No Brasil, verificamos estes dispositivos em ação quando vemos mulheres sendo internadas, no início do século XX, simplesmente por não cumprirem seu papel de mulher, em manicômios, como nos relata a historiadora da Unicamp, Maria Clementina, quando nos conta sobre o diagnóstico de Camille Claudel – escritora e escultora – internada no Hospital Psiquiátrico de Montdevergues, citada por Clementina, em seu artigo sobre o Manicômio do Juquery, por se revoltar contra a sua suposta natureza: Revolta da Natureza: "Camille abdicara do casamento e da maternidade, do conforto burguês e do recato feminino, para viver um papel diferente do que lhe estava destinado: em 1906 começaram a se manifestar os comportamentos que a levariam ao hospício: as fugas, o isolamento crescente tanto quanto, paradoxal e simbolicamente, a destruição de suas próprias obras."
Local de Publicação
Centro de Estudos das Relações do Trabalho e Desigualdades - CEERT
Data de Publicação
Resumo