A reitoria se reuniu na manhã desta quinta-feira (4), com integrantes do coletivo anticapacitista Adriana Dias fechando a primeira fase do programa de escuta iniciado ainda no primeiro semestre do ano. O grupo discutiu questões de acessibilidade – arquitetônica, atitudinal e pedagógica –, programas de ingresso e permanência, além de critérios de acesso a programas de bolsas e de ocupação da moradia estudantil.
Desde o final de junho, a reitoria se reuniu com representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE), com coletivos indígenas, com representantes do movimento negro e com os coletivos trans. A ideia dos encontros é ouvir demandas, abrir caminhos para encaminhamentos e contar com a participação dos grupos nas soluções de problemas. Segundo o reitor, Paulo Cesar Montagner, é preciso garantir “canais permanentes de escuta”.

No encontro, o coletivo Adriana Dias sugeriu que a Universidade adote, em cada unidade, um comitê de acessibilidade – em que as questões sobre o assunto serão abordadas não apenas em suas linhas gerais, mas, principalmente, nas especificidades de cada faculdade ou de cada espaço. Os representantes disseram que também querem participar das comissões de acompanhamento de obras de acessibilidade e acompanhar o processo de ocupação da nova área da moradia estudantil – um espaço de aproximadamente 44 mil metros quadrados dentro do distrito de Barão Geraldo, em Campinas, com capacidade para abrigar 1,4 mil estudantes. A posse da área se deu em agosto deste ano.
O coletivo pediu, ainda, atendimento especializado no Programa de Atendimento Educacional Especializado para Estudantes com Deficiência (PAEE) da Universidade especialmente no que se refere a avaliação de laudos; a realização de uma calourada específica para os estudantes com deficiência; um mapeamento dos funcionários que necessitam de adaptação nas condições de trabalho e de jornada e, ainda, a criação de mecanismos institucionais para registro de denúncias sobre capacitismo.