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Centro Interdisciplinar de Estudos Brasil-China é inaugurado

O novo centro terá como objetivo fortalecer a produção de conhecimento em áreas como economia, ciências sociais, cultura, ciência e tecnologia

Depois de mais de uma década de colaborações acadêmicas e científicas com universidades e instituições chinesas, a Unicamp inaugurou, nesta quarta-feira (26), o Centro Interdisciplinar de Estudos Brasil-China (CIEBC). O novo centro terá como objetivo fortalecer a produção de conhecimento sobre as relações Brasil-China em áreas como economia, ciências sociais, cultura, ciência e tecnologia. O CIEBC passa a ser a 24ª unidade da Coordenadoria de Centros e Núcleos Interdisciplinares de Pesquisa da Unicamp (Cocen).

“Vivemos uma época de reconfiguração global. Novas geopolíticas e polaridades se desenham. Neste cenário, compreender a China em sua complexidade não é opcional: é um imperativo estratégico para o Brasil”, diz o documento lido na cerimônia de inauguração, realizada no auditório Zeferino Vaz, no Instituto de Economia (IE). O documento salienta que a instituição do Centro “representa oportunidades concretas de troca de saberes, cooperação e construção conjunta de soluções para o século XXI”.

O embaixador da República Popular da China no Brasil, Zhu Qingqiao, gravou um depoimento apresentado durante cerimônia
O embaixador da República Popular da China no Brasil, Zhu Qingqiao, gravou um depoimento que foi apresentado durante cerimônia

Segundo o reitor, Paulo Cesar Montagner, a Unicamp é uma das universidades da América Latina que mais interage com instituições de ensino superior chinesas, com 44 convênios já assinados, em diversas áreas do conhecimento. “A inauguração deste Centro nos enche de orgulho e é a consolidação de mais de uma década de parcerias frutíferas entre a Unicamp e as instituições chinesas”, disse Montagner.

O embaixador da República Popular da China no Brasil, Zhu Qingqiao, gravou um depoimento, em que afirmou que o Centro “é uma manifestação concreta do avanço nas relações do Brasil com a China”.

Presente na cerimônia de inauguração, o cônsul geral da China no Brasil, Yu Peng, lembrou que a Unicamp é uma das universidades mais importantes do Brasil e da América Latina e disse que pretende trabalhar para a intensificação de parcerias entre as instituições dos dois países, em áreas essenciais, como as de biotecnologia, energia e inteligência artificial, entre outras. 

A coordenadora do Cocen, Raluca Savu e o cônsul geral da China no Brasil, Yu Peng: intensificação de parcerias
A coordenadora do Cocen, Raluca Savu e o cônsul geral da China no Brasil, Yu Peng: intensificação de parcerias

A coordenadora do Cocen, Raluca Savu, diz que a criação de um centro com essas características é uma escolha “estratégica e conceitual”. “Este momento representa a consolidação de uma trajetória de estudos e cooperação que vem se fortalecendo ao longo dos anos.”

As interações entre a Unicamp e universidades chinesas ganharam impulso em 2011, quando foi criado o grupo de estudos Brasil-China, formado por docentes de diferentes áreas, interessados em estudar o país asiático de forma crítica e interdisciplinar. Em 2015, o vínculo foi ampliado com a chegada do Instituto Confúcio – fruto de uma parceria com a Universidade Beijing Jiaotong. Quatro anos depois, foi criado o Centro Cass-Unicamp, que estabeleceu um braço da academia chinesa de Ciências Sociais na Universidade – numa iniciativa inédita na América Latina. 

“A criação do Centro representa o resultado do trabalho de muita gente, ao longo de muito tempo”, disse o professor Thomas Dwyer, responsável pela implantação do CIECB. A ideia do centro, segundo ele, é trabalhar “sob a ótica alimentada pelo pragmatismo, pelo realismo e pela vontade de cooperar”, explicou.

Da esquerda para direita: o professor Thomas Dwyer, responsável pela implantação do CIECB, a secretária de Ásia e Pacífico do Itamaraty, Susan Kleebank e o reitor Paulo Cesar Montagner
Da esquerda para direita: o professor Thomas Dwyer, responsável pela implantação do CIECB, a secretária de Ásia e Pacífico do Itamaraty, Susan Kleebank e o reitor Paulo Cesar Montagner

O documento que trata da inauguração lembra que, além de produzir pesquisas de alto nível, o CIEBC pretende contribuir para a formação de uma nova geração de especialistas, oferecendo ferramentas para que estudantes e pesquisadores compreendam a China de forma profunda, contextualizada e crítica. Ao mesmo tempo, diz, será um espaço dedicado ao diálogo entre universidades, centros de pesquisa, organismos públicos e parceiros internacionais.

Presente à cerimônia, a secretária de Ásia e Pacífico do Itamaraty, Susan Kleebank, lembrou que a China é o maior parceiro comercial do Brasil, com um volume de negócios que atinge U$ 158 bilhões. Na avaliação da secretária, a relação entre os dois países “vive hoje seu melhor momento”. Para ela, a criação do Centro “vai renovar os espaços de intercâmbio científico e cultural entre os dois países”.

Foto de capa:

Cerimônia de inauguração aconteceu nesta quarta-feira (26) com a presença do reitor Paulo Cesar Montagner e do o cônsul geral da China no Brasil, Yu Peng
Cerimônia de inauguração aconteceu nesta quarta-feira (26) com a presença do reitor Paulo Cesar Montagner e do o cônsul geral da China no Brasil, Yu Peng
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