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Simulado de alerta põe radar meteorológico na Unicamp em operação

O primeiro alerta de teste foi emitido às 11h13 e chegou às populações instaladas em áreas de risco dos municípios 10,5 segundos depois de acionado

O radar meteorológico capaz de fazer a detecção de eventos climáticos extremos exclusivo para a Região Metropolitana de Campinas (RMC) entrou em operação oficial nesta quarta-feira (3) no Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp. A inauguração formal do equipamento foi marcada por uma simulação feita pela Defesa Civil do Estado de São Paulo, que emitiu um alerta de evento climático severo para os 20 municípios que integram a RMC.

Alerta teste foi emitido para as populações de áreas de risco dos 20 municípios que integram a RMC
Alerta teste foi emitido para as populações de áreas de risco dos 20 municípios que integram a RMC

O primeiro alerta teste do Centro Meteorológico foi emitido às 11h13 e chegou às populações instaladas em áreas de risco destes municípios 10,5 segundos depois de acionado, por meio de um sistema de alerta chamado Cell Broadcasting –  ferramenta utilizada pela Defesa Civil do Estado para envio de mensagens diretamente aos celulares, sem necessidade de cadastro prévio. No dia anterior, o órgão distribuiu avisos informando que o teste seria realizado nesta quarta.

Em cerimônia realizada no auditório da Educorp, no campus de Barão Geraldo da Unicamp, os prefeitos da RMC receberam as credenciais oficiais de acesso aos dados do radar – que será o principal equipamento do Centro Regional de Meteorologia da RMC.

O centro terá a missão de monitorar a formação de eventos meteorológicos extremos, gerar alertas em tempo integral e manter o funcionamento da Rede de Alerta de Desastres. Além disso, estará integrado aos sistemas estadual e federal de monitoramento meteorológico.

O radar foi adquirido pela Agência Metropolitana de Campinas (Agemcamp) com recursos do Fundo de Desenvolvimento Metropolitano (Fundocamp), em parceria com a Unicamp. O custo total do equipamento foi de US$ 865,4 mil (equivalente a aproximadamente R$ 4,6 milhões).

“O radar e todo esse complexo trabalho do Centro do Meteorológico reafirma a capacidade de São Paulo de articular ciência, tecnologia, gestão pública, política pública e a cooperação institucional em benefício da sociedade”, disse o reitor da Unicamp, Paulo Cesar Montagner.

O prefeito de Campinas, Dario Saadi, ressaltou a cooperação regional como um dos elementos essenciais que garantiram a constituição do Centro. “Só queria ressaltar que essa parceria entre governo de Estado, região metropolitana e Unicamp é de extrema importância, porque isso vai permitir a todas as cidades da região oferecerem uma resposta mais rápida aos eventos climáticos”, disse o prefeito. “Com todas as potencialidades desse equipamento, que usa até os recursos da inteligência artificial, acreditamos que a região esteja mais preparada para enfrentar eventos climáticos severos”, acrescentou.

O coronel Hengel Pereira, coordenador da Defesa Civil Estadual, também salientou a capacidade do equipamento. “A gente não controla os eventos da natureza, mas pode monitorar. E é isso que vamos fazer com maior capacidade a partir da entrada em operação desses equipamentos”, afirmou ele.

A pesquisadora do Cepagri, Ana Ávila fez uma apresentação do funcionamento do radar. Lembrou os eventos climáticos severos registrados na região nos últimos meses e revelou que o equipamento – instalado ainda em 2024 – vem coletando informações desde então. “O importante é que as informações ficam à disposição dos municípios da região metropolitana; as defesas civis recebem as imagens e as áreas de risco já estão integradas. Portanto, trata-se de de um amplo sistema do qual o radar é peça fundamental”, disse a pesquisadora.

Operação experimental

O radar, do tipo banda X, possui alta precisão num raio de 60 km de extensão, podendo se estender por até 100 km a partir do ponto de sua instalação. Com isso, fará a cobertura para além da RMC. As varreduras serão programadas a cada 5 minutos.

O aparelho funciona como uma “antena parabólica”, fazendo varreduras horizontais, a 360° graus, em diferentes elevações, gerando uma amostragem para um volume da atmosfera a cada período.

A pesquisadora do Cepagri Ana Ávila durante apresentação; equipamento fará a estimativa de chuva em uma determinada área ou bacia com precisão
A pesquisadora do Cepagri Ana Ávila durante apresentação; equipamento fará a estimativa de chuva em uma determinada área ou bacia com precisão

Assim, o equipamento fará a estimativa de chuva em uma determinada área ou bacia com precisão. A previsão de precipitações fortes com algumas horas de antecedência pode balizar medidas de prevenção e enfrentamento e, assim, reduzir de forma significativa os danos sobre regiões suscetíveis a inundações abruptas.

O radar meteorológico entrou em fase de operação experimental em outubro de 2024. Desde então, vem recebendo testes e calibrações.

Em junho deste ano, começou o processo de integração dos municípios com o sistema. O centro reunirá imagens, dados pluviométricos e informações da Defesa Civil de cada município da RMC, que abrange uma população aproximada de 3,4 milhões de habitantes.

Foto de capa:

O aparelho funciona como uma “antena parabólica”, fazendo varreduras horizontais, a 360° graus, em diferentes elevações
O aparelho funciona como uma “antena parabólica”, fazendo varreduras horizontais, a 360° graus, em diferentes elevações

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