador da Diretoria da Área da Saúde (Deas) da Unicamp, Luiz Carlos Zeferino, além de docentes, alunos, familiares dos formandos e convidados.

O reitor celebrou a ocasião e fez uma saudação especial. “É uma honra participar de um momento tão emocionante, com pessoas que se dedicaram a cuidar da vida, a cuidar do próximo, e ver quão longe cada um chegou. A Unicamp é fruto de uma história que foi construída, e a celebração do jubileu de ouro transcende a mera marcação do tempo. É um reencontro emocionante com o passado, onde as memórias da jornada acadêmica ressurgem com a clareza vivida e as emoções afloradas”, disse.

Coelho também destacou o prazer de poder presenciar o evento. “A faculdade evoluiu enormemente. Essa recordação é, realmente, um motivo de festa, pois ocorre no momento em que começamos a festejar os 60 anos da universidade. Vocês fazem parte da nossa história e fizeram muito bem para muita gente”, ressaltou o coordenador-geral.

O diretor da FCM, também formado na Unicamp, afirmou que a medicina mudou, mas que seus princípios continuam os mesmos. “As melhores práticas, ética e humanismo, esse exemplo de vocês é o legado que nos deixam. Os alunos egressos são os que norteiam nossa escola”, afirmou Coy. “É uma honra estar à frente da direção, e uma cerimônia como essa aumenta ainda mais a responsabilidade de todos aqueles que estão envolvidos na educação”, completou.

Memórias

O hematologista Carmino Antônio de Souza, um dos integrantes da turma, comemorou o reencontro com os colegas. “É um dia maravilhoso, 50 anos de formado é uma vida. Nossa turma era pequena, com 70 alunos, bem menos que as turmas de hoje. Naquela época, a Unicamp estava começando, nós estudamos na antiga Santa Casa e atendemos aqueles que, na época, eram classificados como indigentes. Não havia o SUS [Serviço Único de Saúde], a faculdade era a única porta aberta para aqueles que não tinham condições de pagar por atendimento médico”, conta o médico, que atua como professor titular na pós-graduação da FCM e foi secretário de saúde do estado de São Paulo nos anos de 1993 e 1994 e da cidade de Campinas entre 2013 e 2020.

“Fazíamos uma medicina artesanal, uma medicina com arte”, continua Souza. “Contávamos com a palavra, a caneta, o estetoscópio e a radiologia. Não era a medicina que temos hoje, a escola, era uma outra medicina, não como agora, instrumental e intervencionista. A escola de medicina atual não é aquela em que me formei e, aqui, não faço nenhum juízo de valor. É que, naqueles tempos, tudo era mais simples, e havia muita proximidade com os professores, tudo era mais afetuoso. Éramos todos amigos, depois das aulas íamos comer pastel e jogar bola.” Souza lamenta o falecimento de alguns de seus colegas. “Já perdemos 22 da nossa turma. Neste ano, especialmente, foi muito triste, pois tivemos seis mortes.”

O radiologista Robert Bruce Koehler, orador da turma, comemorou a “reformatura” em seu discurso. “É um momento simbólico, temos muito a agradecer à FCM. Aqui estão alguns de nossos mestres e colegas que o tempo permitiu estarem presentes. Há 50 anos, no discurso de formatura, falávamos da importância e alegria da presença de nossos pais, que, com muito sacrifício, tornaram possível chegarmos a nossa profissão. Hoje, aqui se encontram, além de nossos cônjuges, nossos filhos e netos. Um fato inquestionável é que somos de uma geração analógica e, nesses 50 anos, tivemos que nos adaptar. Hoje somos seres ‘quase’ digitais.”

Foto de capa:

A solenidade contou com a presença do reitor Paulo Cesar Montagner, do coordenador-geral, Fernando Coelho, do diretor da FCM, Cláudio Coy, e do coordenador da Deas, Luiz Carlos Zeferino, além de docentes, alunos, familiares dos formandos e convidados
A solenidade contou com a presença do reitor Paulo Cesar Montagner, do coordenador-geral, Fernando Coelho, do diretor da FCM, Cláudio Coy, e do coordenador da Deas, Luiz Carlos Zeferino, além de docentes, alunos, familiares dos formandos e convidados

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